Capítulo 2

Três meses se passaram, e o fim do ano se aproximava, trazendo consigo o encerramento do ano letivo. Todos estavam se organizando para o baile e a formatura, momentos tão aguardados por Sabrina. Mas o que ela mais esperava, acima de tudo, era o momento em que finalmente poderia ficar com Hugo sem esconderijos.

Nesse tempo, algumas coisas mudaram. O irmão de Sabrina nasceu e recebeu o nome de Miguel. Marcos foi promovido no trabalho, e Camila finalmente começou a namorar Lucas, algo que Sabrina já suspeitava há tempos.

Por outro lado, Sabrina continuava firme em sua espera por Hugo. Eles não se viam com tanta frequência, mas sempre mantinham o fogo do amor aceso, garantindo que cada encontro fosse intenso e inesquecível. Enquanto isso, Mateo crescia rapidamente e logo completaria dois anos.

Para celebrar, Hugo organizou uma pequena festa em sua casa, reunindo alguns amigos próximos, colegas de trabalho da escola e alguns familiares. Obviamente, Martha e Heitor não estavam na lista de convidados.

Sabrina, Camila, Marcos e Ana chegaram à casa de Hugo. Ana segurava Miguel, que agora tinha apenas um mês de vida, enquanto Sabrina carregava o presente de Mateo nas mãos. Pararam em frente à porta, e Sabrina tocou a campainha.

Segundos depois, a porta se abriu, revelando Hugo. Assim que seus olhos encontraram Sabrina, ele sentiu um frio na barriga. Ela estava maravilhosa, como sempre. Mas ele disfarçou rapidamente, abrindo um sorriso e os convidando para entrar.

A casa já estava movimentada, com alguns convidados espalhados pelo espaço. Entre eles, Jenna, Anna e Melissa já estavam lá. Sabrina não se importava, mas ficou um pouco surpresa por Hugo ter chamado elas. Ou melhor, por elas estarem ali.

Sabrina segurou discretamente no braço de Hugo e perguntou, sem rodeios.

Sabrina: Você convidou elas?

Hugo suspirou, já esperando essa reação.

Hugo: Elas literalmente se convidaram.

Sabrina riu, balançando a cabeça.

Sabrina: Típico da Jenna.

Ela então olhou ao redor e perguntou por Mateo, ansiosa para entregar o presente. Hugo apontou para um canto da sala, onde o menino estava no colo de uma mulher mais velha—sua mãe, Laura.

Sabrina franziu os lábios em um sorriso travesso e cochichou para Hugo.

Sabrina: Então essa é minha sogra?

Hugo segurou o riso e negou com a cabeça, mas não disse nada. Apenas a observou se afastar.

Sabrina caminhou até Mateo e, assim que ele a viu, abriu um enorme sorriso e começou a se debater no colo da avó, querendo ir para ela. Laura riu e o colocou no chão, permitindo que ele corresse para os braços de Sabrina, que o pegou e girou no ar antes de abraçá-lo com carinho.

Sabrina: Feliz aniversário, meu amor!

Ela então entregou o presente para ele, que pegou animado, começando a tentar abrir sozinho. Laura observou a cena com curiosidade e, então, olhou para Sabrina.

Laura: Que lindo! Você é amiga do Hugo?

Sabrina, mantendo a compostura, estendeu a mão educadamente.

Sabrina: Sou aluna dele.

Laura sorriu e assentiu, sem perceber o peso real por trás daquela resposta.

A festa seguia animada, com risadas e conversas ecoando pelos cômodos da casa de Hugo. A mesa estava repleta de docinhos, salgados e um bolo simples, mas bonito, decorado com o personagem favorito de Mateo. Crianças corriam de um lado para o outro, enquanto os adultos se dividiam entre as conversas e os petiscos.

Porém, por mais que houvesse tantas pessoas ali, Mateo parecia interessado apenas em uma: Sabrina.

Desde que ela chegara, ele não quis sair do seu colo. Primeiro, todos acharam engraçado, até fofo, mas conforme o tempo passava e outras pessoas tentavam pegá-lo no colo ou simplesmente interagir, ficava claro que ele não queria nada além do aconchego de Sabrina.

Ele segurava firme nos braços dela, como se tivesse medo de que ela fosse embora. Sempre que alguém tentava tirá-lo de seu colo, ele reclamava, escondia o rosto em seu pescoço ou, se insistiam demais, começava a chorar.

Laura: Mateo, vem com a vovó um pouquinho.

Ela estendeu os braços, sorridente, mas Mateo balançou a cabeça com força, enterrando o rostinho no peito de Sabrina.

Camila: Ele está pesado, Sabrina, me dá ele um pouco.

Mateo resmungou e segurou ainda mais forte os ombros de Sabrina, se recusando a sair.

A cena se repetia com vários convidados. Alguns riam, achavam engraçado. Mas outros não escondiam o incômodo, principalmente alguns parentes de Hugo.

Prima distante: Nossa, parece que ele nem quer saber da própria família.

Jenna, encostada na bancada da cozinha, cruzou os braços e lançou um olhar desconfiado para Hugo.

Jenna: Isso não é normal, Hugo. Você não acha estranho?

Hugo, que observava a cena de longe, segurou um sorriso. Ele entendia. Ele sempre entendeu.

