Helena sentia o coração pesado ao entrar novamente na empresa. Fazia apenas alguns dias desde que sua vida desmoronara. O flagra de Guilherme e Isabella ainda queimava em sua mente, uma ferida aberta que insistia em latejar. Mas ali estava ela, de volta ao trabalho, forçando um sorriso e fingindo que tudo estava bem.
O destino parecia rir dela, pois sua mesa ainda era ao lado da de Isabella. E, pior ainda, Guilherme, seu ex-noivo, continuava como gerente de setor. O escritório, que antes era um ambiente de conforto e rotina, agora parecia um campo minado, pronto para explodir a qualquer momento.
No segundo dia de trabalho, o inevitável aconteceu. Isabella a abordou assim que Guilherme se afastou para uma reunião.
— Helena, eu preciso falar com você. — A voz dela soava melancólica, quase ensaiada.
Helena cruzou os braços, mantendo-se firme.
— O que foi?
Isabella suspirou dramaticamente.
— Eu sinto muito pelo que aconteceu. Eu nunca quis te machucar... — Seus olhos se encheram de lágrimas, como se fosse a vítima.
A raiva cresceu dentro de Helena. Era impressionante como Isabella conseguia manipular a situação a seu favor. Ela não pediu desculpas porque se arrependia, mas porque queria aliviar sua própria consciência.
— Você nunca quis me machucar? Então por que fez isso? — A voz de Helena saiu firme. — Se não quisesse, teria se afastado. Mas, ao contrário, correu para os braços do meu noivo.
— Eu não planejei nada disso, foi algo que simplesmente aconteceu... — Isabella fungou, enxugando uma lágrima solitária.
— Aconteceu? — Helena riu, mas sem humor. — Traição não “acontece”. Você fez uma escolha. Os dois fizeram.
Antes que Isabella pudesse responder, Guilherme apareceu, como se tivesse sentido a tensão no ar. Ele lançou um olhar duro para Helena.
— O que está acontecendo aqui? — perguntou, cruzando os braços.
— Sua namoradinha está se fazendo de vítima — respondeu Helena, sem paciência.
— Helena, não precisa ser tão dura. Isabella está tentando consertar as coisas — Guilherme argumentou.
A paciência de Helena se esgotou.
— Você tem coragem de dizer isso para mim? Depois de tudo que fez? Você me traiu, me humilhou, e agora vem me dizer que eu devo aceitar as desculpas fingidas dela?
Isabella soluçou ao lado, como se estivesse prestes a desmaiar. Alguns colegas começaram a olhar na direção deles.
— Acho melhor você se acalmar — Guilherme disse, assumindo o tom frio e controlador que Helena conhecia bem.
Ela o encarou, sentindo o coração martelar no peito. Mas, em vez de gritar ou chorar, apenas sorriu.
— Sabe de uma coisa? Vocês dois se merecem. Espero que aproveitem essa relação construída sobre mentiras e traição.
Virou-se e caminhou para sua mesa, sentindo-se mais forte do que nunca. Ela ainda doía, ainda sangrava por dentro, mas uma certeza crescia dentro dela: nunca mais deixaria que alguém a fizesse sentir-se tão pequena.
Helena então toma uma decisão crucial pra sua vida não importava eles que eles fosse felizes juntos, ela senta em sua cadeira liga o computador e começa a escrever uma carta de demissão daquela empresa.
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Atualizado até capítulo 108
Comments
Sofia Carvalho
gostei de você Helena. Uma protagonista forte, que não faz papel de palhaça. Já ia mesmo perguntar o porquê de não se demitir daí... E aí você vai e escreve a carta da sua alforria 👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼.
Parabéns
2025-04-28
1
Alzira Alves Bezera
eu também faria a mesma coisa ...nem voltaria lá...Passado....vida que segue...
2025-04-25
0
Graça Barbosa
parabéns Helena você tomou a decisão correta você vai conseguir um emprego melhor e vida que segue ❤️
2025-04-24
2