Alguns depois do passeio de Lucius e Sofia num piquenique agradável, debaixo de uma árvore, com uma bela vista.
Lucius ainda não conseguia tirar Ariana da cabeça e começou a se convencer de que não conseguiria resistir ao amor dela, além de não suportar viver sem ela.
Certo dia após seu treinamento no acampamento real Lucius não conseguiu se concentrar, pois sua mente estava dividindo seu coração entre o reino, o lar que amava, e o amor da mulher que tinha se apaixonado, Ariana uma camponesa, imponente que sempre o desafiou a ver as coisas sob outras perspectivas, que não eram de responsabilidade com o reino, mas sim com o seu coração.
Caminhando pelos corredores do palácio, se viu em frente a sala do trono do seu pai, o Rei Magnos.
Ele entra no salão principal do castelo, com as mãos suadas e o coração batendo forte no peito. O peso da armadura que usava parecia dobrado pelo fardo de suas emoções. Ele sabia que aquele momento chegaria, mas ainda assim, sentia-se despreparado. O imponente trono do rei estava à sua frente, e seu pai, o rei Magnos, sentado nele, observava-o com uma expressão severa.
— "Pai, preciso falar com você," disse Lucius, sua voz firme apesar da tensão.
— "Então fale, filho," respondeu Magnos, cruzando os braços. "Espero que seja algo importante, pois tenho pouco tempo para perder."
Lucius respirou fundo, tentando encontrar as palavras certas.
— "Eu... Eu não posso me casar com a princesa Sofia."
O silêncio que se seguiu foi sufocante. O rei Magnos olhou para o filho, o olhar endureceu.
— "E por que não, Lucius? Você sabe o que está em jogo. A aliança com o reino de Orly é crucial para manter a paz nas nossas fronteiras."
— "Eu entendo a importância política dessa união, mas... não posso me casar com alguém que não amo," Lucius respondeu, sua voz falhando levemente ao final.
Magnos ergueu uma sobrancelha, a sua expressão uma mistura de surpresa e irritação.
— "Amor? Desde quando o amor tem a ver com casamento real? Você é o herdeiro do trono, Lucius. Seu dever é para com o reino, não com seus sentimentos."
— "Mas não posso viver uma mentira, pai. Eu amo outra mulher," disse Lucius, agora com mais convicção.
— Ariana... Ela é tudo o que meu coração deseja. Eu tentei afastá-la, tentei ignorar o que sinto, mas não consigo.
A expressão do rei, Magnos escureceu, e ele levantou-se do trono, aproximando-se de Lucius.
— "Uma camponesa? Você ousa dizer que trocaria uma princesa, uma aliança com um dos reinos mais poderosos, por uma simples camponesa? Isso é insensatez, Lucius!"
— "Talvez seja, mas não posso seguir um caminho que me condenará à infelicidade eterna. Como posso governar um reino se o meu próprio coração é uma prisão?"
Lucius retrucou, mantendo o olhar fixo no pai.
Magnos estreitou os olhos, a raiva, A premissa é inegavelmente verdadeira, tomando conta dele.
— "Você está cometendo um erro terrível. O amor é uma ilusão, um luxo que não podemos nos dar. Eu não permitirei que destrua tudo o que construímos por uma fantasia tola!"
— "Pai, eu sei que isso parece uma traição ao nosso dever, mas o que vale mais? Um reino governado por um homem que segue suas convicções ou por alguém que vive em amargura e arrependimento?" Lucius perguntou, desesperado para fazer seu pai entender.
O rei Magnos ficou em silêncio por um longo momento, com os olhos fixos em Lucius, como se estivesse a tentar ler cada pensamento que passava pela mente do filho. Finalmente, ele suspirou, voltando-se para o trono.
— "Você é jovem, Lucius. Acredita que o amor pode superar tudo. Mas o peso da coroa não permite tais luxos. Se insistir nisso, estará colocando em risco não apenas seu futuro, mas o de todo o reino."
Lucius sentiu um nó se formar na sua garganta, mas não recuou.
— "Eu sei dos riscos, pai. E estou disposto a enfrentá-los. Mas não vou me casar com Sofia. Se for para ser um bom rei, preciso ser fiel a mim mesmo primeiro."
Magnos virou-se para o filho, a expressão séria.
— "Essa é sua decisão final?"
"Sim," respondeu Lucius, com firmeza.
O rei permaneceu imóvel, seus olhos agora sombrios. Colocando a mão no peito, por conta da idade avançada, o rei começa a passar mal, ali na frente de Lucius.
Lucius sentiu como se o chão tivesse sumido sob os seus pés. Lucius corre até o seu pai gritando por ajuda, segura o seu pai caído no chão, desfalecido.
As lágrimas começava a rolar sobre o rosto de Lucius, ele que havia perdido sua mãe ao nascer, agora se via perdendo seu pai. O desespero tomou conta do seu coração.
— "Pai, você não pode..."
Os guardas e sacerdotes entraram no salão do trono para ajudar o Rei Magnos, levaram para seus aposentos onde cuidaram dele durante toda a noite até o amanhecer, na esperança de que o Rei reagisse.
Sem mais uma palavra, Lucius saiu do salão, sentindo o peso da decisão que havia tomado, causando o infortúnio na vida do seu pai.
Apesar da tristeza por seu pai, Lucius queria, e precisava ver Ariana.
Saindo pelas portas do palácio, Sofia consegue acompanhá-lo.
— Você vai atrás dela, depois do que aconteceu?
Sofia mostrou indignação nas suas palavras, que embora fossem duras, Lucius sabia que a ação dele não correspondia com o seu caráter.
Para Sofia, o que Lucius sentia por Ariana não era amor, ela acreditava que o interesse dele por ela aumentava por conta de ser algo proibido, e a vida toda Lucius sempre foi um garoto que seguia as regras conforme o que lhe foi ensinado.
— "Você não pode entender, eu preciso dela".
Lucius se justifica para Sofia. Mas o peso no seu coração o faz pedir um favor para a princesa que ele constantemente rejeitava como esposa.
— Fique com meu pai, e garanta que ele fique bem, por favor.
Sofia assentiu. Se despendido de Lucius, e pedindo em seu coração, que os olhos dele se abrisse antes que fosse tarde, e todos no reino parecesse por conta das ações dele.
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Atualizado até capítulo 21
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