Jinwoo abriu os olhos devagar.
A claridade invadia o apartamento de maneira irritante, anunciando que o dia já tinha começado.
Ele piscou, sentindo a mente ainda nebulosa, e virou a cabeça para espiar o celular largado ao lado do travesseiro.
6:00 AM
Um sorriso satisfeito se formou nos lábios.
— "Hah! Venci o sistema!" — Ele murmurou, a voz rouca de sono.
Estava pronto. Acordara cedo. Nada daria errado.
E então…
Ele fechou os olhos.
Por cinco segundos.
Cinco míseros segundos.
Mas quando os abriu de novo…
7:32 AM.
— "MAS QUE PORRA?!"
O pulo que ele deu da cama foi digno de uma competição olímpica de salto em distância.
A Corrida Contra o Tempo
Jinwoo tropeçou no próprio cobertor e quase beijou o chão do apartamento.
— "Por que isso sempre acontece comigo?! Por quê?!"
Apressado, correu para o banheiro.
Abriu a torneira, jogou um punhado de água fria no rosto e sentiu a alma voltar para o corpo.
— "Okay, sem pânico! Eu só preciso…"
Seu olhar caiu para a escova de dentes.
E então para a cueca amassada no chão.
E então para a pilha de roupas que ainda não havia dobrado.
Jinwoo sentiu o pânico engasgar na garganta.
Ele tinha exatamente 13 minutos para se tornar um ser humano apresentável.
— "Ah, fodeu."
O Grande Problema das Roupas
Ele correu até o armário e puxou qualquer coisa que parecesse minimamente digna.
Camisa? Amassada.
Calça? Enfiada em algum buraco negro do apartamento.
Sapato? UM estava perto da cama. O outro…
Ele virou o colchão.
Não estava lá.
— "CADE VOCÊ, DESGRAÇADO?!"
Depois de uma caçada frenética, encontrou o maldito sapato dentro da geladeira.
Ele não queria saber como aquilo aconteceu.
Com a roupa minimamente decente (e talvez um pouco torta), correu para a cozinha.
— "Café!" — Ele murmurou, apressado.
Pegou a cafeteira e ligou o fogo.
Virou-se por três segundos.
E o cheiro de queimado foi instantâneo.
— "COMO ISSO É POSSÍVEL?!"
Desligou tudo, pegou um pacote de biscoitos, enfiou na mochila e decidiu que sobreviveria só com isso.
Últimos Preparos (ou Tentativas Fracassadas)
No banheiro, passou a mão molhada no cabelo para arrumar.
O resultado?
Parecia que tinha acabado de sair de uma ventania.
Jinwoo suspirou.
— "Foda-se."
Pegou as chaves, o celular, saiu correndo pela porta…
E voltou para pegar a mochila que tinha esquecido.
— "EU NÃO TENHO CONDIÇÕES DE SER ADULTO!"
O Desfecho?
Ele desceu as escadas do prédio feito um condenado, quase atropelou uma senhora no corredor, pegou o ônibus no último segundo (pulando na porta enquanto ela fechava) e ficou parado lá dentro tentando recuperar o fôlego da sua existência fracassada.
Mas…
Ele olhou para o celular.
07:41 AM.
— "Eu… estou no horário?"
Um silêncio triunfante caiu sobre ele.
Ele jogou a cabeça contra o banco e suspirou.
— "Eu sou um gênio."
…
Até perceber que esqueceu o crachá em casa.
— "NÃÃÃOOOO!"
---
Jinwoo chegou na empresa aos trancos e barrancos.
O suor escorria pelas têmporas, a respiração estava descompassada e seu cabelo… bem, ele parecia ter lutado contra um furacão e perdido.
O pior?
Taeyang estava ali. Esperando.
E Nari.
E a secretária grudentinha.
O CEO mantinha a postura impecável ao lado da jovem alfa, que parecia confortável demais na proximidade.
Jinwoo não perdeu a expressão do homem.
Por um instante, teve certeza de que seria mandado embora antes mesmo de começar.
Todos esperavam isso.
Os olhares diziam tudo.
"Esse incompetente vai durar menos que os outros dois."
Mas então…
Taeyang, com a maior naturalidade do mundo, ajeitou o terno e disse:
— "Tsk. Atrasado por um ônibus quebrado na estação?"
Jinwoo piscou.
— "Hã?"
Taeyang desviou o olhar como se já soubesse da desculpa.
