*contratado*
Algum tempo depois, determinado a silenciar qualquer testemunha do assassinato que cometeu, Giovanni sabia que aquele que presenciou o crime precisava ser eliminado. A liberdade que o italiano tanto almejava estava em jogo, e ele não permitiria que um único erro o aprisionasse novamente
Giovanni Voltou ao local, buscando qualquer vestígio que pudesse levar ao intruso. A neve havia coberto quase todas as marcas, mas os seus olhos atentos captaram algo ali, meio enterrado na brancura fria da neve.
Giovanni Mancini
Um colar?
*olhando ao redor*
Guardando o colar, Giovanni percebeu uma pequena aglomeração de pessoas não muito longe, atraídas pelo rumor do que havia acontecido. Aproximou-se e captou trechos da conversa de senhoras fofoqueiras, que murmuravam sobre um caso horrendo: um jovem que havia sido violentado naquela mesma noite, seguido pela descoberta do corpo de seu agressor, brutalmente esfaqueado e mutilado.
Conforme as peças se encaixavam em sua mente, Giovanni percebeu a verdade: o homem que ele matou naquela noite, o assassino de seu irmão e o alvo de sua vingança - estava fugindo após ter cometido mais um crime. E o rapaz, aquele que havia escapado, havia presenciado o momento em que Giovanni deu fim a vida do homem, Esse jovem era a chave que poderia expor sua identidade, e agora, Giovanni sabia que precisaria encontrá-lo... e silenciá-lo... antes que sua nova vida estivesse ameaçada.
Após investigar mais a fundo, Giovanni descobriu que o jovem havia sido levado para o hospital logo após o ataque. Lá, fora tratado com cuidados médicos, mas, curiosamente, seus responsáveis o retiraram abruptamente, ainda antes de seu estado ser considerado estável. A atitude dos pais soou estranha para Giovanni; afinal, quem, em sã consciência, tiraria alguém de cuidados médicos tão essenciais e imediatos?
Intrigado, Giovanni seguiu as pistas e logo soube que a família do garoto estava buscando um cuidador para assisti-lo em casa. Era a oportunidade perfeita para se aproximar do jovem e avaliar o quanto ele realmente sabia e o quão perigoso ele poderia ser. Giovanni agiu rápido, e, sem perder tempo, se viu diante da imponente mansão onde a família do rapaz residia.
Giovanni Mancini
*Observando a grande mansão*
Observando a fachada luxuosa, Giovanni se preparou mentalmente, calculando cada passo. Ele sabia que, além de obter as informações que precisava, teria que ser cuidadoso, pois qualquer deslize poderia comprometer seu disfarce e colocar sua liberdade em risco novamente.
Giovanni foi conduzido para dentro da mansão Miller, onde foi recebido por Eleonora, a matriarca da casa. Ela era uma mulher de idade avançada, com um olhar severo e expressão permanentemente aborrecida. Seus olhos o analisaram de cima a baixo, como se tentassem medir a utilidade de Giovanni em um único instante.
Eleonora
Você está contratado
*olhando Geovani de cima abaixo*
Giovanni manteve sua expressão neutra, escondendo qualquer surpresa. Havia esperado mais formalidades, mais desconfiança, mas foi aceito com uma rapidez desconcertante. Em vez de questionar, apenas assentindo com a cabeça.
Eleonora
* impaciênte, gesticulando para ele*
Pode começar hoje mesmo. Agora, estou sem tempo para explicar como lidar com aquele estorvo, mas vá em frente. O quarto dele fica no final deste corredor, desça as escadas e você o encontrará
Palavra "estorvo" ecoou na mente de Giovanni, mas ele não demonstrou reação. Apenas observou a mulher por um momento, tentando decifrar o que havia por trás daquela frieza tão evidente. Ele sabia que, para desempenhar seu papel, precisaria agir com cuidado e manter suas perguntas para si mesmo... por enquanto.
