O grupo, ainda abalado pelo encontro com a entidade sombria, tenta se recompor. Mas algo não está certo. A mansão, que antes parecia imponente e fixa, agora parece estar viva, mudando seu interior de forma sutil, mas perturbadora.
Lara Martins
(confusa) Gente, vocês perceberam que as coisas estão... diferentes? Essas escadas, tenho certeza que antes eram para a esquerda...
Renato Souza
(impaciente) Lara, para de imaginar coisas. Temos que focar em sair daqui.
Bruno Costa
(com voz monótona) Não importa... nada importa...
Marina Oliveira
(preocupada) Bruno, você tá bem? Parece meio... desligado.
Bruno Costa
(sem emoção) Eu tô bem. Só precisamos... continuar.
Lara Martins
(olhando ao redor, preocupada) Não, gente, sério. Eu juro que essas paredes não estavam aqui antes...
O grupo continua caminhando pelos corredores, que parecem infinitos e cada vez mais opressivos. A atmosfera da mansão se torna mais pesada, quase sufocante.
Marina Oliveira
(sussurrando para Camila) Camila, preciso te contar uma coisa. Quando eu e o Renato nos separamos, eu... eu acabei beijando ele.
Camila Freitas
(curiosa) Você o quê? E como foi isso? O Renato pareceu estranho desde então?
Marina Oliveira
(assustada) Esse é o problema... Não era o Renato. Quando encontrei o verdadeiro Renato, ele disse que nunca esteve lá comigo. Eu não sei quem ou o que eu beijei, mas não era ele.
Antes que Camila possa responder, ambas ouvem uma voz suave e melancólica.
???
(baixa e triste) Isso também aconteceu comigo...
Camila e Marina se viram lentamente, seus corações disparados de medo. Ao olhar para trás, veem uma pintura pendurada na parede, retratando uma noiva lindamente vestida, com um olhar sereno e distante. Mas, enquanto observam, a noiva começa a se decompor rapidamente, sua pele se desintegrando e revelando um crânio horrendo e seus olhos afundando nas órbitas.
Marina Oliveira
(em pânico) Camila, você está vendo isso?!
Camila Freitas
(agarrada a Marina) Sim... o que está acontecendo?!
O rosto da noiva, agora em avançado estado de decomposição, se vira lentamente para as duas, fixando-as com um olhar vazio e aterrorizante. Em um gesto macabro, a figura pisca.
Marina Oliveira
(gritando juntas) Aaaaahhh!
Camila Freitas
(gritando juntas) Aaaaahhh!
O grito ecoa pelos corredores, atraindo Renato, que corre até elas.
Renato Souza
(bravo) Vocês estão loucas? Façam silêncio! Aquela coisa pode ouvir a gente!
Camila Freitas
(desesperada) Renato, o quadro! A noiva... ela... ela se mexeu!
Renato olha para o quadro, mas agora, tudo parece normal. A pintura da noiva está intocada, serena como antes.
Renato Souza
(cético) Camila, para de surtar. É só uma pintura. Isso tudo tá mexendo com a cabeça de vocês.
Marina Oliveira
(nervosa) Mas nós vimos! Ela se decompôs, olhou pra gente e piscou!
Renato Souza
(frustrado) Precisamos manter a calma. Não podemos nos deixar levar por ilusões.
Enquanto eles discutem, Lara começa a ouvir uma música distante, quase como se viesse de algum lugar profundo na mansão. A melodia é infantil, mas perturbadora, repetindo em um ciclo infinito:
"Cai, cai, balão... Aqui na minha mão... Não cai não, cai não, cai não... Cai, cai, balão..."
Lara Martins
(assustada) Vocês não estão ouvindo isso? Uma música... de criança...
Ninguém parece prestar atenção. Bruno, agora quase apático, caminha sem rumo, enquanto Marina e Camila continuam discutindo com Renato. Lara, assustada, tenta ignorar a melodia, mas ela se torna cada vez mais alta, ecoando em sua mente.
Lara Martins
(mais alto) Gente, sério, essa música... tá me deixando maluca! Vocês não ouvem?
Mas novamente, ninguém responde. A mansão parece se divertir com o desespero do grupo, alterando a realidade ao seu redor, jogando com suas mentes. Lara se sente cada vez mais isolada, como se a música fosse apenas para ela.
Camila Freitas
(frustrada) Renato, se você não acredita em nós, então... o que mais essa mansão pode fazer pra te convencer?
Renato Souza
(determinado) A única coisa que eu sei é que precisamos sair daqui antes que todos fiquem loucos.
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2024-09-01
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