— "Eu li no jornal. A estação ficou parada por causa de um ônibus bloqueando o caminho."
O ambiente ficou em silêncio absoluto.
Até a secretária parou de se esfregar.
Ninguém duvidava das palavras do CEO.
Se ele disse que estava no jornal, então estava no jornal.
Mas Jinwoo sabia.
Aquilo era mentira.
Ele viu os ônibus no caminho, e nenhum estava quebrado.
Ele sentiu um arrepio estranho na espinha.
Por quê?
Por que diabos Kang Taeyang estava passando pano para ele?
O CEO lançou um olhar frio e calculista.
"Deixe as coisas assim."
Jinwoo engoliu seco.
O recado era claro.
"Eu não vou inventar desculpas todos os dias."
Jinwoo assentiu rapidamente.
— "C-Claro! Obrigado, senhor!"
Taeyang bufou.
— "Agradeça aparecendo no horário amanhã."
Jinwoo não discutiu.
Sabia que aquela era a primeira e única chance que teria.
---
Após o pequeno “milagre” que o CEO operou para salvar sua pele, Jinwoo se esforçou para parecer um funcionário exemplar.
E isso significava seguir Taeyang em silêncio enquanto ele apresentava a empresa.
— “Vocês estão no setor de planejamento estratégico. Um dos pilares da empresa. Tudo o que acontece aqui é analisado, revisado e aprovado antes de seguir para os setores de execução.”
Jinwoo tentava absorver tudo.
Mas tinha um pequeno problema.
A secretária grudentinha.
Ela não desgrudava de Taeyang.
Literalmente.
Sempre muito perto. Sempre tentando puxar assunto.
— “O chefe é tão incrível, né?” — Ela disse, praticamente colada no braço dele.
— “Não.” — Taeyang respondeu sem hesitação.
Mas isso não a deteve.
A cada passo que davam, algo bizarro acontecia com ela.
O Azar da Secretária
1º desastre: Enquanto caminhavam pelo corredor principal, a mulher tentou se inclinar de maneira “charmosa” na parede…
E escorregou como um boneco de pano.
— “KYAA!”
O barulho da queda foi tão alto que até Taeyang parou por meio segundo.
Ele não perguntou se ela estava bem.
Ninguém perguntou.
Jinwoo engoliu a risada e seguiu em frente.
2º desastre: Durante a apresentação do setor, Taeyang apontou para um dos funcionários seniores.
— “Este é o líder da equipe. É ele quem gerencia a divisão de análises críticas.”
A secretária tentou se aproximar do CEO novamente.
Mas esbarrou na mesa.
E derrubou um copo de café inteiro… na própria blusa branca.
— “Merda!”
Dessa vez, ninguém conteve a risada.
— “Vai precisar de uma troca de roupa,” comentou Jinwoo, tentando parecer solidário.
— “Ela precisa é de um exorcismo.” — Nari murmurou ao lado dele.
Jinwoo tossiu para disfarçar a risada.
3º desastre: Quando chegaram no refeitório da empresa, Taeyang apontou para a área de refeições e explicou:
— “Os funcionários têm horários flexíveis para o almoço. Vocês têm 45 minutos diários para a refeição.”
A secretária aproveitou para encher a bandeja com comida…
E derrubou tudo no próprio sapato.
O barulho do prato caindo ecoou pelo refeitório.
Silêncio.
Então, alguém murmurou ao fundo:
— “Isso que dá ser oferecida.”
Jinwoo teve que morder o lábio para não rir.
Taeyang nem olhou para ela.
Só suspirou e continuou a explicação.
Era óbvio que ele já estava acostumado com aquele nível de desastre ambulante.
Jinwoo, por outro lado, estava se divertindo.
Talvez, só talvez, aquela empresa não fosse tão ruim assim.
---
Depois de um tour cheio de momentos embaraçosos — cortesia da secretária desastrada — Taeyang finalmente levou Jinwoo e Nari ao local onde trabalhariam.
As mesas eram lado a lado, posicionadas estrategicamente em um espaço bem iluminado e organizado. O setor parecia moderno e profissional, e Jinwoo teve que admitir que era mais chique do que imaginava.
O CEO parou diante deles, cruzando os braços.
— "Este é o lugar de vocês." — Sua voz era firme, sem traço de gentileza. — "Aqui, vocês terão que provar que são dignos de continuar nesta empresa."
Os estagiários se ajeitaram em seus lugares.
