capítulo 4

...Capítulo 4🗼

...

Na manhã seguinte, Joane levantou-se cedo, tomou o seu banho e arrumou-se para ir trabalhar. Quando ia saindo do apartamento, o telefone tocou, decidiu deixá-lo tocando, mas Bia deu um grito para ela atender antes de sair, pois estava no banho.

- Alô.

- Jojoane, é você?

Ah merda! Aquele idiota de novo. Maldita hora em que ela atendeu ao telefone. Mas o que ele fazia ligando tão cedo para Bia?

Olhou para o relógio da parede e viu ser dez para sete da manhã e ela já estava atrasada. Tinha que estar na revista às sete e meia, e antes tinha que passar pelo café para pegar o cappuccino do seu chefe se não adeus sossego naquele escritório o dia todo.

- O que você quer?

- Só queria falar com a Bia. Mas achei bom que foi você que atendeu, queria ouvir a sua voz.

Mentiroso.

- A Bia está tomando banho, ligue mais tarde para ela, ok.

- Na verdade, a minha irmã é só um pretexto... Queria mesmo era falar contigo. Você está saindo para trabalhar?

- Sim, e já estou atrasada.

- Me desculpe... Não queria perturbá-la, mas ontem eu só queria pedir desculpa por ter sido grosseiro com você.

Ela deu um sorriso torto.

- Sem problemas... Era só isso que queria falar comigo?

- Sim. Mas...

Ela apertou o botão do telefone. E desligou bem na cara dele sem deixá-lo terminar de falar. Já estava atrasada e não poderia ficar ali tagarelando sem parar com um sujeito que ela não ia com a cara de jeito nenhum, mesmo que seu coração estivesse palpitando e gritando para que ela continuasse a ouvir a voz sexy dele do outro lado do telefone.

Contudo, ela conseguiu ser forte o bastante e desligou o telefone. Saiu do apartamento sem dizer nada para Bia, que ele retornasse à ligação e falasse com a sua irmã.

Chegou ao escritório quinze para oito, mas pelo menos conseguiu pegar o cappuccino do seu chefe. Quinze minutos de atraso não era muito, mas para o seu chefe parecia o dia todo.

Colocou a sua bolsa na sua mesa e levou o cappuccino para o escritório dele onde todo mundo podia vê-lo devido a janela de vidro que pegava a maior parte da parede.

E percebeu que ele falava ao telefone e não estava muito de mau humor, quando ele sorria ao telefone já dava para notar que seu humor não estaria tão ruim assim.

— Licença senhor, trouxe seu cappuccino. - Ela falou ao dar uma batida na porta e entrar em seguida.

Ele fez um sinal para que ponha-se em sua mesa e simplesmente ignorou-a em seguida voltando para falar ao telefone. Quando se atreveu a sair da sala, ele a chamou.

- Quinze minutos de atraso, Srta. Carter.

- Me desculpe, mas a cafeteria estava cheia e não consegui chegar a tempo. - Ela arrumou a primeira desculpa que lhe veio na cabeça. - Não vai se repetir senhor.

Ele a encarava com um jeito que a deixava sem graça.

- Eu espero, mas obrigado pelo café.

Cappuccino seu idiota. Será que ele ainda não havia aprendido que gostava de tomar cappuccino ao invés do café. Provavelmente ele não sabia.

Ela saiu da sala e sentou em sua mesa, ligou o computador e ao pegar seu celular dentro de sua bolsa, ele piscou avisando que havia mensagens. Era de Bia.

Joane olhou em volta e leu as mensagens que Bia mandara a ela. Teve vontade de rir quando Bia perguntou por que saíra do apartamento sem avisar, a outra era para saber por que ela desligaria o telefone na cara do irmão dela e a última era para saber se estava bem, já que não responderá de imediato. Assim que pode respondeu para Bia.

"Não se preocupe amiga, eu estou bem e sobre eu desligar o telefone na cara do seu irmão foi porque ele me irritou."bjos

Voltou a trabalhar, passou a manhã toda atendendo telefone, na hora do almoço ela aproveitou para dar uma olhada nas lojas, pois precisava comprar algumas roupas para a viagem - mas sabia que não podia gastar muito - depois voltou para o escritório e novamente ficou a tarde toda sendo chamada para a sala do seu chefe pedindo faz isso, Joane. Faz aquilo Joane. Era um saco ter que ser praticamente uma escrava para aquele imbecil.

Estava em sua mesa digitando algumas coisas que seu chefe pediu antes que ela fosse embora. O pessoal todo já estava se preparando para ir embora e ela ainda estava ali digitando velozmente para poder cair fora dali o mais rápido possível.

Quando finalmente terminou, olhou para o relógio e já eram seis e meia, o sol já estava quase se pondo e ela ainda estava naquele maldito escritório. Tratou de arrumar suas coisas, desligou o computador e ao se preparar para sair seu chefe também estava de saída e a acompanhou até a frente do prédio.

- Obrigado por me ajudar com aquelas papeladas Joane. Não sei o que seria sem você para digitar tudo aquilo e pelo café.

Era só isso que ele sabia dizer quando estava indo embora.

- Não foi nada.

Ele sorriu.

- Obrigado mais uma vez. E tenha um ótimo fim de semana, Joane - ele desejou a ela.

- Para você também, Sr. Robson.

Assim que terminou de olhar para o chefe entrar em seu carro, ela virou-se e andou meio sem rumo em direção a sua moto, procurou pelas chaves e quando as encontrou colocou na ignição.

- Oi, Joane.

