Angelina passou o dia no trabalho sem imaginar que Christopher também trabalhava na mesma empresa. Quando anoiteceu, voltou para casa para se arrumar para o encontro com ele. Estava receosa, afinal, ainda não conhecia ninguém na cidade e, muito menos, Christopher a fundo. Mas sabia que, em algum momento, teria que sair, conhecer pessoas e se permitir viver novas experiências.
Depois de se arrumar, escolheu um vestido vinho justo no busto e levemente rodado na parte de baixo. Caprichou na maquiagem, pois queria causar uma boa impressão — já que Christopher, além de lindo, parecia elegante. Estava determinada a não deixar transparecer insegurança. Logo, o celular tocou:
— Christopher 📲 Oi! Estou aqui embaixo te esperando.
— Angelina 📱Oi! Já estou descendo, só um instante.
— Christopher 📲 Claro, pode ficar à vontade.
Angelina pensou em deixá-lo esperando alguns minutos — não sabia se seria charme ou falta de educação. No fim, decidiu não arriscar e desceu. Ao sair do prédio, viu Christopher encostado em um carro que a deixou boquiaberta: um Mercedes SLR McLaren.
Por um instante, questionou-se: “Será que é mesmo dele? Ou alugou para me impressionar? Talvez seja de um amigo…” Afinal, parecia improvável que um funcionário tivesse um carro daqueles. Disfarçando a curiosidade, aproximou-se.
— Christopher — Você está linda.
— Angelina — Obrigada. Você também está muito elegante.
— Christopher — Nossa, obrigado.
Ele sorriu e abriu a porta para que ela entrasse. Foram até um restaurante, e, quando chegaram, Angelina ficou sem chão: o lugar era luxuoso e sofisticado, algo que ela nunca tinha vivenciado. Sentiu-se deslocada e, ao mesmo tempo, confusa com tanta preocupação em impressioná-la. “Será que ele me acha interesseira? Ou será que realmente gostou de mim?”
Sentada à mesa, ainda nervosa, foi surpreendida quando o garçom cumprimentou Christopher:
— Garçom — Boa noite, senhor Christopher. O de sempre, com sua bela companhia?
Ele respirou fundo, como se o comentário fosse inoportuno, e respondeu com firmeza:
— Christopher — Não. Hoje não estou a trabalho. Hoje é um encontro.
— Garçom — Sim, senhor. Desculpe-me, não foi minha intenção. O que desejam pedir?
Angelina observou atentamente a reação dele. Tinha medo de que fosse grosseiro, mas Christopher foi educado e tratou o rapaz com respeito antes de fazer o pedido.
Durante o jantar, o comentário do garçom voltou à tona.
— Christopher — Você deve estar pensando que sou mulherengo por trazer outras mulheres aqui. Quero te explicar.
— Angelina — Não precisa. Somos apenas amigos, não tem nada que me explicar.
— Christopher — Mas preciso. Não quero ser apenas seu amigo. Desejo algo mais. Você não me conhece, mas gostaria que conhecesse. Gostei muito de você, então… me permite explicar?
O mundo de Angelina parou. Ela ficou sem ação, sem saber como reagir. Apenas deu um leve sorriso e disse:
— Angelina — Explique, então.
— Christopher — As mulheres que trago aqui são colegas de trabalho. Secretárias, acionistas, representantes de patrões que não podem vir. Estou começando agora, e tenho que me virar assim.
Angelina deu um sorriso tímido, pensando consigo: “Começando de baixo… em um restaurante desses?”
Christopher percebeu sua expressão.
— Christopher — Não está acreditando em mim, não é?
— Angelina — Não é isso… me desculpe se pareceu desconfiança. É que você é tão direto… não sei como reagir. Não esperava que fosse assim… tão…
Ela travou, sem conseguir terminar a frase.
— Christopher — Tão o quê?
— Angelina — Você sabe…
— Christopher — Sei o quê? Que estou a fim de você? É isso que quis dizer?
Angelina pensou: “Que homem é esse? Tão direto, decidido, sem rodeios.” Mas não teve coragem de falar. Apenas baixou a cabeça e sorriu.
— Christopher — Desculpe se fui direto demais, mas não gosto de enrolação. Só quero que saiba que não sou o que você está pensando.
— Angelina — E o que você acha que estou pensando?
— Christopher — Não sei… me diga você. Estou curioso para saber o que se passa nessa cabecinha linda.
— Angelina — Que tal você tentar descobrir?
Christopher a fitou com um olhar intenso, sensual, como se prometesse desvendar cada pensamento dela. Angelina corou, envergonhada tanto pelo olhar quanto por ter tentado ser tão direta quanto ele. Para disfarçar, tomou um gole do vinho.
O silêncio cresceu, até que Christopher quebrou a tensão:
— Christopher — Que tal pedirmos a conta e irmos dar uma volta? Talvez um sorvete te deixe mais à vontade.
— Angelina — Claro, ótima ideia.
— Christopher — Garçom, a conta, por favor.
— Garçom — Aqui está, senhor.
— Christopher — Obrigado. Até a próxima. Vamos, Angelina.
— Angelina — Vamos!
No carro, decidiram ir até uma sorveteria que Angelina havia visto no Instagram. Ela queria mostrar um lugar mais simples, algo que combinava com a vida dela — talvez assim Christopher não se preocupasse tanto em impressioná-la.
Tomaram sorvete, conversaram descontraídos e, depois, ele a levou de volta para casa. Ao chegarem, Christopher desceu e abriu a porta para ela, mas não saiu da frente, bloqueando a passagem. Aos poucos, aproximou-se, apoiou os braços no carro e foi se inclinando em direção aos lábios dela.
Angelina, sentindo-se presa entre ele e o carro, afastou-se rapidamente, escapando do “cercadinho” que ele havia feito. Agradeceu pela noite, desejou boa noite e subiu correndo, deixando Christopher na vontade.
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Atualizado até capítulo 115
Comments
Jocemira Castro
Hum
2025-06-22
0
Jeneci Nunes
começando a ler 🥰
2025-02-11
0
Marilene Cabral
🌺🌺🌺🌺
2024-07-11
1