Capítulo {5}

Àquele cometa era a coisa mais linda que eu já tinha visto em toda a minha vida. Uma estrela brilhante, chegando tão perto que iluminava o céu, com sua calda longa e brilhosa.

Chegava até a dar um pouco de medo, mas era lindo.

Quase me esqueci do mais importante; o pedido.

Então comecei a focalizar na minha mente o que eu tanto queria. Respirei fundo e finalmente pedi.

"Eu quero ter a vida do Denny Câmara"

Meus olhos ainda penetrados naquele brilho incrível, deixou tudo escuro ao redor.

Eu bebi um gole da garrafa de bebida, e olhei para Rubi, ela estava sorrindo admirada com o cometa indo embora lentamente.

Théo Urione: Então é isso? Ele faz essa aparição majestosa e desaparece por anos?

Rubi Castor: Não. Ele demora um mês inteiro para passar ao redor da terra. Aqui em Filancity, ele começou a passar assim, super visível, mas a gente pode ver ele novamente daqui a trinta dias em um telescópio. E aí sim, ele não aparece mais.

Théo Urione: Que coisa, então ele não passa reto!? Ele circula toda a terra?

Rubi Castor: É isso mesmo. Mas ele faz isso em forma espiral, e cada vez, vai ficando mais distante. É um fenômeno incrível. Não acha?

Théo Urione: É sim... Mas ao mesmo tempo um pouco bizarro.

Rubi Castor: Ansioso para ver seu pedido realizado?

Théo Urione: Olha não estou muito não. Enquanto ele estava passando, era quase possível me envolver em uma atmosfera mágica. Naquela momento eu até acreditei que tudo era possível, mas depois que ele doi embora não. Voltou tudo ao normal na minha cabeça.

Rubi Castor: Não dúvida das coisas mágicas! As vezes não na hora, é com o passar do tempo.

Théo Urione: Sério!? Assim não tem graça, quero que o meu pedido aconteça agora.

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Naquele momento, eu fiquei bem chateado. Quando olhei para aquele cometa percebi que ele era maravilhoso e senti uma coisa estranha, como se realmente algo bom poderia acontecer. Mas logo em seguida, toda àquela sensação foi embora.

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Ficamos ali por mais algumas horas. Bebemos as bebidas que havíamos levado, e comemos todos os lanchinhos. Depois disso eu me senti um pouco zonzo, tentei me levantar mais caí.

Rubi Castor: Eita Théo? Nem era tanto álcool assim. Eu sei que você já bebeu mais do que isso!

Rubi me ajudou a ficar de pé.

Rubi Castor: Vou te deixar na sua cama agora. Então torce para o elevador estar funcionando, se não vamos descer rolando essas escadas.

Théo Urione: Céus! Tomara que esteja funcionando. O que normalmente é incerto.

Rubi Castor: Esse elevador é uma merda. O síndico não faz nada?

Théo Urione: A gente nem sabe quem ele é. Deve ser um cara com grana e vive viajando, porque realidade não se importa.

Rubi Castor: Isso é desanimador. As pessoas deveriam pensar mais nas outras. Sabendo da sua limitação, eles deveriam ter certeza que o elevador sempre estaria bom.

Théo Urione: Vixi! Até parece querida. Eles nunca fariam modificações exclusivas para o único aleijado no prédio.

Rubi Castor: Mas um dia pode vir outro. Um deles mesmo pode sofrer algum acidente, a gente nunca sabe.

Para o nosso desespero, o elevador não estava funcionando.

Rubi Castor: Ai que raiva! Eu não acredito nisso! Eu mesma vou vir aqui descobrir quem é esse síndico e acabar com a raça dele!

Ela olhou para mim, e estava tão fofinha, com as bochechas vermelhas de raiva.

Rubi Castor: É isso Théo, Vamos ter que ir pela escada. Segura firme em mim, e vamos bem devagar tá bom?

Théo Urione: Está bem, mas se você ver que perdeu o equilíbrio, ou que vai cair... É só me soltar tá? Não precisamos de dois amigos aleijados, um tem que estar inteiro para ajudar o outro.

Nos dois caímos na gargalhada, um pouco antes de começar a descer.

Rubi ficou concentrada o caminho todo, degrau por degrau ela não dez uma piadinha sequer, até finalmente chegarmos na frente da porta do meu apartamento.

Rubi Castor: Ufa! Eu nem acredito. Isso foi assustadoramente insano.

Théo Urione: Você é demais! Pode me ajudar ir até a minha cama?

Rubi Castor: Tá bom, mas vou levar um macarrão instantâneo como pagamento.

Théo Urione: Pode levar o que quiser!

Rubi me deixou na cama, abriu meu armário e pegou um pacote de macarrão instantâneo. Ela trancou a porta, e passou a chave por baixo, como sempre fazíamos.

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No dia seguinte eu acordei mais disposto do que eu pensava que estaria. O meu quarto parecia mais iluminado, e as cortinas na cor verde davam uma elegância na janela, por onde a luz do sol entrava.

Eu me sentei na beirada da cama, e coloquei os pés no chão.

Théo Urione: Onde está o meu chinelo?

Resolvi olhar o outro lado da cama, e encontrei, mas ele estava diferente, ele era uma tira só, para todos os dedos e largo.

Théo Urione: Rubi, deixou esse presente aqui e saiu de fininho. Essa espertinha.

De repente, eu olhei ao redor, e vi que tudo o meu quarto estava diferente. E ainda mais, eu estava é enxergando perfeitamente isso.

Théo Urione: Eu estou curado!? Não acredito.

Cobri o olho esquerdo com a mão, e o direito pode ver tudo normalmente.

Théo Urione: Aha! Eu não acredito ainda, estou curado! Que maravilha, mas como foi isso?

Fiquei de pé e caminhei na direção do banheiro. E mais uma coisa animadora eu percebi. Minhas pernas também estavam curadas. Eu pulei feito idiota.

Théo Urione: Ah! Que maravilha! Estou curado! Será que foi aquele cometa? Eu não pedi isso... Mas que felicidade.... A não ser que eu esteja sonhando. Pode ser... Vou fazer xixi, e se eu sentir que molhou tudo, eu acordo.

Théo foi até o vaso, porém quando baixou sua calça, percebeu uma diferença notável.

Théo Urione: Espera aí... Que barriga ridícula é essa? Será que foi a bebida de ontem? Não... Nem a cor da minha pele está igual. Ah não!? O meu pau também não parece o de sempre... Ele está maior!?

Théo terminou de urinar e se olhou no espelho da pia.

Théo Urione: AAAAAAAH! Não pode ser! Eu estou igual ao Denny Camara!?

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