Taeyang continuou, lançando um olhar severo:
— "Quero que sigam as instruções do líder do setor e do gerente. Façam o que for pedido, aprendam rápido e não me deem dor de cabeça."
Jinwoo sentiu um calafrio.
"Esse cara não brinca em serviço."
Taeyang então se virou, pronto para sair, mas parou por um momento.
— "Ah, mais uma coisa."
Ele lançou um olhar intimidador sobre os dois.
— "Se acharem que estão aqui para brincar, podem sair agora. Eu não tenho tempo para incompetentes."
Jinwoo e Nari se entreolharam rapidamente.
Óbvio que ninguém ia sair.
Taeyang bufou ao perceber que eles ficaram calados e finalmente se afastou.
— "Bom trabalho."
Com isso, ele se foi.
Jinwoo soltou um longo suspiro, afundando na cadeira.
— "Esse cara dá medo."
Nari riu.
— "Você acha? Eu achei ele charmoso."
Jinwoo a encarou com descrença.
— "Charmoso?? Ele praticamente nos ameaçou!"
— "Exatamente." — Ela piscou.
Jinwoo suspeitava que sua colega de trabalho não batia muito bem da cabeça.
Mas, por enquanto, decidiu focar no que importava: sobreviver ao primeiro dia de trabalho.
---
O dia começou a passar, e Jinwoo mal conseguia se concentrar no trabalho. Sua mente estava cheia de pensamentos sobre o que aconteceria nos dias seguintes, a pressão de ter sido escolhido entre os estagiários, e, claro, a presença constante de Taeyang.
De tempos em tempos, o CEO aparecia no setor para verificar o progresso dos estagiários e conversar com o líder e o gerente.
Era um momento tenso sempre que ele entrava, pois o ambiente ficava pesado e silencioso. A aura de autoridade de Taeyang era quase palpável. Ele não precisava dizer uma palavra para fazer todos se encolherem — e, naqueles momentos, Jinwoo não se sentia nada confortável.
Em uma dessas aparições, o CEO trocou algumas palavras com o líder e o gerente do setor sobre o desempenho dos estagiários.
— "Como eles estão se saindo?" — Taeyang perguntou, sua voz calma e distante.
O líder do setor deu um passo à frente, com uma expressão séria.
— "Nari está indo bem, muito rápida na aprendizagem, mas o Jinwoo…"
Jinwoo engoliu seco.
Sabia que alguma coisa não estava certa. Ele se sentiu nervoso, até um pouco envergonhado.
Mas antes que o líder pudesse continuar, Taeyang levantou uma mão.
— "Está tudo bem. A manhã foi difícil para ele, e ele ainda está se ajustando ao ritmo." — Ele falou, interrompendo o líder com um tom de voz que fazia a justificativa parecer mais uma defesa.
O líder franziu a testa, mas não retrucou.
Jinwoo ficou sem palavras.
— "De qualquer forma, aguardarei mais progresso na próxima semana." — Taeyang continuou, olhando para o líder e o gerente, como se tivesse se cansado do assunto.
— "Agora, vamos seguir com o que temos."
Taeyang voltou a ignorar completamente qualquer menção a falhas de Jinwoo. E Jinwoo ficou ali, sem entender exatamente o que acontecia.
Ele se perguntou se era só impressão dele, ou se o CEO estava mesmo passando pano para ele. Afinal, no início do dia, Taeyang foi claro em afirmar que não daria desculpas por nada.
Porém, no instante seguinte, o que parecia um pequeno erro de Jinwoo era ignorado — e de uma forma tão natural que quase parecia que ele havia feito a coisa certa.
Jinwoo se pegou questionando se Taeyang realmente o via como um caso perdido, ou se algo mais estava acontecendo.
E o mais confuso: por que Taeyang estava se contradizendo tão facilmente?
Jinwoo não entendeu, e Taeyang também não.
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Atualizado até capítulo 145
Comments
@lirio_8531
Me lembra de quando trabalhava como voluntária, olhei pro celular e era 6:50, falei "só mais 10 minutos", acordei de novo e já era 9h, sai correndo usando qualquer roupa e sem maquiagem.
Sorte que meu antigo chefe era gente boa 😅
2025-04-03
1
narinha cansada
NA GELADEIRA???? eu já vi colocarem de tudo numa geladeira, agr um sapato... mds
2025-03-16
1
narinha cansada
mai gente a fama dessa guria aí kakkakakakak
2025-03-16
3