Prólogo

...SINOPSE:...

Eleonor sempre teve uma vida simples, até ser acusada de um crime que não cometeu. Sem saída, acaba nas mãos dos implacáveis multimilionários Augustus e Abigail Walton, que lhe oferecem um acordo tentador: em vez de enfrentar a justiça, poderá trabalhar para eles. Mas o que parecia uma salvação logo se revela uma armadilha.

Contratada como governanta na suntuosa mansão dos Walton, Eleonor percebe rapidamente que sua função vai muito além de cuidar da casa. Abigail, sedutora e manipuladora, a envolve em jogos perigosos, enquanto Augustus, frio e autoritário, impõe regras que testam seus limites. Entre o desejo e a submissão, Eleonor descobre que os Walton escondem segredos obscuros — e que sua chegada àquele mundo não foi um acaso.

...ALERTA DE GATILHOS:...

Esta obra contém temas maduros, cenas explícitas e conteúdos que podem ser perturbadores ou ofensivos para alguns leitores.

Dentre esses temas, incluem-se: violência, relações sexuais, submissão, tortura e linguagem imprópria.

...NOTA DA AUTORA:...

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Rede social da autora: @autora_marise

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...PRÓLOGO...

Você tem um sonho?

Eu sempre tive um. Desde que me entendia por gente, queria sair do Brasil. Não que não amasse meu país, mas aquela vontade de explorar o mundo, de viver em um lugar diferente, de experimentar algo novo, sempre esteve ali, pulsando. E, pra mim, esse lugar era Westlake. Sim, Westlake. Aquele lugar que via em filmes, séries, e que parecia tão distante, tão impossível.

Até que conheci o Vinícius. Ele era aquele tipo de pessoa que fazia você acreditar que os sonhos podiam, sim, se tornar realidade. E, em uma das muitas noites em que a gente ficava horas conversando sobre tudo e mais um pouco, compartilhei com ele o meu sonho de morar em Westlake. Foi aí que ele soltou: "Minha irmã mais velha mora lá há um ano."

Aquilo foi como um sinal. Um daqueles momentos em que você pensa: "Será que o universo está conspirando a meu favor?" E, com o tempo, conforme a nossa relação foi ficando mais séria, comecei a alimentar essa vontade nele também. A ideia de morar em outro país, de começar uma vida juntos em um lugar novo, foi se tornando cada vez mais real.

Mas sonhar era fácil. Tornar isso realidade custaria mais do que imaginávamos.

Economizar para a viagem foi um desafio. Abrimos mão de tudo que não fosse essencial. Sem saídas nos fins de semana, sem roupas novas, sem luxo algum, sem qualquer gasto que pudesse atrasar nosso objetivo. Recusamos convites de amigos, evitamos celebrações, deixamos de lado até pequenos prazeres como um café fora de casa ou um sorvete. Mas sabíamos que qualquer deslize poderia nos custar a chance de uma vida melhor. Guardamos cada centavo com a esperança de que, um dia, atravessaríamos juntos para uma vida melhor.

Então, quando o dia chegou, partimos sem olhar para trás. O "cai cai" nos mostrou, da pior forma, que a travessia não era só perigosa – era desumana. Vimos gente ficando pelo caminho, esgotada pela fome e pelo cansaço. Rostos marcados pela poeira e pelo desespero. Mães que não podiam mais carregar seus filhos, homens fortes que desmoronavam diante de nós. Muitos não chegaram ao fim. Alguns foram abandonados pelos coiotes. Outros simplesmente desapareceram na escuridão da noite.

Nós seguimos. Choramos em silêncio pelas histórias que cruzaram nosso caminho, mas seguimos. A promessa de um futuro nos empurrava para frente, mesmo quando nossas pernas imploravam para parar.

Quando finalmente caímos nas mãos da imigração, pensei que o pior tinha passado. Eu estava errada. Fomos tratados como números, empilhados em salas frias e superlotadas, vigiados como criminosos. O tempo arrastava-se devagar, os minutos esmagavam nossa esperança. O cansaço nos fazia perder a noção dos dias. As noites eram feitas de sono leve, sempre interrompido pelo barulho dos guardas ou pelo choro de alguém que não aguentava mais.

Após dois meses de incerteza, de olhares frios, de salas superlotadas e noites mal dormidas, um guarda abriu a porta da sala e começou a chamar alguns nomes. A cada vez que um nome era pronunciado, meu coração saltava entre a esperança e a dúvida. Será que eu ia ser deportada? Ou finalmente liberada para correr atrás dos meus sonhos?

Então, finalmente, chamaram meu nome e o de Vinícius. Lá fora, Maria nos esperava com um sorriso no rosto. Ela nos abraçou com força.

Maria nos levou para sua casa, e a realidade me atingiu em cheio quando percebi que ela não morava exatamente em Westlake, e sim em uma fazenda próxima. Aquilo foi um baque. Eu não conseguia acreditar que, depois de tudo o que passamos, íamos parar no meio do nada, cercados de pasto, poeira e um silêncio estúpido.

A casa era simples, até demais. Móveis rústicos, um sofá que parecia ter visto décadas de uso, e um cheiro de madeira envelhecida que não saía do lugar. O banheiro era minúsculo, e o chuveiro tinha aquela pressão que mal molhava o cabelo. A cozinha? Bem, era funcional, se é que você consegue chamar de funcional um fogão que só acendia depois de três tentativas e uma geladeira que fazia um barulho ensurdecedor toda vez que o motor ligava.

Eu não queria ser ingrata, afinal, Maria estava nos ajudando, mas era difícil não sentir uma ponta de frustração. Eu tinha imaginado uma vida completamente diferente, e aquela fazenda era o oposto de tudo o que eu sonhara. Mas, bem, era o que tinha para o momento.

Os dias seguintes foram uma tontura de preocupação e expectativa. Eu precisava de um emprego, mas nada surgia. Maria, que trabalhava para uma "cleaning company", me disse que não havia vagas no momento. Ela prometeu que, assim que abrisse uma oportunidade, me avisaria.

Até que um dia, ao chegar do trabalho, ela me deu a notícia que mudaria tudo: a chefe dela havia pedido para ela e suas ajudantes limparem uma mansão enorme em Westlake. Para isso, iriam contratar mais três ajudantes, e Maria me indicou.

Aquilo foi o pontapé inicial. Ainda não era exatamente como eu imaginava, mas era um começo.

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Comments

S.Kalks

S.Kalks

Já li esse capítulo, péssimo Marise, para de mandar isso no grupo.

2025-04-23

1

•♫•♬•Íris Lunar•♫•♬•

•♫•♬•Íris Lunar•♫•♬•

nessas coisa que não dá para confiar,você vai para outro lugar achando que dará certo.e ruim

2025-04-23

1

S.Kalks

S.Kalks

Não é que ela não ame, ela só queria ir embora

2025-04-23

1

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