Léo 10: The Animated Series A Vingança

Enquanto Goku ainda flutuava sobre a cratera onde ApolosMuff estava caído, um som discreto de asas cortando o vento chamou a atenção dos heróis. Vindo da escuridão, o Batman pousou silenciosamente ao lado de Goku e Léo 10, seu manto negro balançando levemente com o vento.

Batman

(com voz grave e calculada): Não tão rápido.

Antes que qualquer um pudesse reagir, Batman atirou um pequeno dispositivo em direção a ApolosMuff, que explodiu em uma espuma cinza que rapidamente envolveu o corpo do caçador de recompensas. A espuma era densa e incrivelmente resistente. ApolosMuff lutou, tentando se libertar, mas cada movimento apenas o prendia mais.

ApolosMuff

(grunhindo, lutando para se mover): O que... é isso?! Não consigo... me mexer!

Batman

(se aproximando, calmamente): É uma espuma de contenção. Indestrutível para alguém como você. Agora, você vai ficar quieto, porque eu tenho algumas perguntas.

Léo 10, ainda em sua forma de Quatro Braços, se aproximou com curiosidade, enquanto Goku, agora em sua forma base, observava em silêncio.

Quatro Braços

Batman, de onde você veio? E o que é essa espuma?

Batman

(sem desviar o olhar de ApolosMuff): Eu estava monitorando a situação. Sabia que ele iria aparecer. E essa espuma é algo que desenvolvi para conter criminosos perigosos. Ela se ajusta aos movimentos, quanto mais ele tenta se mexer, mais forte ela fica.

Goku

(intrigado, cruzando os braços): Ele é todo seu, então. Eu estava começando a me divertir.

Batman apenas assentiu e se abaixou ao lado de ApolosMuff, que continuava preso e ofegante, claramente frustrado. O Cavaleiro das Trevas ativou um pequeno dispositivo no braço, e logo uma pequena cápsula de transporte surgiu no local, emitindo uma luz azul suave.

Batman

(em tom calmo, mas firme): Vamos para a base dos Interligados. Tenho algumas perguntas para você, ApolosMuff. E eu sugiro que você colabore.

Dentro da base dos Interligados, o ambiente estava iluminado apenas pelas luzes dos monitores e dos aparelhos de alta tecnologia. Batman tinha levado ApolosMuff para uma sala de contenção especial, onde a espuma se solidificou ainda mais, imobilizando-o completamente em uma cadeira metálica.

Léo 10 e Goku observavam à distância, enquanto Batman se preparava para o interrogatório.

Batman

(encarando ApolosMuff, com voz fria): Vamos começar simples. Quem é você, e quem o contratou?

ApolosMuff, riu baixo, embora estivesse visivelmente incomodado pela situação.

ApolosMuff

(desdenhoso): Você acha que pode me intimidar, morcego? Eu sou ApolosMuff, um dos caçadores de recompensas mais temidos das dimensões. Vocês nem fazem ideia do que estão enfrentando.

Batman

(calmo, sem se abalar): E quem te contratou para vir à Terra? Qual era o seu objetivo?

ApolosMuff se manteve em silêncio por alguns segundos, mas o olhar penetrante de Batman parecia não dar espaço para evasivas. Ele suspirou, reconhecendo que não tinha muita escolha.

ApolosMuff

(frustrado): Fui contratado pelos pombos interdimensionais. Eles me prometeram uma fortuna em energia cristalizada se eu trouxesse Zake... vivo.

Goku, que observava de longe, deu um passo à frente, surpreso.

Goku

Pombos? Estamos falando de pássaros, ou tem algo mais nisso?

ApolosMuff

(bufando): Pombos, sim, mas não como vocês conhecem. Eles são de uma dimensão onde essas criaturas evoluíram para algo muito mais perigoso. Estão buscando vingança contra Zake por algo que ele fez anos atrás.

Léo 10

(curioso, se aproximando): E o que o Zake fez?

