O relógio digital embutido na parede de vidro marcava 11h58.
No topo da Takizawa Global Holdings, o ritmo nunca desacelerava, mas Ryouma já havia decidido que era hora de uma pausa estratégica. Ele fechou o último relatório da manhã e levantou-se, ajustando o paletó enquanto caminhava em direção ao escritório.
Ao abrir a porta, parou por um instante.
Lá estava Reika Kiryuu, sua namorada — uma visão que poderia fazer qualquer homem perder o fôlego.
Ela estava sentada em uma das poltronas de couro próximas à parede envidraçada, uma perna elegantemente cruzada sobre a outra. Seu vestido curto e justo valorizava suas curvas impecáveis, e os lábios pintados de vermelho exibiam um sorrisinho sugestivo.
— Ryouma... demorou. — Sua voz era doce, carregada de intenção.
Ele fechou a porta atrás de si sem pressa.
— Não sabia que viria. — Sua voz era neutra, mas seu olhar examinava cada detalhe da cena à sua frente.
— Queria te fazer uma surpresa. — Reika inclinou-se levemente para frente, os olhos brilhando com malícia. — Senti sua falta.
Ryouma permaneceu inexpressivo.
— Nos vimos há dois dias.
Ela fez um biquinho manhoso.
— E daí? Isso é muito tempo sem te ver... sem te tocar.
Ele arqueou uma sobrancelha.
— Hmph.
Reika sorriu, levantando-se lentamente. Seus saltos ecoaram pelo chão de mármore enquanto ela se aproximava.
— Você trabalha tanto, amor... não acha que precisa relaxar um pouco? — Sua mão deslizou pelo peito de Ryouma, descendo devagar até o cinto.
Ele segurou seu pulso firmemente.
— O que você quer, Reika?
Ela fingiu uma expressão inocente.
— Quero almoçar com meu namorado, oras.
Ele estreitou os olhos, mas antes que pudesse responder, Reika mudou completamente a postura. Seu olhar se tornou afiado, quase irritado.
— Aliás... quem era aquela mulher na reunião mais cedo?
Ryouma manteve-se impassível.
— Qual delas?
Reika bufou.
— Não se faça de desentendido! Aquela assistente nova! Eu vi como ela olhava para você!
Ele suspirou.
— Se cada mulher que olhasse para mim fosse um problema, você viveria infeliz.
— Você acha engraçado? — O tom dela ficou levemente mais agressivo. — Acha que eu sou boba? Eu vi a forma como ela sorria quando falava com você!
Ryouma soltou seu pulso, deslizando as mãos para os ombros dela, puxando-a para mais perto. Seu olhar, até então frio, carregava agora uma intensidade diferente.
— Você está insinuando que eu olhei para ela do mesmo jeito que olho para você?
Reika abriu a boca para responder, mas sua voz sumiu. O ar entre eles ficou carregado. Ela tentou sustentar o olhar dele, mas o magnetismo daquele homem a desmontava com facilidade.
O silêncio foi quebrado quando ele deslizou uma das mãos pela curva da cintura dela, pressionando-a contra seu corpo.
— Tsc. — Ele sorriu de canto. — Você me conhece bem demais, Reika. Eu nunca daria a outro olhar que pertence apenas a você.
Ela mordeu o lábio inferior.
— Então prove.
O sorriso dele se desfez.
— Você está brincando com fogo.
— E desde quando eu tenho medo de me queimar?
As palavras mal haviam saído dos lábios de Reika quando Ryouma tomou posse deles.
Foi um beijo duro, possessivo, implacável. Um lembrete de que, se ela queria exclusividade, teria que aguentar as consequências.
O impacto do corpo dela contra a parede de vidro fez os olhos dela se arregalarem, mas antes que pudesse processar, Ryouma já traçava um caminho de beijos ardentes descendo pelo seu pescoço, mordendo de leve, deixando marcas que diziam claramente quem ela pertencia.
Os dedos dele exploravam, apertavam, reivindicavam.
O mundo exterior desapareceu. O escritório luxuoso agora era apenas o cenário de uma batalha onde ele comandava cada movimento.
As unhas de Reika cravaram-se em seus ombros quando ele a ergueu com facilidade, sentando-a na mesa de vidro sem cerimônia. Papéis foram ao chão, mas nenhum dos dois se importou.
— Ryouma... — Ela gemeu contra os lábios dele, os olhos fechados, respirando pesadamente.
Ele deslizou os lábios até o ouvido dela.
— Da próxima vez que vier ao meu escritório com ciúmes, tenha certeza de que terá tempo para pagar o preço.
Reika arfou, estremecendo sob ele.
E então, o telefone tocou.
O som ecoou pelo ambiente, quebrando o transe.
Ryouma fechou os olhos por um segundo antes de se afastar lentamente. Seu olhar ainda era perigoso, intenso, mas sua voz voltou a ser fria e controlada quando atendeu.
— Takizawa falando.
Reika respirava fundo, os lábios inchados, tentando recuperar o controle de si mesma.
Ele encerrou a ligação em poucos segundos e olhou para ela.
— O almoço vai ter que esperar.
Ela o fuzilou com os olhos.
— Você só pode estar brincando comigo.
Ele sorriu de canto.
— Reunião emergencial.
Reika cruzou os braços, visivelmente frustrada.
— Você é insuportável.
Ryouma pegou o paletó que havia tirado e vestiu-o novamente, impecável como se nada tivesse acontecido. Ele se aproximou, segurando o queixo dela entre os dedos.
— E mesmo assim, você não consegue ficar longe de mim.
Ela abriu a boca para responder, mas ele já estava caminhando para fora do escritório.
E Reika, ainda sentada na mesa, mordiscou o lábio com um sorrisinho satisfeito.
Ela podia até odiar o jeito dele, mas no fundo, sabia: ninguém jamais poderia substituir Ryouma Takizawa.
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Atualizado até capítulo 26
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