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Continuação
Capítulo 5 - Sem saída, decisão tomada, nova fase
Um mês se passou. O silêncio de Nathaniel era um peso insuportável sobre os ombros de Alyssa. A ansiedade corroía sua paciência, a cada dia a pressão dos credores aumentava, a ameaça de falência se tornava mais real. E então, o desastre: um incêndio devastador em uma das filiais da empresa Legrand. Felizmente, o número de feridos foi menor do que o esperado, mas o prejuízo material foi significativo, um golpe devastador em meio à crise.
Alyssa estava em frangalhos. A pressão era incomensurável. A proposta de Aziel, antes vista como um último recurso, agora parecia a única solução possível. A espera por Nathaniel se tornara insustentável. Ela precisava tomar uma decisão, e precisava tomá-la rápido.
Ela tentou entrar em contato com Nathaniel repetidamente, mas sem sucesso. A incerteza sobre seu paradeiro aumentava sua angústia. Será que algo havia acontecido a ele? Será que ele havia encontrado algo que o colocasse em perigo?
Enquanto a fumaça do incêndio ainda pairava no ar, Alyssa se viu diante de um dilema terrível. Ela podia esperar mais, arriscando a ruína completa da empresa, ou podia aceitar a proposta de Aziel, mesmo sem ter todas as informações que desejava. A decisão era visceral, tomada sob pressão extrema, um ato de fé cega em um homem que ela mal conhecia.
Com o coração pesado, Alyssa decidiu ligar para Aziel. Ela precisava falar com ele, precisava explicar a situação, precisava negociar. Ela não estava mais em posição de esperar. O tempo havia se esgotado.
Aziel Dupont
Estava esperando sua ligação
Aziel disse, sua voz calma e controlada, mesmo através do telefone. Havia um tom de triunfo sutil em suas palavras, um eco da vitória que ele já pressentia.
Alyssa respirou fundo, juntando forças que mal sabia possuir. As palavras de Aziel, embora frias, ofereciam uma âncora em meio ao caos. O incêndio, a pressão dos credores, a incerteza sobre o futuro da empresa… tudo isso a esmagava. A espera por Nathaniel havia se tornado uma tortura insuportável.
Ela começou, sua voz firme apesar do tremor em suas mãos
Alyssa Legrand
eu… eu aceito sua proposta
Houve um silêncio do outro lado da linha, um silêncio que pareceu durar uma eternidade. Alyssa prendeu a respiração, esperando uma reação, uma resposta. Finalmente, a voz de Aziel quebrou o silêncio, um tom levemente surpreso, mas principalmente satisfeito:
Aziel Dupont
Excelente, Sra. Legrand. Sua decisão é… sábia. Eu já preparei os documentos. Podemos nos encontrar amanhã para assinar o contrato. E, claro, para discutir os detalhes do nosso… arranjo.
Havia um tom sugestivo em suas palavras, uma insinuação da complexidade da aliança que eles estavam prestes a selar.
Alyssa sentiu um nó na garganta. A decisão havia sido tomada, um passo irreversível que mudaria sua vida para sempre. Ela havia se casado com um homem que mal conhecia, um homem envolto em mistério, em troca da salvação de sua empresa. Era um sacrifício enorme, um risco calculado, mas a alternativa era a ruína completa.
Alyssa Legrand
Sim, amanhã
Ela respondeu, sua voz ainda tremendo ligeiramente.
Alyssa Legrand
Amanhã está ótimo.
Ela desligou o telefone, o peso da decisão a esmagando. A batalha havia terminado, mas uma nova guerra estava apenas começando. Uma guerra pela sobrevivência do império Legrand, mas também uma guerra pela sua própria identidade, pela sua liberdade, pela sua alma. O casamento com Aziel era um pacto com o diabo, um acordo que poderia lhe trazer a salvação ou a destruição. Só o tempo dirá.
Minutos depois de desligar o telefone, um e-mail de Aziel chegou à caixa de entrada de Alyssa. O assunto era simples: "Casamento Civil - Detalhes." Ao abrir, ela encontrou uma lista de exigências, mais do que instruções, que pareciam menos um pedido e mais uma ordem. O tom era frio, formal, mas havia um subtexto de controle que a deixou desconfortável. Aziel especificava o tipo de vestido que ela deveria usar: um belo vestido branco, com um decote que destacasse seus seios, e cabelos soltos. Ele também informava que seu motorista a buscaria em breve. A descrição do vestido, porém, não era meramente prática; havia uma sugestão, uma quase palpável antecipação em suas palavras que fez Alyssa sentir um arrepio, não de repulsa, mas de uma estranha excitação.
Ela ficou vermelha, mas não apenas de raiva. A imagem do vestido, da forma como ele a descreveu, desencadeou uma reação inesperada em seu corpo. A ideia de Aziel a vendo assim, de sua admiração explícita, despertou um desejo inesperado, uma tensão que a deixou sem fôlego. Era uma mistura de medo e excitação, uma estranha combinação de repulsa e atração que a deixava confusa e agitada.