A conexão entre Sabrina e Mateo era profunda, algo que nem mesmo ele sabia explicar direito. Ele sempre soube que havia algo especial entre os dois, desde o primeiro olhar, desde o primeiro carinho que ela ofereceu a seu filho sem hesitação.

E, naquele momento, vendo Mateo tão agarrado a ela, como se realmente a considerasse uma mãe, Hugo sentiu um aperto no peito.

Porque, no fundo, ele sabia que era exatamente isso.

Sabrina ria baixinho, tentando ajeitar Mateo melhor no colo. Ele já estava pesadinho, mas ela não conseguia negar nada a ele. Como poderia? Ele a olhava com tanta devoção, com tanta doçura…

Ela o abraçou, depositando um beijo em seu cabelo macio, e sussurrou:

Sabrina: Tá cansado, meu amor?

Mateo não respondeu, apenas suspirou e se aconchegou ainda mais contra ela.

Aquela era a prova de que nada ali era forçado. Ele não estava assim por um capricho de criança. Ele a amava, sentia-se seguro com ela, a queria por perto.

E ninguém poderia mudar isso.

Claro, aqui está a correção:

A campainha tocou de repente, interrompendo o clima da festa. Hugo franziu o cenho, confuso. Não esperava mais ninguém.

Ele caminhou até a porta, ainda enxugando as mãos no pano de prato. Quando abriu, uma onda de raiva e confusão o tomou ao se deparar com Martha e Heitor.

Hugo: O que vocês estão fazendo aqui?

Martha, com um sorriso forçado, respondeu com uma calma irritante.

Martha: Você realmente achou que eu não ia vir? Essa é a festa do meu filho. Não é um lugar onde eu ficaria de fora.

Hugo sentiu o ódio subir rapidamente. Ele nunca imaginou que Martha teria a coragem de aparecer, depois de tudo o que aconteceu entre ela e Heitor.

Hugo: Você não foi convidada, Martha. Eu te disse que não era bem-vinda aqui. Então, é melhor ir embora.

Heitor tentou amenizar a situação, dando um passo à frente.

Heitor: Hugo, não precisamos brigar. Viemos em paz. Queremos estar presentes nesse momento, é o nosso sobrinho também.

Hugo respirou fundo, sem acreditar no que estava ouvindo. Mas antes que ele pudesse reagir, Laura apareceu na porta, perguntando o que estava acontecendo.

Laura: O que é isso, Hugo? Por que está tratando sua cunhada e seu irmão assim?

Hugo: Eles não foram convidados, mãe. Martha e Heitor não têm o direito de estar aqui, muito menos depois de tudo o que fizeram.

Laura, com um olhar firme, respondeu enquanto abria mais a porta, permitindo que Martha e Heitor entrassem.

Laura: Eles ainda são da sua família, Hugo. Precisam de perdão. Eles vão ficar, sim.

Martha entrou com um sorriso vitorioso, como se estivesse em sua própria casa. Hugo ficou em silêncio, mas a raiva e frustração o consumiam. Não queria causar uma cena, especialmente com a casa cheia de convidados.

Martha e Heitor caminharam até o centro da festa. Todos os olhos se voltaram para eles, surpresos com a presença dos dois. Porém, o que realmente deixou Martha perplexa foi ver Sabrina ali, com Mateo nos braços.

A primeira reação de Mateo ao ver a mãe foi se esticar nos braços de Sabrina, pedindo para ir até ela. A conexão entre os dois era inegável. Isso parecia deixar Martha desconfortável.

Mateo, estendendo os braços para Martha, pediu para ser pego.

Martha, rapidamente, o pegou, mas antes que pudesse dizer algo, ela olhou para Sabrina, claramente surpresa com sua presença.

Martha: O que você está fazendo aqui?

Sabrina olhou para Hugo, um pouco desconcertada. Antes que ela pudesse responder, Hugo se aproximou e, em voz baixa, disse:

Hugo: Eu convidei a Sabrina. Ela tem todo o direito de estar aqui.

Martha, sem paciência, perguntou de forma ríspida:

Martha: Como você pode convidar alguém do caráter dela para esta festa? Isso é um absurdo.

Hugo, com o olhar frio, respondeu:

Hugo: Eu não te convidei, Martha. Você e Heitor vieram sem ser convidados.

Martha deu de ombros, claramente não se importando. Ela começou a andar pela casa, como se tudo aquilo fosse natural para ela.

Sabrina, olhando confusa para Hugo, finalmente entendeu o que estava acontecendo quando viu a expressão de Laura. A mãe de Hugo sempre foi protetora com Heitor, e sabia que ela teria convidado os dois sem a permissão dele.

Hugo a olhou com um suspiro cansado. Ambos sabiam que as coisas estavam apenas começando a se complicar ainda mais.

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Comments

patricia033096@gmail.com

patricia033096@gmail.com

pelo amor de Deus autora está na hora desse irmão dele fazer algum investimento errado e perder tudo para a mãe de Hugo ficar com a cara no chão. deixa Hugo, se torna um famoso CEO ou alguém importante, fica com Sabrina e dar a volta por cima para essa mãe dele se arrepender do que está fazendo com ele.

2025-03-27

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