Germano acaba entrando no mesmo carro que eu e juntos para a empresa, ao que parece, ele também foi chamado pela minha mãe. Ao chegar, dispenso o motorista e entrei no prédio, mas por obra de telenovela, o elevador parou com Germano e eu dentro e parecendo faltar alguma outra coisa, Germano teve um ataque de pânico e eu pensando em acamá-lo, o peguei para perto e o abracei forte, dizendo palavras boas em seu ouvido e foi nessa que me ferrei. Ele, como agradecimento, me deu um beijo.
Álvaro: Calma aí!
Ele certamente percebe que a luz volta a esse quadro minúsculo e sente, como eu, que o elevador voltou a funcionar.
Germano: Oh! Perdoa-me, estava apavorado com o que passamos.
Álvaro: Acho que posso entender.
O elevador chega no nosso andar e nós nos separamos um pouco. Uma senhorita me leva até a sala de reuniões, onde encontro minha mãe e seu velho jeito autoritário que parece não a deixar.
Leonor: Álvaro? Entre e tome assento.
Sentado, os vejo falar sobre novas propagandas e último lote e do nada, me imagino contando o que aconteceu com Germano a Santiago e me prendo ao momento que ele me abandona e volta para o México. No entanto, tenho que correr o risco, tenho que contar o que fiz e não esconder como um homem infiel. Sempre critiquei meus amigos que fizeram isso com seus cônjuges e seria eu, hipócrita se não fizesse exatamente o que aconselhei que eles fizessem.
Leonor: Agora me deixem a sós.
Leonor como uma mulher de sangue frio não comemora a minha volta e isso eu já estava esperando. Ela deixa aqui, claro. Eles gostam dos clientes que tem, mas mais gosta da família que está nos fazendo sujar as mãos e o nosso nome.
Álvaro: Você pode ser ainda mais clara?
Leonor: Eu sou prática! Você aceitando ou não, precisa fazer seu primeiro serviço como o sucessor de Alberto e olha, você está com sorte, só terá que conhecer o Dom e o seu irmão que teve que fazer algo nada tão leve assim.
Álvaro: Não… vocês realmente quebraram o recorde de frieza no sangue. Você podia ao menos ter esperado amanhecer Para me dar mais más notícias ou não, você não sabia que meu pai abriu o jogo comigo? Duvido!
Leonor se aproxima e traz com ela um cartão que adivinho ser desse tal dom.
Leonor: Dom está esperando sua chamada. Não decepcione a família.
Álvaro: Sério? E qual eu nao devo?
Pego o cartão da mesa e fico olhando para aquele número pensando em como devo me comportar com um criminoso e não só isso, mas também porque sou virgem nesse mundo e não quero parar na prisão por algo que não busquei.
Leonor: Não perca tempo com ironia.
Ela sai da sala como se estivesse tudo bem em jogar o próprio filho no crime. Eu olho para o cartão e sei que a partir do momento em que eu discar esses números, vou deixar de ser bom.
Esquece, pego o celular e ligo para o criminoso que preciso conhecer.
📲 Álvaro: Alô! Aqui fala o Álvaro filho do Alberto Monteiro, seu sócio nos negócios.
📲 Dom: Hum… Esperava a sua chamada, mas não esperava que fosse essa noite.
📲 Álvaro: Sim, me disseram que eu precisava te conhecer.
📲 Dom: Aham! Essa noite mesmo.
Fique em silêncio na ligação, mas desligo e vou seguindo a mensagem que ele mandou para o meu número. Estou bravo comigo mesmo, não devia aceitar isso com a facilidade com que fiz, mas em minha defesa, eu sei como funciona esse mundo e sei o que acontece quando você faz acordos como o que meu pai fez.
Vamos lá então.
Ao sair da sala, Germano que está perto do elevador parece estar pronto para me acompanhar e mesmo errado, eu prefiro que alguém esteja ao meu lado.
Álvaro: É o que eu estou imaginando?
Germano: Sim! Vou com você encontrar o senhor dom, mas vamos descer de escada se não achar ruim, traumatizei.
E que Santiago não saiba do meu sorriso.
Álvaro: Claro! As escadas são seguras.
Chamei o motorista da família de volta e pedi que ele nos levasse até o endereço marcado na mensagem de texto do meu celular e sim, estava muito apavorado e imaginando o que iria encontrar.
Germano que está do meu lado poderia servir de apoio para que eu também possa desabafar e dizer tudo que me incomoda, mas eu não posso fazer isso com um homem que já amei, vai parecer que estou arranjando pretextos para tocar o seu corpo e sentir seu perfume.
Ao chegarmos, estava mais nervoso do que antes e chamando a mim mesmo de louco por topar um encontro como esse, mas essa insanidade também serviu para me dar coragem para que eu possa terminar com isso de uma vez por todas.
Germano: Agora você precisa caminhar até o carro. Queria ir contigo, mas o Dom não gosta de terceiros ouvindo sua conversa com um Monteiro.
Álvaro: Não, tudo bem. Eu preciso fazer isso sozinho mesmo.
Caminho até o carro e antes de me preparar, a porta se abriu para mim.
Dom: Álvaro?
Chego mais perto e o vejo ao vivo a cores.
Álvaro: Sim!
Dom: Venha, entre no carro.
Álvaro: Mas eu pensei…
Dom: Pensou errado. Entre no carro que preciso lhe mostrar uma coisa.
Olho para trás e sinalizo da forma que consigo para Germano. Entro no carro e tento não parecer um medroso.
Dom: Siga, José.
Depois de sua ordem, seu motorista liga o motor e nos leva por estradas nada muito habitadas por empresas ou por algum outro imóvel que pudesse contar.
Álvaro: Para onde vamos?
Dom: Me irrito com pessoas que perguntam demais e deixam de reparar os Detalhes que estão sendo mostrados como o seu motorista nos seguindo e o fato de você ter trazido o Germano.
Até sinto que vou fazer xixi nas calças.
Álvaro: Fiz mal por trazê-lo?
Dom: Não! Isso só me mostra que vou tratar com um verdadeiro covarde.
Dom bate na minha perna esquerda e eu nem tenho o mínimo de coragem para repreendê-lo e mesmo que eu critique quem pede por mais masculinidade nos homens, eu me sinto muito irritado pela minha ter sido jogada pela janela.
Álvaro: Eu-Eu não sou um covarde.
Dom: Terá a oportunidade de provar o contrário daqui a muito pouco tempo.
Dom nos levou para um lugar deserto, onde mostrou para mim um homem sentado em uma cadeira, ele está todo machucado e com a boca amordaçada.
Álvaro: Que merda é essa?
Dom: Eu lhe trouxe só para mostrar o que acontece com quem decide me trair, mas antes que o show comece. José!
José aparece e a mando de Dom, tira a roupa de baixo do pobre coitado.
Dom: Ver aquele maldito pau? Ele não vai mais precisar mais dele.
Dom mira e atira no pau daquele estranho e a visão me deixam sem palavras, eu me viro e tento não ver mais nada em minha volta, mas Dom grita na minha direção e me manda abrir os olhos e encará-lo nos olhos.
Dom: Você precisa me prometer que não vai me trair como esse cretino fez.
Álvaro: Você é louco, cara.
Dom: Prometa!
Eu só pude respirar antes disso.
Álvaro: Eu prometo a você, eu prometo!
Dom: Bom mesmo.
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Atualizado até capítulo 49
Comments
Nayara
E dom tratando Álvaro como se ele fosse um putinho, pode? não 👎
2024-06-11
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