Ela se levantou, sentindo o calor subir em suas bochechas, mas agora misturado a uma onda de desejo. A raiva ainda estava lá, a indignação pela forma como ele a tratava, mas agora era temperada por uma nova e desconcertante sensação. A ideia de se submeter a ele, de ceder aos seus desejos, enquanto ao mesmo tempo o manipulava, a deixava em um estado de excitação, e ela estava prestes a entrar nele de corpo e alma
Enquanto digitava sua resposta, Alyssa sentiu uma nova onda de excitação. Ela escreveria uma resposta firme, mas também sugestiva, deixando claro que ela não era uma marionete em suas mãos, mas também que estava ciente do jogo que ele estava jogando. Ela escolheria seu próprio vestido, mas ele seria um vestido que a deixaria tão poderosa quanto sedutora. E ela aceitaria o motorista, mas não sem antes deixar claro que ela estava ciente de sua atração e que, nesse jogo, ela também tinha suas próprias armas.
O dia seguinte chegou como um turbilhão. Alyssa, apesar da ansiedade que a corroía por dentro, concentrou toda sua energia nos preparativos para o casamento civil e a assinatura do contrato. A lembrança das exigências de Aziel ainda a assombrava, mas agora, em vez de raiva, a sensação era de uma excitação controlada. Ela havia decidido usar a situação a seu favor, transformando as expectativas dele em uma arma.
Ela não usaria o vestido que Aziel havia descrito, mas sim algo que fosse ainda mais impactante, algo que o deixasse sem fôlego. Em sua mente, ela já visualizava o vestido perfeito: um modelo justo, branco imaculado, mas com um decote ousado, revelando mais do que ele havia imaginado. Não seria vulgar, mas sim elegante e provocante, um vestido que gritava poder e sensualidade. Os cabelos soltos, como ele havia pedido, cairiam em cascatas sobre seus ombros, emoldurado por brincos de diamantes que brilhariam sob a luz. A maquiagem seria impecável, destacando seus traços e realçando sua beleza natural.
Enquanto Alyssa caminhava pelo shopping, seu coração pulsava com uma mistura de ansiedade e empolgação. A busca pelo vestido perfeito a absorvia completamente, e ela se sentia determinada a fazer uma escolha que deixasse Aziel sem palavras. As lojas ao seu redor eram um desfile de opções, mas ela sabia exatamente o que procurava.
Enquanto examinava um vestido em uma vitrine, Alyssa escutou um breve diálogo de duas clientes próximas, que experimentavam roupas em uma loja.
????
Ficou sabendo que a Esmeralda está de volta na Coreia, para o pré-lançamento do filme dela?
Disse uma delas, com um brilho nos olhos.
????
Ah, fiquei sim! Ela e a princesa da Coreia, tão linda! Eu gostaria de ser igual a ela
Respondeu a outra, com um suspiro admirado.
As palavras delas flutuaram no ar, mas Alyssa não deu muita importância. Estava focada em sua própria missão, em sua própria transformação. A ideia de se tornar uma versão de si mesma que fosse poderosa e sedutora era o que a motivava. Ela tinha seu próprio papel a desempenhar, e não precisava se comparar a mais ninguém.
Com um olhar decidido, Alyssa entrou em uma boutique que chamava sua atenção. As roupas estavam dispostas de maneira elegante, e a atmosfera era de sofisticação. Após algumas tentativas, ela encontrou o que procurava: um vestido justo, branco imaculado, exatamente como havia imaginado. O decote ousado e a cauda delicada se uniam de forma perfeita, refletindo tanto a sensualidade quanto a elegância que ela desejava.
Ao se olhar no espelho, Alyssa sentiu uma onda de confiança. Aquela versão de si mesma, que estava prestes a se apresentar a Aziel, não era apenas uma noiva; era uma mulher forte, determinada e pronta para tomar as rédeas de seu destino. O vestido era a armadura que a preparava para o que estava por vir.
Após a compra, Alyssa saiu da loja com um sorriso satisfeito. A casa hora que passava o casamento civil estava se aproximando, e ela estava mais do que pronta para a nova fase de sua vida. Enquanto caminhava de volta para o carro, as palavras das duas clientes ainda ecoavam em sua mente, mas agora elas pareciam distantes. Alyssa não queria ser como ninguém a não ser ela mesma, a versão mais poderosa que poderia ser.
A tensão aumentava à medida que o momento se aproximava. Ela se perguntava como Aziel reagiria ao vê-la, não apenas como a mulher que ele havia pedido, mas como a mulher que havia decidido se transformar. Estava preparada para um jogo de sedução, onde cada movimento contaria e cada olhar poderia ser um desafio.
E assim, com o vestido em mãos e a confiança renovada, Alyssa se dirigiu para o próximo capítulo de sua vida, pronta para enfrentar Aziel e o novo mundo que estava prestes a se abrir diante dela.
Continuar?? Arrasta pra cima
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