Sem mais uma palavra, Eleonora virou-se e saiu, deixando Giovanni sozinho no grande e silencioso corredor. Ele respirou fundo, caminhando lentamente em direção ao local indicado, suas botas ecoando suavemente no chão de mármore
A ideia de alguém viver isolado naquela escuridão subterrânea incomodava levemente, uma curiosidade que o mafioso não costumava sentir. Enquanto descia as escadas, ele refletia sobre o motivo pelo qual aquele garoto, com tanto espaço acima, era renegado a um canto tão sombrio da casa.
O italiano abriu a porta do quarto, avançou com passos firmes, seu olhar captando os detalhes ao redor, a pequena cama, os remédios na mesa de cabeceira e a solidão que parecia impregnar o ar
Ao aproximar-se, viu um garoto sentado na beirada da cama, vestindo uma camisa mal abotoada. O jovem parecia perdido, os olhos fixos no nada, como se nem mesmo percebesse sua presença. Mas o som das botas de Giovanni ecoando no chão de pedra fez o garoto reagir. Ele ergueu a cabeça de repente, a expressão de surpresa transformando-se rapidamente em desespero enquanto tentava, com dedos trêmulos, fechar os botões da camisa
Aspen Miller
*hesitante, com a voz baixa*
Você... é o cuidador?
Giovanni ficou imóvel por um instante, absorvendo o estado do rapaz. Ele notou as ataduras que cobriam partes do corpo do jovem, os hematomas visíveis, a fragilidade evidente em cada movimento. E então, a pergunta seguinte quebrou o silêncio, carregada de desconfiança.
Aspen Miller
Por que você aceitou cuidar de alguém como eu... um cego?
*tentando abotoar a camisa*
Giovanni piscou, surpreso. Ele não sabia que o jovem era cego, e a revelação fez algo dentro dele estremecer. A princípio, suas intenções eram claras: eliminar qualquer ameaça à sua liberdade. Mas agora, olhando para aquele garoto tão vulnerável, ele se pegava refletindo.
Ele deu um passo à frente, a expressão controlada, mas com um lampejo de curiosidade que nem ele entendia totalmente
Giovanni Mancini
* em um tom calmo*
Porque nessecitava de um trabalho que pagasse bem...
O garoto parou de mexer nos botões por um momento, franzindo a testa como se tentasse decifrar a resposta já que sua madrasta não pagava tão bem
Giovanni se aproximou um pouco do garoto, estendendo a mão para ajudá-lo com a camisa,mas jovem reagiu de imediato
Aspen Miller
*bate na mão dele*
Não toque em mim!
Giovanni Mancini
*recua lentamente é fala calmo*
Só estava tentando ajudar
O rapaz permaneceu em silêncio, a respiração pesada, os ombros tensos como se esperasse um ataque a qualquer momento. Mas Giovanni apenas o observou, com uma mistura de interesse e desconforto. Ele sabia que aquele jovem estava carregado de traumas e que nada ali seria simples
Quando o garoto se levantou, seus passos eram lentos, quase como se temesse invadir o espaço ao redor. Ele se dirigiu à pequena mas alta estante de livros, ficou na ponta dos pés com as mão no alto da estante com os dedos deslizando pelas lombadas desgastadas enquanto buscava algo
Finalmente, encontrou um título, mas o puxão descuidado fez o livro se soltar de suas mãos e quase cair sobre sua cabeça. Giovanni, guiado por reflexos apurados, agarrou o volume no ar antes que pudesse atingi-lo
Garoto não percebeu o ocorrido imediatamente, mantendo as mão encima da cabeça, esperando sentir o livro cair em sua cabeça
Giovanni Mancini
*coloca o livro no topo da cabeça do garoto*
Este é o que você queria, não é?
