DALLAS- TEXAS.( Estados Unidos)
Sexta-feira 17:00 PM
Pov's Khalid.
— Tô viúvo.
Focalizo na aliança em meu dedo anelar esquerdo.
— Posso dizer que eu lamento?
— Pô, Megan, é sério.
— Khalid, olhe para você.— seus olhos circulam para minha aparência simples. Estou usando uma bermuda branca e uma camiseta estampada, que está suja de graxa.
— Virei caminhoneiro.
— Repete, eu não ouvi direito.
— Caminhoneiro. — falo mais alto.
— Você?— suspiro fundo, visualizando o seu sorriso sarcástico.— Teu papazinho parou de te bancar foi?
— Sem deboche.— peço, incomodado.
— Sério, caralho! Tu deixou de ser o playbozinho de Harvard? Ué, você não ia terminar a faculdade?
— Não vou mais.— engulo em seco, ao ser motivo de piada. — Levo a minha vida trabalhando honestamente, e não me envergonho disso.
— Quem diria, o maconheiro virou trabalhador.
— Eu não uso mais drogas. — a interrompo. — Criei juízo.
— Tá falando igual um adulto.
— Porque eu sou um adulto.
— Relaxa aí, Khalid, tú só tem 18 anos. Prefere mesmo perder tempo criando responsabilidade? Cara, vai curtir as baladas, que tem mais futuro.
— Eu mudei, Megan. — afirmo, bem sério, ouvindo-a cair na gargalhada. — Já deu para mim, tenho que ir.— levanto-me da cadeira; sendo taxado de idiota pela minha ex-namorada.
Contudo, paro inesperadamente;
— Espera, eu vou te dá o meu número. Se sentir saudade e quiser me ligar, é só marcar um encontro gatinho.— pisca o olho.
Suspiro muito fundo, desconfortável com o flerte.
— Até nunca mais.— pego o papel que me deu, amassando nas minhas mãos e jogando na lata do lixo.
Ando adiante até o meu caminhão estacionado, tentando buscar forças para regressar ao hospital. Preciso liberar o corpo da minha esposa, mas eu não me sinto preparado.
É muito ruim está sozinho, sem ter ninguém para contar neste momento de luto. Minha família atualmente mora na Arábia, eu pouco tenho contato e vínculo.
Apesar da dor, eu preciso erguer a cabeça e encarar a minha nova realidade. Infelizmente ela se foi.
— Khalid!— escuto a minha ex gritar, no fundo.— Eu vou com você.
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Hospital. 🏥😔😔😔😔
Novamente voltei pro mesmo corredor que recebi a notícia.
Enquanto sigo em frente, minha ex-namorada não para de falar um minuto. Minha cabeça está em outro lugar; me sinto tão atormentado.
— Aí!
— O que foi?— olho para trás, me preocupando.
— Quebrei a minha unha.
Reviro os olhos, apressando os passos.
— Calma, meu, assim eu não consigo te alcançar. — reclama, correndo atrás de mim com o seu salto alto. — O berçário não é para ali?— aponta e olho por alguns segundos.
— Eu não vou.
— Como não vai?
– Não vou ver a bebê que matou a minha esposa.— me recuso.— E se possível for, a darei para adoção. Não quero ter que viver com esse fantasma me assombrando.
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O que acharam da decisão do Khalid? Pelo visto ele culpo a recém-nascida..... será que ele terá coragem de entregar para adoção?
Por que será que ele perdeu o contato com os pais? Será que existe algo por trás, ou ele preferiu caminhar sozinho?
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Atualizado até capítulo 50
Comments
Fernanda Oliveira
Tenho pena do saihd ,pois está a sofrer é normal rejeitar a bebé e culpala , mas ainda está de cabeça quente, pode ser que caia em si . Esperemos que aquela ex dele não o leve para a má vida .
2024-08-04
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sandra santana
É difícil. mas você não pode tomar decisões precipitadas
2024-07-27
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sandra santana
a bebê é um anjo 😇 é um pedacinho da mamãe que ficou. a criança é uma prole .uma dádiva divina. perder sua esposa é uma coisa é odiar o bebê é outra!
2024-07-27
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