Capítulo 2: Afogando as Mágoas
Helena saiu do hotel com os passos apressados e a mente fervendo. A traição ainda latejava em seu peito, misturando-se com a raiva e o desejo de esquecer. Sem rumo certo, encontrou um bar de esquina com luzes neon piscantes e entrou, determinada a afogar suas mágoas em algo mais forte do que sua dor.
Sentou-se no balcão e pediu uma dose de tequila. O líquido queimou sua garganta, mas era exatamente a sensação que queria. Outra dose veio, e depois outra. O som abafado da música e das conversas ao redor pareciam ecoar longe demais, como se ela estivesse presa em sua própria bolha de frustração e desilusão.
Foi então que ele apareceu. Alto, olhar intenso e um sorriso ladeado de mistério. Não perguntaram nomes, não trocaram histórias. Apenas brindaram a noite e ao esquecimento. As doses se acumulavam, os risos tornavam-se fáceis, e o calor aumentava entre eles.
O toque começou casual, uma mão que escorregava pelo braço, um joelho que encostava no outro. Os olhares demorados diziam mais do que qualquer palavra. A eletricidade entre eles se intensificava a cada minuto, e Helena sabia que a noite estava longe de terminar ali.
— Vamos sair daqui? — ele murmurou, a voz rouca pelo álcool e pelo desejo crescente.
Helena não hesitou. Pegou a mão dele e saiu do bar, sentindo o coração martelar em seu peito. Caminharam sem pressa, como se soubessem exatamente onde aquilo ia dar. Em pouco tempo, estavam em um quarto de hotel, e assim que a porta se fechou, seus lábios se encontraram em um beijo faminto.
A noite se desenrolou em toques ardentes, roupas sendo arrancadas sem cerimônia e sussurros embriagados de desejo. Ele a pegou no colo e a pressionou contra a parede, explorando cada curva de seu corpo com uma intensidade que a fez esquecer qualquer dor anterior.
Os lençóis testemunharam a fúria e a necessidade que os consumia. Helena entregou-se ao prazer sem reservas, permitindo-se sentir viva de uma forma que não sentia há tempos. Os gemidos abafados e a respiração acelerada preencheram o espaço enquanto a noite se prolongava em ondas de desejo saciado e novos impulsos incontroláveis.
Depois de horas, os corpos entrelaçados finalmente cederam ao cansaço. Helena sentiu os batimentos dele desacelerarem, assim como os seus. Olhou para o teto, deixando a mente vaguear. Não era amor, não era promessa, mas era tudo o que ela precisava naquela noite.
Quando a manhã chegou, os raios de sol filtravam-se pela janela, e Helena abriu os olhos lentamente. Ao seu lado, ele dormia, a expressão relaxada, como se nada mais importasse. Pela primeira vez desde a traição, ela não sentia dor. Apenas a estranha sensação de que um novo caminho havia se aberto para ela.
Sem fazer barulho, levantou-se, pegou suas roupas e deixou o quarto. Não havia necessidade de despedidas. Aquela noite era um capítulo fechado, um segredo entre dois desconhecidos que, por algumas horas, encontraram conforto um no outro.
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Atualizado até capítulo 108
Comments
Maria Helena Silva Costa
parece que conheço a história estou começando e reconhecendo
2025-04-18
9
Daniele Guimarães
uau,isso que é começar uma história interessante
2025-05-11
0
Marluce Gomes
mim lembra algo que já lier
2025-04-30
0