Joane levou um susto quando uma voz de homem a chamou, primeiro achou que fosse um bandido e depois pensou que pudesse ser seu chefe novamente..., mas na verdade era só o idiota do irmão da Bia.

- O que faz aqui? Como me encontrou? - ela perguntou.

Ele sorriu.

- Vim me desculpar pessoalmente, já que você decidiu desligar o telefone na minha cara. Não me lembro de você sendo mal-educada.

- Será que é porque você não me conhece muito bem? - Ela deu um suspiro. - Se me lembro bem, você era um adolescente sem escrúpulos e sem graça.

Dominic deu um risinho sem graça.

- Não nego que era mesmo um adolescente sem escrúpulos, mas sem graça não.

- Que ótimo que você pelo menos concorda com alguma coisa que eu digo. - Ela ajeitou sua bolsa no ombro. - Bem, preciso ir embora.

- Ele é seu namorado?

Joane quis rir ao ouvir aquela pergunta tão idiota. Deus, que horror eu namorar o meu chefe tão idiota quanto a Dominic. Não dava para saber qual era o mais bonito ou mais imbecil.

- Ele é meu chefe.

Ele sorriu, parecendo aliviado.

- Que bom, pelo menos não tenho concorrentes.

O que ele quis dizer com aquilo? Achava-se que iria sair com ela, estava muito enganado. Ainda mais ele usando aqueles óculos ridículos, mais ridículos do que o seu quando era mais nova.

- Preciso realmente ir embora.

- Quer carona?

- Não obrigada. Eu vou de moto embora. - Ela recusou já pegando o capacete rosa cheio de desenhos.

- Você chama isso de moto?

- Qual é o problema com a minha biz?

- Nada.

Ela apenas assentiu.

- Ok. Até outro dia. - Ela montou na moto e antes que ele falasse algo saiu a rasgar.

Não gostava muito de pilotar a sua moto tão rápido assim, ainda mais por que a sua biz não era tão veloz assim para ficar se gabando.

Ao chegar em casa ela deixou sua moto estacionada na frente do prédio e subiu o mais rápido que podia e assim que entrou no apartamento ela foi direto para o banheiro, tomou um banho rápido e foi pro quarto. Vestiu seu pijama, não havia programado nada para aquele fim de semana. Na verdade, ela nunca programou nada para os fins de semana, ligou a TV da sala e sentou no sofá toda largadona.

Estava assistindo um filme bacana de comédia romântica quando ouviu o barulho da fechadura da porta abrir e Bia entrar, em seguida por Jack e depois... Dominic.

Aff... Aquele cara de novo. Até parecia que ele agora estava a perseguindo. Será que ele não tinha outra coisa para fazer não.

- Boa noite, Joe. - Bia a saudou, e em seguida os outros dois também fizeram o mesmo, ela apenas fez um aceno com a cabeça. - Que bom que está acordada.

- E?

- Bem que você podia sair com a gente. Nós quatro... Seria divertido.

Ela deu uma olhada de relance para Dominic que estava olhando para ela com aqueles óculos feios.

- Ah, prefiro deixar esse quarteto para a viagem... Quero ficar aqui e descansar. - Ela falou sentando no sofá. - Mas tenham um bom divertimento.

Bia colocou as mãos na cintura e olhou-a com um olhar que dava arrepios às vezes.

- Joane Carter, será que dá para ser menos ranzinza. Você tem vinte e cinco anos, não tem namorado nenhum, trabalha quase 12 horas por dia com um chefe super mala e quando você tem uma amiga que te ama de verdade que te chama para sair numa sexta-feira, e você quer ficar em casa.

Joane ficou ali tentando ver qual era a parte que ela perdeu da discussão que Bia havia feito. Mas não, ela não perdeu nenhum pedaço ali.

- Não sabia que era proibido ficar em casa numa noite de sexta-feira.

- Não é proibido. Mas será que é pedir demais para sair com a gente.

Ela olhou para os dois homens ali de pé perto do balcão da cozinha que não parava de olhar para elas duas.

- Será que você poderia parar de olhar para mim, por favor. - Ela pediu dirigindo-se para o idiota.

Bia virou-se para o irmão que naquele instante ficou meio sem graça. Era difícil lidar com pessoas que não sabiam a diferença de sossego e bagunça - ela, por exemplo, adorava ficar em casa. - Não havia outra coisa melhor do que ficar em casa, dentro de seu pijama favorito enquanto assistia TV. Além do mais não queria sair com aquele sujeito idiota lhe olhando o tempo todo como se fosse bichinho de estimação. Era horrível alguém ficar encarando as pessoas como se elas estivessem fedendo.

- Se ele não parar de olhar para mim, eu vou dar um murro na cara dele.

Dominic sorriu ao ouvir dizer que partiria para agressão física.

- Eu não estou te olhando.

- E está fazendo o que então? - ela perguntou levantando e cruzou os braços em cima do busto. - Quer saber, acho melhor eu sair um pouco mesmo.

Ela foi para o quarto e bateu a porta com força.

Queria gritar muito, mas só não fez porque sabia que os três iriam escutá-la. Odiava o dia dos namorados, odiava Bia e odiava o irmão dela. Isso se o Jack não começasse também enchendo o seu saco, odiaria ele também.

Saiu de seu quarto meia hora depois, havia vestido uma calça jeans, blusinha preta e botas de salto alto - pois não queria ter seus pés esmagados - passou um pouco de maquiagem e prendeu seu cabelo com um rabo de cavalo para o lado.

- Poxa, achei que não ia sair nunca do quarto. - Bia falou.

- Vamos antes que eu volte atrás.

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***