Helena pegou um táxi de volta para casa, o coração ainda acelerado pela entrevista. Assim que chegou, não perdeu tempo e ligou para Sara.
— Ei, prima! Você não vai acreditar! Começo na segunda!
— disse Helena, com a voz trêmula de euforia.
— Sério? Que ótimo! Como foi?
— perguntou Sara, empolgada, mas curiosa com a reação da prima.
— Meu Deus… que homem é aquele?
— Helena levou a mão ao peito, ainda atônita.
— Um deus grego! Meu coração acelerou. Não sei se é medo ou se é porque ele é lindo. Nunca vi um homem assim de perto! Que perfeição!
Sara riu alto, balançando a cabeça.
— Cria vergonha, Helena. Depois me conta com calma.
— Tá bom, até mais .
— respondeu Helena, ainda suspirando.
Na manhã seguinte, Helena acordou cheia de energia e ansiedade. Como de costume, foi correr e, ao voltar, preparou o café da manhã com carinho, aguardando Sara levantar. Depois de um tempo, a prima apareceu sonolenta, mas sorriu ao ver a mesa posta. Após comerem juntas, seguiram para o shopping.
— Olha esse vestido, prima …
— disse Sara, pegando a peça e exibindo com entusiasmo.
Helena segurou o vestido com cuidado, encantada, mas incerta.
— O que você acha, prima?
— Não sou eu quem tem que achar, amor, é você.
— Sara a observava com um sorriso cúmplice.
— Como você se sente nele? Tá se achando linda?
— Tô parecendo rica com esse vestido!
— respondeu Helena, rindo.
— Quem me vê assim nem imagina que eu só tenho o dinheiro que você me dá.
— Louca…
— disse Sara, caindo na gargalhada.
As duas riram juntas, fortalecendo a cumplicidade. Helena começava a sentir confiança em si mesma, e Sara ficava feliz de testemunhar a transformação da prima.
Na boate…
As luzes piscavam, a música eletrônica pulsava, e Sara e Helena se deixavam levar pelo ritmo, rindo e dançando. Helena parecia deslumbrada com aquele novo universo, mas Sara notava cada olhar insinuante de Luís.
— Cara, achei minha secretária!
— murmurou Luís para Pedro, com um sorriso safado.
— Que mulher linda …
— Ela é igualzinha a você .
— respondeu Pedro, rindo.
— Pega e não se apega. Vai lá, tenta a sorte!
— E quem está com ela?
— perguntou Luís, interessado.
— Acho que é a prima, a babá. Vamos lá…
Os dois se aproximaram. Pedro chegou primeiro, com seu jeito brincalhão.
— Oi, senhorita Sara.
— Aqui é só Sara .
— respondeu ela, arqueando a sobrancelha de forma provocativa.
— E esta é minha prima, Helena.
— Nossa, que susto! Santo Deus de Israel .
— disse Luís, surpreso, quase engasgando.
— Que foi?
— perguntou Sara, desconfiada.
— Oi, sou Helena. Prazer!
— disse a menina, sorridente.
— Você é a xerox da minha mãe quando jovem!
— exclamou Luís, rindo nervoso.
— Uma cópia fiel, tirando a idade. Será que tenho uma tia perdida por aí? Meu velho sempre foi aventureiro…
— Você é engraçado .
— respondeu Helena, rindo.
— Aceita uma bebida?
— perguntou Luís, tentando disfarçar o flerte.
— Não, obrigada.
— respondeu Sara, seca.
— Também não, mas obrigada de qualquer forma .
— acrescentou Helena, educada.
Enquanto Helena observava curiosa o movimento da boate, Sara mantinha distância, mas não conseguia evitar a troca de olhares com Luís.
— Você está sexy nessa roupa
— disse ele, com um olhar sedutor.
— Você é meu patrão. Não vou ficar com você, então sai fora. Não quero homem no meu pé …
— rebateu Sara, cruzando os braços.
— Perfeito! Eu também não quero mulher no meu pé.
— Ele riu, provocando ainda mais.
— Você é meu chefe. Não vai rolar
— disse ela, mantendo o tom firme.
A noite esquentava. Luís não desistia, e Sara começava a se irritar com a insistência. Já Helena, do outro lado, observava Pedro aos beijos com uma morena e revirava os olhos.
— Credo, que homem ridículo… devia ir pra bem longe daqui .
— pensou, desapontada.
— Prima, vamos embora .
— disse Sara, já cansada.
— Você vai me deixar em casa e sair de novo?
— perguntou Helena, preocupada.
— Estragaram meu rolê .
— respondeu Sara, irritada, lançando um olhar atravessado para Luís.
— Se quiser, faço esse rolê acontecer .
— provocou ele, desafiador.
— Deus me livre!
— respondeu Sara, com ironia.
— Até segunda, gracinha
— disse Luís, piscando.
Sara respirou fundo, já sem paciência, e se aproximou dele com firmeza.
— O que está acontecendo com você? Bebeu demais?
— perguntou, séria.
— Olha, paciência tem limite, e meu corpo também.
Helena assistia de perto, nervosa com a tensão que se formava.
— O que tem de errado em eu querer ganhar um beijo seu, gracinha?
— disse Luís, colando o corpo no dela, com um sorriso malicioso.
— Eu sou sua funcionária .
— respondeu Sara, sem recuar.
— Aqui, não somos nada além de um homem e uma mulher linda que eu quero beijar.
— sussurrou ele, encostando os lábios em sua orelha e segurando seu queixo com firmeza.
Sara arqueou um sorriso desafiador.
— Não diga que eu não avisei.
E, num impulso, ela o beijou com intensidade, surpreendendo a si mesma e deixando Luís atordoado. A música, as luzes e até a boate desapareceram ao redor dos dois. Só restava a tensão elétrica que os envolvia.
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Atualizado até capítulo 94
Comments
Ana Barbosa
ele é pai de Helena kkkk sem dúvida
2025-09-07
3
Marise Souza
acho eu que são irmãos Luís e Helena
2025-09-13
0
Joelma Rocha
Sara e Luiz vai sair fogo 🔥🔥🔥💓💓💓
2025-08-03
0