ApolosMuff

(relutante): Ele... destruiu uma das colônias deles enquanto lutava contra outra ameaça interdimensional. Eles nunca esqueceram.

Batman

(frio e incisivo): E você aceitou o contrato sem se importar com quem estava contratando ou por quê?

ApolosMuff encarou Batman com um olhar raivoso.

ApolosMuff

(tentando se defender): Sou um caçador de recompensas. Não faço perguntas, apenas cumpro as tarefas.

Batman se levantou e cruzou os braços, refletindo sobre as informações que tinha acabado de receber. A ameaça interdimensional era mais complicada do que parecia, e os pombos, apesar de parecerem ridículos, tinham um plano claro de vingança.

Batman

Então, é uma questão de vingança. E agora, eles estão esperando que você traga Zake.

ApolosMuff

(com um sorriso cínico): Se eu conseguir sair daqui... talvez eu ainda consiga cumprir o contrato.

Batman o ignorou, se virando para Goku e Léo 10.

Batman

(sério): Nós precisamos descobrir mais sobre essa colônia e os pombos. Isso pode ser maior do que imaginamos.

Léo assentiu, ainda um pouco confuso com toda a situação.

Léo 10

(coçando a cabeça): Eu nunca pensei que a gente lutaria contra pombos interdimensionais...

Goku

(rindo, colocando a mão no ombro de Léo): Bem, Léo, com o universo tão vasto, nunca se sabe o que pode aparecer.

Batman

(interrompendo, com seriedade): Brincadeiras à parte, a Terra pode estar em perigo. Vamos precisar da ajuda de todos os Interligados para lidar com isso. ApolosMuff está fora de combate, mas os pombos não vão desistir tão facilmente.

Com isso, Batman saiu da sala, deixando ApolosMuff contido e sob vigilância. Ele sabia que o caçador de recompensas ainda poderia ser uma peça valiosa para descobrir mais sobre a ameaça que estavam enfrentando.

A bordo da nave principal dos Pombos Interdimensionais, o líder, conhecido como Arkhan, observava a vastidão do espaço pela janela de sua sala de comando. Suas penas, outrora brancas e puras, estavam agora sujas de ódio e amargura. O brilho vermelho de seus olhos refletia seu desejo por vingança. Ao seu lado, uma foto desgastada de sua irmã, Liora, uma lembrança que ainda doía profundamente.

Ele fechou os olhos por um momento, permitindo que as memórias o consumissem. Era como um veneno, um veneno que ele abraçava, porque era tudo o que lhe restava.

- Planeta de Arkhan e Liora, muitos anos atrás...

O planeta Avolon era um mundo de paz, conhecido pela harmonia entre sua fauna e seus habitantes. Os pombos daquela dimensão, inteligentes e pacíficos, viviam em cidades suspensas, feitas de cristal e vegetação. Arkhan, jovem e inocente, vivia em uma dessas cidades com sua irmãzinha, Liora, que na época tinha apenas 6 anos. Ela era o coração de sua vida, sua razão de viver.

(brincando com Arkhan, rindo): Irmão! Olha o que eu fiz! Ela segurava uma pequena joia que havia encontrado, algo simples, mas para ela era como se fosse um tesouro inestimável.

(sorrindo carinhosamente): Você sempre encontra as coisas mais bonitas, Liora.

Era um dia comum, até que o céu, outrora azul, foi coberto por uma frota de naves metálicas negras. Os cidadãos olharam para cima, confusos, sem entender o que estava acontecendo. Em minutos, o caos desceu sobre eles.

Explosões começaram a reverberar pela cidade. As naves disparavam sem piedade, destruindo casas e templos. Gritos ecoavam pelas ruas. Arkhan puxou Liora para perto de si, o coração batendo acelerado, mas tentando manter a calma para protegê-la.

(assustada, com os olhos arregalados): O que está acontecendo, irmão?

