Prólogo

O começo de tudo foi marcado por uma profunda dor e esperança. Em uma era onde o sofrimento era a realidade para muitas meninas, surgiu a história de uma mulher importante da família Amarante, a primeira a quebrar as correntes dessa tradição opressiva. Em 1001, iniciou-se uma prática cruel: os casamentos arranjados transformavam as jovens em simples trocas comerciais para os negócios de seus pais. No ano de 1183, uma jovem mulher completou 15 anos e foi entregue a uma família rica no sul da França.

Apenas três dias depois, ela se casou, sem escolha, sem voz. Aos 16 anos, deu à luz suas duas primeiras filhas; aos 18, veio a terceira; e aos 22, mais duas. A pressão constante por um herdeiro homem pesava sobre seus ombros. Após uma última gravidez arriscada, o médico confirmou que ela não poderia mais ter filhos, um golpe doloroso e desolador.

No mesmo dia em que seu marido saiu para trabalhar, ela fez a escolha mais corajosa de sua vida: fugiu com suas cinco filhas para Brest, uma pequena cidade na França. O peso da traição se abateu sobre ela quando descobriu que seu marido havia tido um filho com outra mulher e que havia mentido para todos, dizendo que ela e suas filhas haviam morrido. Cada revelação era uma ferida aberta em seu coração já machucado.

Enquanto trabalhava para Francine Magarotti Amarante, uma viúva rica e respeitada, a jovem encontrou um novo propósito. Inicialmente tratada com frieza, Francine começou a admirar e confiar nela à medida que o tempo passava. Após um divórcio doloroso, ela casou-se com João Paulo, o filho de Francine, e teve um filho, Joaquim. A sobrevivência do parto foi um verdadeiro milagre, considerando os riscos envolvidos.

Com o apoio de Francine, ela entrou no mundo do crime e fundou a Máfia dos Masked. A organização

prosperou, ganhando respeito e sucesso por seu profissionalismo. A Máfia tornou-se um símbolo de

igualdade, onde mulheres e homens eram tratados com o mesmo respeito, refletindo a visão de sua fundadora.

Sua vida se transformou em uma história de redenção e conquista. Ela construiu um império, garantiu uma vida digna para suas filhas e encontrou paz. Seu ex-marido, que perdeu todas as suas riquezas e enfrentou a rejeição até da nova esposa, tentou reconquistá-la, implorando por perdão. Ela o perdoou, mas decidiu seguir em frente, distante de quem a feriu.

Hoje, a Máfia dos Masked está sob a liderança de Thalia Amarante, a princesa dos Masked. O futuro é

incerto, mas a determinação em avançar e enfrentar os desafios permanece firme. A jornada dessa mulher é um testemunho de força e coragem, transformando dor em um legado de igualdade e respeito.

— Então quer dizer que Laiane fez de tudo pelos seus filhos? — pergunta a pequena Tainá, com os olhos

cheios de curiosidade e esperança.

— Sim, meu amor — confirma a mãe, sua voz embargada pela emoção. — Agora, é hora de vocês irem para a cama. Já está bem tarde. Venham, deitem-se. — Ela os coloca na cama com um carinho que reflete todo o amor e a proteção que sente, beijando a testa de cada um com ternura e um leve sorriso.

Ao sair do quarto, Isabelly se depara com seu marido no corredor. A tensão entre eles é palpável, um peso silencioso no ar.

— Uma hora você vai ter que contar tudo a eles — ele diz com um tom grave, cheio de preocupação.

— Eu sei, mas simplesmente não consigo — Isabelly responde, seus olhos fixos na grande janela que revela a escuridão da floresta lá fora. — Sinto que nunca vou conseguir o perdão por aquilo.

— Você não pode ter certeza disso.

— Meu pai ainda carrega a dor da perda da minha mãe. Se ele ainda sofre, por que eu não posso ser a

culpada? — Ela fecha os olhos, sentindo o peso da culpa e da tristeza. — Cada vez que vejo nossa filha Tainá, vejo um pedaço da minha mãe nela.

— Tainá tem a cara da sua mãe — ele diz, puxando-a para um abraço reconfortante. — Mas algo me diz que você não me contou tudo sobre o que aconteceu.

— Não é nada — Isabelly diz, tentando esconder a dor, mas os olhos dela brilham com lágrimas não

derramadas. — Vamos deixar isso para lá.

— Está tarde. Precisamos ir dormir — ele diz, começando a se dirigir ao quarto do casal, mas para ao notar que Isabelly não o acompanha.

Ela permanece parada, com o olhar perdido na floresta, perguntando-se se sua mãe estaria orgulhosa dela.

— Me perdoa, mamma — ela sussurra, a voz tremendo com emoção contida, antes de se virar e caminhar em direção ao marido. — Eu preciso enfrentar e resolver esse trauma. — Ela dá um beijo suave em seu rosto, seu coração partido pela dor da separação iminente, e começa a seguir na direção oposta.

— Volte, Sã e viva, Isabelly! Não posso viver sem você. VOCÊ É MINHA CASA! — ele grita, a voz cheia de desespero e amor enquanto ela se afasta, cada palavra uma súplica desesperada.

Ela sai de casa, dirigindo-se ao aeroporto com uma determinação silenciosa, jogando fora seu celular e

pegando os documentos falsos do carro. Ao subir as escadas do aeroporto, com os olhos cheios de lágrimas, murmura com um aperto no coração:

— Se algum dia eu falhei com vocês, lembrem-se apenas das coisas boas que compartilhamos. — As lágrimas escorrem por seu rosto, a dor e o arrependimento visíveis. — Você estava certa, mamma, quando disse isso para mim.

— Ela sempre estava certa — uma voz masculina ressoa atrás dela, carregada de emoção e urgência. — Lembra de mim, irmãzinha? Precisamos de sua ajuda.

(Futuro)

"Se você conseguir enfrentar o medo e a angustiante sensação de estar à beira do desconhecido, descobrirá que coisas maravilhosas e inimagináveis podem surgir."

Ass: Isabelly Amarante

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Comments

Rosa Pinto

Rosa Pinto

nossa tô começando a ler hoje,02/05/25, tô achando confuso e que capítulo longooo

2025-05-03

0

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