O jovem recuou ligeiramente ao perceber a presença tão próxima de Giovanni. Sua hesitação era nitida enquanto suas mãos buscavam o livro no chão, sem sucesso. Antes que pudesse encontrá-lo, Giovanni, com movimentos rápidos e precisos, apanhou o volume caído e, em um gesto desajeitado mas cuidadoso, guiou as mãos do rapaz até ele
O contato foi breve, mas suficiente para fazer Aspen se afastar novamente, como se o toque, mesmo sendo gentil, carregasse algo que ele não conseguia interpretar, pois ele tinha medo
Aspen Miller
*fala baixinho*
Ah... obrigado
Giovanni não comentou sobre a reação do garoto. Ele apenas observou, intrigado, enquanto Aspen segurava o livro, seus dedos explorando a capa em relevo, como se precisasse confirmar que o objeto estava realmente em suas mãos
Giovanni cruzou os braços, a máscara ocultando qualquer expressão, mas a reação do garoto o fez refletir. A relutância de Aspen em aceitar ajuda parecia enraizada em algo mais profundo. Giovanni passou a mão pela cabeça, lembrando-se vagamente do que ouvira sobre o abuso que o jovem sofrera. Uma mistura de desconforto e irritação o invadiu, mas ele decidiu guardar seus pensamentos por enquanto
Ainda desconfortável Aspen tateava o chão com os pés. Seus movimentos eram lentos, cautelosos, como se cada passo fosse uma busca cuidadosa por algo no vazio. Giovanni observava em silêncio, intrigado com a forma como ele explorava o espaço ao redor, um contraste gritante com a própria confiança firme do mafioso
O rapaz parou, abaixando-se enquanto suas mãos tateavam o chão. Era claro que ele procurava algo. O italiano inclinou a cabeça, seguindo o olhar vazio do jovem até uma almofada caída ao lado da cama. Com um gesto simples, Giovanni pegou a almofada e colocou ao alcance do garoto
Sem perceber a intervenção do italiano, o garoto encontrou a almofada, soltando um leve suspiro de alívio antes de se sentar no chão, abraçando-a contra si. Para Giovanni, era estranho vê-lo tão confortável em um lugar tão frio e opressivo
Giovanni cruzou os braços, sua expressão dura suavizando-se por um instante enquanto pensava. Ele não parecia uma ameaça. Fragilidade e desamparo transbordavam de cada movimento daquele garoto, mas algo não se encaixava
Giovanni Mancini
*quebra o silêncio, com um tom sério*
Por que você está aqui... trancado no porão?
O rapaz, ainda abraçado à almofada, levantou a cabeça na direção da voz de Giovanni. Sua expressão mudou, os músculos tensos, o medo tomando conta novamente
Aspen Miller
*hesitante, quase sussurrando*
... Eles dizem que é mais seguro. Que eu não... incomodo ninguém aqui...
Giovanni arqueou uma sobrancelha, seu olhar endurecendo. A explicação não fazia sentido para ele. O que aquele garoto poderia fazer para ser um incômodo tão grande a ponto de ser escondido como um segredo?
Giovanni Mancini
*tentando ficar calmo*
Seguro para quem? Ou contra quem?
O garoto apertou a almofada com mais força, desviando o rosto. Ele parecia querer responder, mas as palavras não saíam, como se estivesse preso a algo mais forte que sua vontade de falar
Aspen Miller
*fala baixinho*
Eu não sei... Eles dizem que é melhor assim
Giovanni o observou por um longo momento, tentando decifrar o que havia por trás daquela confusão de medo e silêncio. Ele não tinha respostas, mas sua curiosidade crescia. Por enquanto, decidiu não pressionar mais
Aspen ficou mais aliviado por Giovanni não insistir em perguntar. Ele tateou o chão é pegou seu livro, o colocou ensima da almofada é começou a deslizar os dedos na capa.
Giovanni Mancini
*olha para as ataduras que haviam no corpo de Aspen é suspira pesado*
Comments
𝘎𝘪𝘰𝘷𝘢𝘯𝘯𝘪 2.0
ai cara vou sair daqui com depressão
2025-01-01
6
Sara🥀H
mulher parece uma assombração de tão branca ,não tô criticando mais passa um pó na cara né fia cara de defunto sabem que já tá quase sendo um kkkkk
2025-01-27
1
𝐁𝐉_𝗝𝒂𝒙💍
Rapzz.. era dentro em KKKK
2024-12-27
4