Capítulo 1: A Artista Perdida no Tempo
Clara é transportada para 2024 enquanto termina um quadro em 2021. Confusa, ela encontra Matteo, dono da pintura, que a acusa de invadir sua casa. Entre desconfiança e choque, ambos tentam entender o que está acontecendo.
Autora
Clara Duarte terminou a última pincelada de sua obra, um quadro intitulado Ecos do Tempo. A pintura, um retrato surreal de uma menina em meio a um cenário nebuloso, parecia ter vida própria.
Autora
Ela sentiu um calafrio enquanto olhava para o trabalho concluído, como se o olhar da menina pintada carregasse uma mensagem que ela ainda não compreendia.
Clara
Finalmente ( murmurou, com um sorriso satisfeito.)
Autora
O ateliê estava silencioso, exceto pelo som do vento batendo na janela. Ela deu um passo para trás, contemplando sua criação. Mas então, algo estranho aconteceu. A luz da sala começou a oscilar, e o quadro começou a emitir um brilho fraco.
Clara
O que é isso? (recuando um pouco, confusa.)
Autora
O brilho intensificou-se, engolindo todo o cômodo. Ela tentou proteger os olhos, mas uma força inexplicável a puxou em direção ao quadro. Tudo ao redor ficou branco, e por um momento, ela não sentiu nada — nem o chão sob os pés, nem o som do vento, nem o próprio corpo.
Quando abriu os olhos, Clara estava em um lugar completamente diferente.
Autora
Cena: A Casa de Matteo Russo
A sala onde ela se encontrava era luxuosa, decorada com tons de cinza e preto, com móveis de design sofisticado. No centro, pendurado na parede, estava Ecos do Tempo.
Clara
O quê...? (balbuciou, olhando ao redor.)
Clara
(deu um passo em direção ao quadro, mas antes que pudesse tocá-lo, ouviu uma voz grave e autoritária.)
Matteo
Quem diabos é você?
Autora
Ela se virou rapidamente e deu de cara com um homem alto, de terno, com um olhar duro que parecia atravessar sua alma. Ele estava parado perto da porta, com as mãos nos bolsos e uma expressão de desconfiança.
Clara
Eu... eu não sei como cheguei aqui( levantando as mãos em um gesto de rendição.)
Autora
Matteo Russo não relaxou. Ele estava acostumado a lidar com situações estranhas, mas aquela ultrapassava os limites do razoável. Uma jovem desconhecida no meio da sua casa, olhando fixamente para o quadro que ele considerava sua posse mais preciosa.
Matteo
Isso é uma invasão? (aproximando-se dela.)
Clara
Não! Eu juro! (recuando um passo. )
Clara
Eu estava no meu ateliê, pintando... e de repente, estou aqui.
Matteo
(Matteo franziu o cenho.)
No seu ateliê? Você está dizendo que pintou isso?
Clara
(assentiu, apontando para o quadro.) Sim, é meu. Eu terminei há algumas horas... ou pelo menos, acho que foram horas.
Matteo
( cruzou os braços, estudando-a.)
Você está me dizendo que terminou essa pintura em 2021?
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