Eu sei que devo consertar a besteira que cometi no táxi, mas não fiz no aeroporto e nem no avião. No entanto, sinto que preciso fazer agora que muitas horas se passaram e nós estamos no Brasil e vamos encontrar nossos familiares.
Álvaro: Deixe que eu cuido com as malas e se você puder, me deixe se desculpar pela forma que agir no táxi. Eu não devia ter agido daquela forma com você e eu realmente sinto muito por isso amor.
O meu celular volta a tocar e eu torço para não ser o Germano novamente. Até porque o meu esposo pega o aparelho de dentro do meu bolso para que assim seja o meu pedido desculpar aceitos, acho.
📲 Santiago: Oi, aqui é o marido do Álvaro e o que você quiser falar com ele, pode falar para mim que vou passar o recado como se fosse você mesmo proferindo ele. Então use o meu ouvido para derramar suas palavras querido ouvinte.
Ninguém precisa descrever o tanto de vergonha que sinto nesse momento porque está bem na cara de quem assiste.
Santiago: Ele disse que depois ligava para você, como se eu não pudesse ouvir o que ele iria encher seus ouvidos. Pergunto-me se essas palavras já não foram ditas e eu que estou de idiota na história que antes era sua e dele.
Santiago nunca foi uma pessoa ciumenta, mas vejo agora que o Brasil pode transformar as pessoas e bem rápido.
Álvaro: Santiago, eu não sei do que você está falando. Eu nunca nem recebi a ligação do Germano, conversávamos às vezes por mensagem, está aí! Veja.
Santiago não confiando na minha palavra vai justamente ver meu celular de uma ponta a outra e só pára quando um carro enorme aparece atrás de nós. Meu pai tem dessas quando quer praticidade.
Entramos no automóvel e logo recebo a chamada dele, só assim que meu marido deixa o aparelho e o ciúmes. Na ligação, ele deixa bem claro todos os seus planos para mim e fica ainda mais esclarecido que ele quer que eu seja seu sucessor.
Álvaro: Logo chegarei e nós conversamos melhor. Precisamos ver isso com calma.
E essas foram minhas últimas palavras a viagem toda, ele não quis conversar e toda vez que eu tentava tocá-lo ou até mesmo iniciar uma conversa, ele se virava e ficava com a cara no vidro. Ao chegar, ele saiu primeiro e cumprimentou Eduardo com um abraço.
Eduardo: Quem diria que o filho preferido do meu pai fosse realmente voltar para seio familiar um dia.
Saio do carro e me aproximo dele, mas ao invés de um abraço, dou-lhe duros tapas nos braços, comprimento que ele usava comigo quando me dava ser forte como ele ou até mesmo como o Ricardo.
Álvaro: E todos os outros?
Meu velho então apareceu com Germano ao seu lado. Logo tento tirar meus olhos de cima do homem que um dia amei e os voltei para o meu esposo que está de muita liberdade com o meu irmão.
Alberto: Filho! Que bom lhe ver de novo.
Corro para ele e o abraço e olho meio de cima procurando a minha mãe.
Germano: Álvaro, que bom vê-lo. — o seu sorriso leva-me ao passado por agora.
Respondo apenas com um sorriso curto antes que volto para perto de Santiago que por sua vez me encara com um semblante sério, como se quisesse ler a minha mente ou até mesmo me acusar de adultério sem eu mesmo merecer.
Álvaro: Meu marido e eu viemos assim que recebemos sua mensagem, meu pai.
Santiago: Sim! Trocar um país pelo outro pareceu ser uma boa ideia.
A ironia do meu esposo parece ser percebida até pelos cães de guarda, mas eu até sei como concertar esse momento.
Álvaro: Santiago é comediante.
Eduardo: Não os do bom.
O comentário do meu irmão me deixa ofendido pelo meu esposo. No entanto, eu vou passar por cima e entrar para dentro com ele e procurar ignorar o máximo esse homem que não parece ter o mesmo sangue que o meu para se comportar como meu maior inimigo.
A Mansão está com a mesma cara de anos atrás e eu acho que eu sei quem é o culpado ou melhor, a culpada. Minha mãe nunca gostou de mudanças e meu velho era preconceituoso demais para se importar com a decoração de sua casa.
Alberto: Maria, avise a Leonor da presença de Álvaro na casa. Venha, meninos! Eu quero oferecer a vocês um bom copo de uísque.
Santiago: Obrigado senhor, mas vou ter que passar esse convite para beber. Estou cansado e precisando me encostar.
Álvaro: Eu lhe acompanho.
Santiago aceita que eu o acompanho só para me atentar nos braços no andar de cima. Ele costuma me empurrar e me dá beliscões quando acha que faço algo errado e isso eu realmente não merecia.
Santiago: Você precisa mostrar o meu lugar para o seu amor do passado.
Álvaro: Por isso o beliscão? Amor, você não precisa ter ciúmes, eu te amo.
Santiago: Não diga!
O meu quarto continua o mesmo e é nele que deixo o meu esposo e deixo descontinuado a nossa conversa e acho melhor assim porque eu não costumo lidar bem com a ironia dele, ainda mais quando ela é usada contra mim que não faço nada de amá-lo todos os dias.
No meio do corredor, encontro Germano que parecia está vindo atrás de mim porque assim que me vê solta o mesmo sorriso que me trouxe problemas com o meu amado, mas malcriado marido.
Germano: Aí está você de novo.
Álvaro: Como você está? Mas espera… você pode me dizer primeiro o que lhe trás essa casa? Eu achei que com o nosso término, você não teria contato com eles.
Germano está marcando nas calças?!
Germano: Eu estou muito envolvido nos negócios do seu pau e é isso que me trás quase todos os dias na casa dele, mas você tem razão. Eu não tinha envolvimento antes, mas aqui estou eu.
Germano não percebeu que eu percebi o tamanho marcado em seu jeans e é melhor assim porque meus olhos iriam mostrar que eu estava gostando daquilo que eu estava vendo e não, isso não me torna infiel ao Santiago. Vejo isso como um porno que não interfere em meu casamento que está muito bem.
Álvaro: Que achei estranho quando lhe vi por aqui, achei. No entanto, eu não tenho nada contra você e acredito que você não tenha ressentimentos para comigo.
Eduardo nos encontra nas escadas e o clima volta a ficar estranho e de novo encontro o passado, onde nossa rivalidade começou com toda a força.
Eduardo: Estávamos guardando a garrafa de uísque. Vocês não descem e eu acredito que um ménage não era o que estava acontecendo nos corredores.
Álvaro: Eu exijo que você me respeite. Sou um homem muito bem casado.
Germano: E eu não gosto de dividir.
Tento me separar dessa interação, mas um resmungo de Eduardo me faz voltar ao ponto em que eu estava antes de descer todas as escadas.
Álvaro: O que resmungou aí?
Eduardo: Que você pagará por ter roubado o homem que eu amava. Acha que eu iria gostar de saber que você vai se tornar o sucessor do nosso pai? Só aceitei porque os negócios, ah! Verás.
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Atualizado até capítulo 49
Comments
Sofia Bianchi
Eu nao tolero cenas de ciúmes /Smug//Brokenheart/
2024-06-11
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