Cristina sempre foi uma mulher dedicada, com uma carreira exigente que a levou a passar longas horas fora de casa. Como profissional bem-sucedida, ela se destacou pelo comprometimento com o trabalho, mas sua ausência diária não diminuiu o amor e a dedicação que tinha pelos filhos. Cristina sempre se esforçou para garantir que, apesar de seu tempo limitado em casa durante uma semana, ela fosse uma mãe presente. Ela sabia que, devido às suas obrigações profissionais, não poderia estar ao lado de Filipe , Priscila e Clara todos os dias, mas encontradas formas de compensar isso nos finais de semana.
Os sábados e domingos eram dias sagrados para Cristina. Ela tentou ao máximo se desconectar do trabalho e se concentrar na família. Foram momentos preciosos que ela usava para estar com os filhos, ouvir sobre o que acontecia em suas vidas, apoiar em suas atividades e dar atenção individualizada a cada um deles. Ela sabia que o tempo em família era limitado, então fazia questão de estar atento a todos os detalhes, desde as conversas na escola até as brincadeiras, as refeições e, quando necessário, os conselhos.
Com Filipe , ela sempre foi cuidadosa, procurando ser uma figura materna forte e protetora, mas também aberta e abrangente. Filipe, sendo um adolescente mais introspectivo, muitas vezes preciso de um empurrãozinho para se abrir. Cristina, com sua sabedoria adquirida ao longo dos anos, sabia a hora de dar espaço e a hora de estar ao lado dele, oferecendo conselhos práticos ou simplesmente ouvindo suas inquietações. Ela sabia que seu filho precisava de um pouco mais de paciência para se expressar, então, embora o tempo fosse curto, ela sempre dava atenção a ele, sem pressa.
Priscila , por sua vez, era a mais extrovertida e dinâmica. Cristina e Priscila sempre tiveram uma relação de respeito mútuo, embora a personalidade de Priscila fosse bem diferente da sua. Cristina era mais centrada e séria, enquanto Priscila era leve, espontânea e, muitas vezes, um pouco impulsiva. Mas, ao contrário do que poderia parecer, Cristina adorava a energia da filha. Ela sabia que Priscila precisava de um toque de disciplina, mas também entendeu que sua filha era livre por natureza e que o melhor apoio que ela poderia oferecer era estar presente, mesmo quando Priscila estava em seus momentos mais descontraídos. As duas tinham uma relação cheia de carinho, embora algumas vezes Cristina tivesse que ser firme com Priscila, especialmente em questões de responsabilidades e foco nos estudos.
Mas, Clara , a filha mais velha, sempre foi um caso à parte. Cristina sempre teve uma relação muito forte com Clara, uma ligação que transcendia o comum. A ausência de Clara, que se mudou para seguir sua carreira de médica pediatra, deixou um vazio profundo no coração de Cristina. A ausência de Clara é algo que ela sente constantemente. Cristina sabia que sua filha deveria voar, que ela estava cumprindo sua missão de vida, mas isso não tornava a dor da separação mais fácil de lidar. Quando Clara se foi, a casa ficou mais silenciosa, e o tempo de qualidade que Cristina costumava passar com ela não existia mais. As manhãs, que antes eram preenchidas com conversas sobre o dia a dia ou os sonhos e planos de Clara, agora eram marcadas pela saudade e pelo vazio que ela deixava.
A relação entre Cristina e Clara sempre foi profunda, uma mistura de admiração e carinho. Clara, desde pequena, sempre teve uma determinação e um foco incrível, algo que Cristina sempre admirou. Ela via em Clara o reflexo de seu próprio caráter — forte, independente e dedicado. No entanto, a separação, embora necessária, deixou Cristina com um sentimento de perda, algo que ela tentou lidar de maneira silenciosa. Ela se orgulhava enormemente da filha, mas, ao mesmo tempo, sentia a ausência da presença de Clara em sua casa, da familiaridade de suas conversas e até mesmo dos desafios diários de ter uma filha que estava se tornando uma mulher independente.
Apesar de suas responsabilidades, Cristina nunca deixou de ser mãe atenta. Ela enviava mensagens para Clara, fazia ligações para saber como ela estava, tentando manter o vínculo forte e presente, mesmo que à distância. Ela sabia que Clara estava crescendo e encontrando seu próprio caminho, mas o coração de mãe não conseguia evitar a saudade. Nos dias mais difíceis, Cristina se pegava olhando para o quarto de Clara, como se a filha ainda estivesse ali, ocupando o espaço com suas coisas, seus livros e suas risadas.
Essa saudade de Clara também afetou a dinâmica com os outros filhos. Cristina, por vezes, sentiu que eu deveria estar ainda mais presente para Filipe e Priscila, para que a casa não perdesse sua energia e o laço familiar não se enfraquecesse. Ela se dedicava ao máximo para garantir que ambos soubessem que, apesar da ausência de Clara, o amor e o apoio da mãe estariam sempre ali. Mas o buraco que Clara deixou era difícil de preencher. Ela sentia falta de compartilhar suas alegrias e preocupações com a filha mais velha, de ver Clara em seus momentos de crescimento, de conversas sobre o futuro, e de ter a sensação de que todas as etapas da vida delas estavam sendo vividas juntas.
Com o passar do tempo, Cristina tem tentado se ajustar a essa nova fase da vida familiar, onde a presença física de Clara é mais rara, mas o amor e a conexão nunca se desligam. Ela tem encontrado consolo na ideia de que, embora Clara esteja longe, ela está indo em direção ao seu propósito e realizando seus sonhos. E, para Filipe e Priscila, Cristina continua sendo a mãe forte e amorosa que sempre foi, se adaptando à medida que suas crianças crescem e se tornam adultas. No entanto, no fundo do seu coração, Cristina sabe que nunca vai deixar de sentir a falta de Clara, sua filha mais velha, e que essa saudade será algo que sempre fará parte de sua vida, mesmo que ela tenha se adaptado a essa nova realidade.
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Atualizado até capítulo 52
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