Três dias após a tentativa de tirar sua vida William despertou em um lugar completamente diferente do hospital. O quarto era amplo com paredes de pedra cinza e móveis antigos mas bem cuidados. Um candelabro de cristal iluminava o ambiente emanando uma luz suave e acolhedora.
William
*confuso olhando ao redor* Onde... onde eu tô? Será que eu morri? É aqui que os mortos vão?
Ele tentou se levantar mas um cansaço estranho dominava seu corpo. Antes que pudesse pensar em qualquer outra coisa a porta se abriu revelando um jovem de cabelos escuros e olhos profundos.
Meison
*com um tom casual* Ah finalmente você acordou. Achei que ia dormir pra sempre.
William
*confuso e defensivo*Quem é você? E onde é que eu tô? O que tá acontecendo?
Meison
*sarcástico* Eu sou Meison. E você está na ITA um colégio interno... digamos especial.
William
ITA? Nunca ouvi falar disso. E por que você tá fantasiado? Isso é algum tipo de pegadinha? Onde estão Daniel e Sofia?
Meison arqueou uma sobrancelha como se a pergunta fosse absurda e soltou um suspiro pesado
Meison
Humano... vocês sempre acham que tudo gira ao redor de vocês não é? Isso aqui não é uma brincadeira e eu não estou fantasiado. Essa é a minha aparencia normal.
William
Humano? O que você tá falando? Eu também sou uma pessoa normal sabe?
Meison
Você é humano sim. E é exatamente isso que me deixa confuso. Por que ele permitiu que um humano viesse pra cá?
William
Quem é ele? E que lugar é esse afinal?
Meison
A ITA é um colégio para seres... como eu. Não pra humanos. Então ou você é mais especial do que parece ou alguém cometeu um erro colossal.
William sentiu um calafrio subir pela espinha. Tudo naquele lugar era estranho demais mas a intensidade no olhar de Meison o fez perceber que ele não estava brincando.
William
*sussurrando para si mesmo* O que tá acontecendo comigo?
Meison virou-se para sair do quarto mas antes lançou um olhar rápido por cima do ombro.
Meison
Arrume suas coisas. A apresentação começa daqui a uma hora. Você vai precisar de todas as respostas que puder.
Assim que ficou sozinho William tentou organizar os pensamentos. Ele tocou os próprios braços sentindo a pele o calor.
William
*pensando* Se isso é um sonho é bem real. Mas... e se ele estiver falando a verdade? Por que eu estaria em um lugar como esse?
O relógio na parede com ponteiros dourados marcava a passagem do tempo. William respirou fundo. Ele precisava de respostas mesmo que estivesse completamente apavorado.
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