DALLAS- TEXAS.( Estados Unidos)
Sexta-feira 21:00 PM
Pov's Khalid.
Hospital 🏥 🏥 🏥 🏥 🏥 🏥 🏥
DOIS DIAS DEPOIS....
Assino a papelada de autorização; para liberar.
— É por aqui.— a enfermeira me guia.
A acompanho, confesso que estou nervoso. Entro receoso....
— É aquela do canto.— amostra, e permaneço parado.
Me encontro travado, numa certa distância, olhando a recém-nascida de longe.
— Pode chegar mais perto, para conhecer o rostinho da sua filha — a profissional me convida, com o sorriso acolhedor. — Ela é linda.— diz, a segurando nos braços.
No entanto, simplesmente saio dali, fugindo do trauma em ouvir o chorinho da criança que matou Maya.
Me retiro do hospital, completamente desnorteado e sem rumo.
Começo a chorar, é uma onda de sentimentos diferentes. Ao mesmo tempo que quero abandonar essa bebê para trás, eu não posso. Eu não devo.
Entro no caminhão, batendo no volante, dando consecutivos socos.
Grito alto, choro; e me revolto.
Depois de um tempo, após toda crise, entro novamente decidido a levá-la.
Assino os termos, recebendo a recém-nascida. A levo na cadeirinha até o caminhão.
Agora será eu e ela nesse mundo a fora.
Dirijo, seguindo estrada.
***********
Paro num posto de gasolina para abastecer. Há uma loja de conveniência, preciso comprar alguns mantimentos e comida. Tiro do bolso a carteira, vendo que só há 50 dólares.
Encaro a recém-nascida que não para de chorar um minuto.
"Se Maya tivesse aqui, saberia como resolver."— penso mentalmente, olhando de relance a cena que me deixa agoniado.
Desço do caminhão, sacando o celular. Cogito em ligar para minha mãe, sobretudo, desisto quando na primeira tentativa ela não atende.
Me distancie bastante da minha família, por tudo que eles quiseram me impor. Minha mãe queria que eu virasse médico igual ela, mas acabei me tornando caminhoneiro. E essa profissão não foi muito "aceita" pelos meus pais.
— Alô, tô precisando de você, Megan.— a contragosto, falo.
— Achei que fosse "até nunca mais"— relembra as palavras que usei, quando rasguei o seu número.
— Eu só te liguei, porque você teve a cara de pau de salvar o teu número sem que eu soubesse, no meu celular.— alego, com o tom ofegante.
— Porque eu sabia que você me ligaria, docinho.
Bufo fundo, ao ouvir o apelido.
O som do choro da recém-nascida aumenta dentro do caminhão, e me desespero;
— Estou precisando que você venha aqui, Megan, preciso comprar umas coisas e estou sem grana.
— Você acha mesmo que eu vou sustentar malandro?— escuto o seu sarcasmo.
— Não sou nenhum vagabundo e nem bandido, não sou como aqueles que você costumava se envolver. Só tô pedindo emprestado!
— Até parece que você vai me devolver né, Khalid, você não tem onde cair morto.
Desligo a chamada em sua cara.
Aí ela volta a me ligar.
— O quê é agora?
— Me passa o endereço que eu vou aí te socorrer, papai.— menciona o termo, pois provavelmente está escutando a bebêzinha aos prantos.
— Para de chorar, porra!— grito, ficando maluco.
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Aguardo mais ou menos meia hora, sentado no chão da calçada da loja, até a minha ex-namorada descer do veículo....
— A princesinha tem um fusquinha?
— Ah, não debocha, Khalid.
— Meu carro pelo menos é um caminhão, eu não só tão lascado assim— tiro sarro.
— Quer mesmo comparar?— me lança um olhar superior, me intimidando.
— O que foi isso no seu braço?—reparo um hematoma roxo.
— Nada.— rapidamente esconde, cobrindo com o casaco.— Eu cai.
— Tú tá tão diferente.
A noto muito maquiada; usando um batom vermelho e um vestido preto muito vulgar.
Ela passa ao meu redor, rebolando o seu corpo e pisando firme com o salto que usa. O cheiro doce do seu perfume paira.
— O fato de você ter me tirado do meio do meu aniversário, conta muito.
— E-é o seu aniversário?— gaguejo, coçando a cabeça sem graça.
— Você sempre foi péssimo com datas, Khalid, isso nem me surpreende.
Megan se aproxima da cadeirinha onde a recém-nascida está. Ela se agacha, tirando-a de dentro, fazendo-a parar de chorar.
— Eu não sabia que você levava jeito.— comento.
— Eu não levo.— se vira em minha direção, dizendo.— Mas a sua bebê é muito fofa.— encosta a cabecinha da própria ao lado da sua, enquanto sorrir.
— Quer para ti?
– Até gostaria, mas eu não posso.— devolve, colocando novamente na cadeirinha.— Meu trabalho não permite.
— Que tipo de trabalho é?
— Eu sou garota da noite, quer dizer...
— Uma vadia.— completo a frase.
— Assim você me ofende, Khalid. Qual é, usa um termo mais delicado... Sou garota de programa, e se você quiser o meu corpinho vai ter que pagar.— reviro os olhos.
— E-eu nunca vou tocar em você de novo.
— Nunca diga nunca, querido.
— O que você está fazendo?— pergunto, ao vê-la comprando um bolo confeitado.
— Comemora o meu aniversário de 17 anos comigo, posso não ter sido aquilo que sua família esperava, mas fomos o primeiro amor um do outro.— seus olhos arrogantes, acabam ficando sensíveis.— Não tenho ninguém, Khalid.
— E por que você disse que eu te tirei do meio da festa?
— Porque eu não queria ficar por baixo.
Megan mostra ser uma patricinha metida, mas no fundo, é armadura que usa para que ninguém conheça as suas fraquezas.
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Atualizado até capítulo 50
Comments
Leydiane Cristina Aprinio Gonçaves
acho que o khalid não deveria ficar culpando a sua filha por a esposa dele não ter sobrevivido pois uma mãe sempre no final escolhe os seus filhos e tenho certeza que o médico deu essa condição para a Maia e no final ela escolheu a filha em vez de escolher a própria vida e é isso vida que segue
e agora ele tem que agradecer a Deus por ter um pedacinho da esposa dele acredito que a partir do momento que ele começar a agradecer a Deus pelo o que ele tem a vida dele vai melhorar concetivamente
2024-08-27
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Fernanda Oliveira
Mas ela não era de uma família rica ? Que aconteceu? Ainda é uma criança
2024-08-04
0
Marcio Antônio de Fraga
continuar
2024-08-04
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