Um Amor do Interior

Um Amor do Interior

Cap 1.Minha vida no interior

Era uma manhã de segunda-feira,eu e mainha colhiamos o arroz.O ar fresco da manhã batia nos meus cabelos,e o sol brilhava.Era uma vida feliz.Mesmo que meu pai morrera em um acidente trágico,em uma noite chuvosa.O carro capotou em uma estrada escura,ele desviará de um caminhão com produtos químicos.Essa lembrança era amarga,para mim e para mainha.Sentia muita falta dele,ele costumava brincar comigo todos os dias,cuidava de mim e de mainha,colhia conosco e eu perguntava muitas coisas para ele no campo.Um dia,mainha desmaiou no meio da colheita de arroz.

"Me ajudem,por favor!"...eu gritava em desespero.

A levamos para o quarto,chamamos o médico,ele a examinou.Mainha estava muito doente.Ela adormeceu,seu semblante era triste,como se fosse se despedir a qualquer momento.Eu ficara ao lado dela na cama,acariciando seu rosto e seu cabelo,as lágrimas rolaram pelo meu rosto.Parei de colher e passei a cuidar dela.Dava-lhe remédios e chás,e ao seu lado todos os dias.Dona Maria,uma vizinha nossa de muito tempo,me ajudara,ela tinha uma amizade com Mainha e cuidava de mim como uma filha.Me entregava vários chás para ajudar na melhora de mainha.Planejava levar mainha para a cidade,para fazer um tratamento.Porem sabia que não haveria condições de locomover ela até o hospital da cidade grande.

"Se eu morrer, você me promete que vai ser feliz,que vai mudar de vida,ter um emprego bom e conhecer um belo rapaz para formar uma família."...mainha,triste.

"Mãe, você não vai morrer,vai ser curada e vai continuar no campo comigo."...chorei muito ao falar.

Nos próximos dias,mainha teve uma crise,tossia muito e saía sangue do pano branco que ela levará até a boca.

"Mainha,aguenta,por favor!"...eu triste e segurando nos ombros dela.

Ela virou-se para mim.

"Milena,eu te amo!"...ela sussurrando.

Diminuiu as tosses,ela se deitou na cama e ficou imóvel.

"Mainha,fala comigo,por favor!"...eu chorando e a chamando.

Mainha continuava imóvel,chorei como se houvesse muitas lágrimas dentro de mim,gemi,a dor de perde-la cravava meu peito como uma faca.Organizei um velório,com poucas pessoas, vestimos preto,me abraçaram desejando os pêsames.Dona Maria me abraçou chorando e soluçou.Todos foram para a rua,alguns rapazes pegaram o caixão de mainha,acariciei seu rosto pela última vez, sentindo sua pele rígida e fria.

"Adeus, mamãe!"...me despedindo.

Levaram o caixão,ela foi enterrada.Dias depois,decidi morar na cidade,coloquei a casa a venda.Nao apareceu nenhum comprador.Colhia no campo e sentia falta de mainha.As lágrimas vinham novamente no meu rosto.Meses após a morte de mainha,aparece um comprador.Alto,com cabelos grisalhos e sorriso amarelo,Senhor Mendonça.Ele chegou com aquelas botas desbotadas.Me ofereceu uma quantia favorável,fechei negócio com ele,ouvi dizer que ele não era uma boa pessoa,eu não me importava,queria vender a casa,mesmo que isso me doía o coração.Mexendo em alguns papéis,achei fotos minhas e de mainha,juntei nossas economias em uma mala.Na manhã de quinta-feira,o céu estava nublado e a chuva ameaçava cair,mesmo assim sentia um cheiro de vida nova no ar.Levei minha mala e peguei um táxi,o caminho até a estação seria longo e até a cidade seria mais longo ainda.Observava a paisagem e as lembranças vieram na minha mente,a vida com meu pai,passeando pelo campo e depois com minha mãe.Sozinhas,uma vida simples,mas sentindo profundamente a ausência do meu pai.Nao consegui evitar que as lágrimas rolassem e que eu sentisse um embrulho no estômago.

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