Filipe Montenegro

com seus 16 anos, é um jovem introspectivo, focado e sensível, características que se destacam em meio à sua adolescência e aos desafios da vida. Ele tem uma aparência que reflete a seriedade de sua personalidade: cabelos castanhos curtos, um olhar profundo que às vezes parece perdido em seus próprios pensamentos e uma postura mais reservada. Embora ainda esteja em uma fase de autodescoberta, Filipe já exibe uma maturidade que surpreende as pessoas ao seu redor. Seus amigos o compartilham alguém confiável e com uma grande capacidade de ouvir, mas é com sua família que ele se sente realmente confortável, especialmente com as irmãs, Clara e Priscila .

A ausência de Clara, irmã sua mais velha, tem sido um impacto silencioso em sua vida. Desde que Clara se mudou para seguir sua carreira como médica pediatra, Filipe sentiu como se um pedaço de sua rotina tivesse desaparecido. Embora ele entenda a necessidade de Clara seguir seus próprios sonhos, ele não pode deixar de sentir falta dela. A casa, que antes parecia cheia de risos e conversas, agora se tornou um pouco mais silenciosa. Filipe, com sua natureza mais reservada, tende a guardar esse vazio para si mesmo, não querendo preocupar seus pais, mas em sua mente, a saudade de Clara é algo constante. A relação deles sempre foi muito próxima, mesmo com a diferença de idade. Clara sempre foi uma figura protetora, oferecendo conselhos e cuidados com um toque firme e gentil, algo que Filipe realmente sentia falta em momentos de indecisão ou quando as dificuldades da vida o sobrecarregavam.

Com Priscila, a dinâmica é diferente, embora igualmente importante. Priscila, uma irmã de 18 anos, sempre foi o oposto de Clara em muitos aspectos. Enquanto Clara era mais série e focada, Priscila era uma irmã divertida, extrovertida e muitas vezes impulsiva. A convivência com Priscila, depois da saída de Clara de casa, trouxe uma nova perspectiva para Filipe. Ela nunca deixou de ser a irmã mais velha que sempre quis ver Filipe bem, mas o jeito mais leve de Priscila nem sempre combinava com o jeito mais introspectivo e focado de Filipe. Enquanto Priscila frequentemente tenta envolvê-lo em suas aventuras e atividades, Filipe, muitas vezes, prefere ficar em seu quarto, lendo ou jogando videogame, buscando o console de sua própria companhia. No entanto, a presença de Priscila nunca é um peso para ele; Ao contrário, ela tem uma maneira de fazer Filipe se sentir junto, e mesmo que ele não diga, ele aprecia profundamente o cuidado e as tentativas de ela animá-lo.

A ausência de Clara, no entanto, afeta a relação de Filipe com Priscila também. Quando Priscila vê Filipe em seus momentos mais introspectivos ou tristes, ela tenta preencher o vazio de Clara com seu próprio apoio, tentando, de alguma forma, suprir a falta que a irmã mais velha deixa. Embora Filipe saiba que Priscila se esforça para ser uma boa irmã, ele sente que nada pode substituir o espaço de Clara em sua vida. Há momentos em que ele sente que, embora Priscila seja a irmã mais próxima de idade, ela não tem a mesma compreensão de suas necessidades mais profundas. O amor que Priscila tem por ele é inegável, mas Filipe sente a falta de uma conexão mais séria e profunda que ele tinha com Clara, uma ligação que transcende as palavras e é moldada por anos de convivência.

No entanto, com o tempo, Filipe tem aprendido a valorizar a presença de Priscila de uma maneira diferente. Ela não ocupa o lugar de Clara, mas ocupa o seu próprio lugar no coração de Filipe, com suas próprias qualidades e valores. Priscila se tornou uma espécie de âncora em sua vida, alguém com quem ele pode contar, mesmo que de uma maneira mais descontraída. Ela o incentiva a se abrir mais, a se permitir viver novas experiências, a não se prender tanto às suas preocupações internacionais. E embora a saudade de Clara nunca desapareça completamente, Filipe começa a perceber que cada uma das suas irmãs tem algo único a oferecer.

A relação de Filipe com as irmãs é um retrato de como a família pode evoluir e se adaptar às mudanças da vida. Ele sente falta da presença constante de Clara, mas também encontra conforto na leveza de Priscila. Essa convivência, com as ausências e as presenças, o faz crescer, moldando-o para enfrentar o mundo fora de sua casa com a força que vem de sua história familiar.