Arkhan (com a voz trêmula, segurando-a forte): Fique comigo, Liora. Não saia do meu lado, ok? Eu prometo que vou te proteger.

Mas Arkhan não sabia o que estava por vir. Quando as naves pousaram, um exército de soldados saiu marchando, todos uniformizados e carregando armas brutais. À frente deles, um homem imponente, vestido de armadura negra e capa, com um sorriso frio e cruel estampado no rosto. Esse homem era Brian Boitano.

Brian Boitano (olhando para os cidadãos com desprezo): "Vocês são fracos... mas servirão ao meu propósito. Quem se opuser, morrerá."

Sem piedade, ele ordenou que seus soldados capturassem os cidadãos. Crianças foram arrancadas dos braços de seus pais, velhos e doentes foram executados sumariamente nas ruas. Gritos de desespero ecoavam por toda parte, enquanto as forças de Brian varriam o planeta.

Arkhan segurou Liora mais forte, tentando encontrar uma maneira de escapar. Eles correram para um beco estreito, mas não eram rápidos o suficiente. Um dos soldados de Boitano os avistou e se aproximou, rindo de forma maliciosa.

Soldado (apontando a arma para Arkhan): "Aonde pensam que vão, pombos imundos?"

Arkhan tentou correr com Liora, mas foi atingido por um disparo de energia na perna. Ele caiu no chão, gritando de dor, enquanto sua irmã olhava em desespero.

Liora (chorando): "Irmão! Não! Por favor, alguém ajude!"

Antes que Arkhan pudesse reagir, Brian Boitano se aproximou lentamente. Seus passos eram calmos, frios, e seu sorriso sádico nunca deixou seu rosto.

Brian Boitano (olhando para Arkhan com desprezo): "Vocês são fracos, patéticos. Nem merecem respirar o mesmo ar que eu."

Ele então olhou para Liora, que estava chorando ao lado de seu irmão, segurando sua mão com toda a força que tinha.

Brian Boitano (friamente, olhando para Liora): "E você... uma criancinha indefesa. Que desperdício de vida."

Arkhan tentou se levantar, sua perna sangrando, mas o soldado o chutou de volta ao chão.

Arkhan (desesperado, com lágrimas nos olhos): "Por favor, não machuque ela! Ela é só uma criança!"

Brian Boitano (rindo cruelmente): "Criança ou não, ela é apenas um obstáculo. E obstáculos são eliminados."

Antes que Arkhan pudesse gritar, Brian levantou sua mão e, com um movimento rápido, atirou um raio de energia que atravessou o peito de Liora. O corpo dela caiu no chão, imóvel, enquanto seus olhos lentamente perdiam o brilho da vida.

Arkhan (gritando em desespero): "LIORA!!! NÃO!!!"

Ele se arrastou até o corpo de sua irmã, suas mãos tremendo ao tocar o corpo dela, já sem vida. As lágrimas escorriam sem parar, misturadas com o sangue que agora manchava suas penas.

Brian Boitano (friamente): "Ela teria sido apenas mais uma escrava inútil. Fiz um favor a você."

Brian se virou e continuou seu massacre, deixando Arkhan com o corpo de sua irmã nos braços, impotente e quebrado.

De volta à realidade, na nave, Arkhan abriu os olhos, ainda sentindo a dor daquele dia como se fosse ontem. Seu coração estava tomado pela vingança, e ele sabia que precisava destruir todos aqueles que eram aliados de Brian Boitano, especialmente Zake e os Interligados.

Pombo Líder

(sussurrando, com ódio): Eu prometi a você, Liora... eu destruirei todos aqueles que permitiram isso. Brian Boitano pode ter iniciado isso, mas eu vou terminar. Eles pagarão.

Sua irmãzinha estava morta. Seu mundo, destruído. E agora, os Pombos Interdimensionais tinham uma missão: vingança. E nada, nem ninguém, os impediria.