02

A cama que eu durmo é dura como o inferno, o lençol é fino e não faz nada para me esquentar. Estou dormindo num quarto histeril, com uma luz que fica piscando. Pelo menos uma mulher mais cedo me trouxe comida e meus remédios, bom as bolachas secas não me agradou então eu não comi.

Depois de me debater um pouco eu acabo dormindo, acordo com alguém me chamando. Uma mulher um pouco mais velha que eu, ela deve ter seus 30 anos. Ela me acorda. E bufa para mim quando eu demoro um pouco para me levantar, bom eu tomo remédio para dormir não é minha culpa ser um pouco mais lenta pela manhã e sim do remédio que me derruba.

__ Vamos vou levar você para tomar um banho, você está precisando. __ Ela diz de forma áspera.

Eu olho para mim e concordo com ela, estou uma bagunça completa.

Porém, ela não precisa ser tão rude, não fiz nada para ela me tratar assim. Ou o fato que eu fugi já é motivo suficiente para todos me tratarem assim? Bom, eu não sei, mais vou descobrir logo, logo.

Eu vou para um banheiro quase que decente, a mulher me entrega uma bolsa com shampoo, sabão, escova de dente e creme de pentear cabelo, eu tomo banho na água fria e escuto ela bater o pé quando eu demoro demais, então, demoro mais um pouco para ela enfiar esse mal humor no c*. Assim que termino eu visto o moletom duas vezes o meu tamanho que ela me deu e saio para encontrar sua expressão de tédio para mim, seus olhos pecorrem meu corpo com um nível de desdém considerável.

Mais eu ignoro, vou na frente do espelho e penteo o meu cabelo e faço uma trança, meu cabelo é grande diferente do da minha irmã que vai até o ombro.

O meu vai até um pouco a baixo da cintura e eu o acho lindo, nunca vou cortar mais de dois dedos, a moça atrás de mim me observando resmunga algo e eu me viro para entregar a bolsa que ela me deu.

__ Obrigado. __ Debocho dela.

O que a deixa mais furiosa, ela puxa a bolsa de mim e sai do banheiro esperando que eu a siga e assim eu faço, porque eu não conheço esse lugar.

Ela me deixa sentada numa recepção, com pessoas passando por mim e dando uma bela olhada em todo o meu corpo, a curiosidade das pessoas para ver a garota que abandonou seus bonds é grande, acredito que algumas pessoas só estão passando nesse lugar para me ver, eu reviro os olhos para eles.

Agora virei uma aberração de circo para ser vista como um espetáculo a luz do dia, eu cruzo os meus braços e espero. Outra mulher aparece na minha frente, ela é mais velha talvez uns 40 anos.

Ela sorri para mim.__ Ai está você, eu estava te procurando.

Eu sorrio de volta.__ Bom, eu estava aqui o tempo todo.__ Falo, um pouco mais calma.

__ Oh sim, kit não me falou onde você estava, então tive que te procurar por todos os lugares. Ela é um pesadelo.

Então esse é o nome daquela v@dia, já a odeio. Se é assim que todos vão me tratar aqui, eu já odeio esse lugar.

__ Você pode me seguir?__ Ela pergunta e eu faço alegremente, pronta para não ser mais observada como um espetáculo.

___ Eu não sei porque kit me odeia, não fiz nada para ela.__ Praquejo.

__ Bom sim, ela está apaixonada por um de seus bonds, mais não sei se Lucian um dia respondeu as suas intenções.

Bom,isso é uma merda, Lucian é o meu bond carrancudo que ficou o tempo todo em silêncio, ele não me agrediu com palavras ou pareceu traído pelo o que eu fiz, ele só ficou em silêncio me encarando.

De longe eu vejo Dante Hermes, no seu celular me esperando em frente ao prédio. A mulher me leva até ele.

__ Aqui está ela senhor Hermes. __ A mulher diz com um nível de respeito e de medo.

E logo sai, Dante me observa por um tempo dos pés a cabeça, como se eu fosse um objeto sendo avaliado.

Eu cruzo os braços e bufo para ele, então seus olhos azuis profundo se fixam no meu rosto, me causando um calafrio na coluna.

__ Não dormiu direito?__ Ele pergunta, quase me dizendo que pareço uma merda.

__ A cama era horrível, dormi em abrigos com camas melhores. __ Falo e vejo seu olhar queimar em mim.

__ É bom saber que você prefere dormir em abrigos ou nas ruas do que deixar seus bonds cuidarem de você. __ Ele diz num tom cruel.

Se virando para mim, esperando que eu siga seu passos largos. Posso ouvir o tom de traição na sua voz, eu o sigo em silêncio.

Um carro está nos esperando e um motorista abre a porta, oh put@ merda! É claro que ele tem motorista, ele vem com o tipo de riqueza antiga que o dá a p0rra de um motorista só pra ele. Eu paro um pouco para observa sua demonstração obscena de riqueza.

Então sou puxado por ela para sentar de frente para seu corpo, ele se reencosta no acento passando os dedos em sua gravata. Já percebi que ele é um homem que gosta de usar ternos e que também, é muito controlador.

__ Para onde estamos indo?__ Pergunto.

__ Para sua nova casa.

Minha nova casa hein? Já odiei.

Eu pego o celular que Dante me deu e vejo uma mensagem de um número salvo no meu celular, mais eu não salvei.

__ Você deu meu número para alguém?__ Pergunto.

__ Só para os seus bonds. __ Ele diz, pegando o seu celular para mexer.

O número está salvo como Oliver, então eu me lembro do meu quando bond que não apareceu ainda.

Eu abro a mensagem. "Bom, p0rra! Eu vou me apresentar, eu sou Oliver Vithar um de seus bonds, eu não posso estar aí por causa da faculdade. Maus não se preocupe, quando eu terminar o período eu pesso transferência para estar aí com você "

Ele acabou de me pedir desculpas por simplesmente não largar tudo e vim me ver, esse bond é problema. Eu olho para cima para encontrar Dante me observando.

__ Você não vai responder Oliver, ele parece preocupado!

Eu franzo as sombramcelhas. __ Como você sabe que ele está preocupado, não dá para ver as mensagens daí de onde você está.

O carro para e a porta é aberta, então Dante sai e então eu percebo que ele estava no celular também.

Eu saio furiosa. __ Você grampeou meu celular.

__ O celular é meu e essas são as consequências de suas ações, você tem um celular graças a mim uma cama para dormir e acesso aos seus bonds graças a mim. E tudo que eu recebo é uma pirralha como bond.

Eu bufo e ele abre as portas com seu dedo sendo escaneado.

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