Acordo pela manhã com uma forte dor de cabeça, consequência da quantidade de uísque que bebi na noite passada. A ressaca moral toma conta de mim. Procuro Helena no quarto, mas não a encontro. Pelo horário, ela já deve ter saído para trabalhar. Já passava das nove da manhã e perdi completamente a noção do tempo.
Levanto-me da cama e sigo em direção ao banheiro. Os acontecimentos da noite anterior vêm à minha mente como flashes: o sexo avassalador com Beatriz, seguido pela minha crise de consciência. Meses de desejo reprimido por minha esposa me deixam confusa. Tento afastar esses pensamentos, pois preciso me concentrar na audiência que irei advogar em duas horas.
Começo minha rotina matinal e, em menos de quarenta minutos, estou pronta. Verifico minhas mensagens e noto que Beatriz me enviou uma perguntando se vou buscá-la na empresa para irmos juntas ao fórum. Novamente, as imagens dela invadem minha mente. Seu corpo nu em meus braços faz minha pele se arrepiar. Respondo que não poderei buscá-la e peço que vá de táxi.
No caminho, ligo para Helena, mas ela não atende nem visualiza minhas mensagens. Tento me convencer de que ela está apenas ocupada.
Encontro Beatriz vestida com um blazer e uma saia risca de giz acima do joelho. Seu cabelo preso em um coque evidencia seu rosto marcante. Durante a audiência, mantemos uma postura profissional. No retorno, ela vem no meu carro, pois precisamos ir ao escritório e não fazia sentido que voltasse de táxi.
A viagem segue em silêncio, mas as palavras tornam-se desnecessárias quando Beatriz desliza suas mãos pela minha perna, subindo lentamente até minha intimidade. Solto um gemido de surpresa com seu toque. Ela sorri, provocante, e sussurra:
— Podemos ser profissionais e ainda nos divertir nos intervalos.
Fico em silêncio diante de sua provocação. Minha mente me diz para resistir, mas meu corpo deseja o contrário. Estou em um conflito interno enquanto ela se diverte me acariciando. Enquanto dirijo, luto contra o desejo, mas o silêncio de Helena o dia inteiro me atormenta.
Então, tomei uma decisão. Um desvio. Um caminho perigoso.
Entro em um motel com Beatriz, iniciando um caso com ela e traindo a mulher que jurei amar por toda a vida. Que droga estou fazendo?
Meus pensamentos se dissolvem ao sentir o toque de Beatriz. Ela retirou minha calça social, afastou minha calcinha para o lado e devora minha intimidade com desejo voraz. Meu corpo alcança o prazer, mas não é o suficiente. Toco seu rosto, fazendo-a se levantar. Nossos olhares se cruzam, e, de forma dominadora, a tomo em meus braços.
— Você tem que parar de se culpar e relaxar. Não quero casar com você, só quero realizar meus fetiches, transando com a minha chefe — uma mulher mais velha, gostosa e que sabe dar prazer —, diz Beatriz enquanto veste suas roupas.
Estou parada na porta do banheiro, enrolada na toalha, com uma expressão de culpa enquanto bebo uma dose de uísque.
— O problema é que meu casamento não está bem, e eu não consigo ignorar essa culpa. Então, desculpa pela minha cara de arrependida — digo, tomando mais um gole da bebida.
Beatriz me encara e responde:
— Se estivesse realmente arrependida, não teria repetido.
Não digo nada. No fundo, sei que ela tem razão.
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Atualizado até capítulo 25
Comments
Maria Andrade
Telma vc está indo por um caminho perigoso
2025-03-21
1
Nilva Santos
a coisa tá começando a ficar complicado
2025-03-07
1