Naquela mesma manhã, antes mesmo do homem acordar, enquanto Samyle se preparava para sair do quarto de hotel onde estivera com ele, ela se deparou com um dilema.
Não sabia o nome dele e, ao vê-lo dormindo profundamente, cogitou retirar a máscara que cobria parte do seu rosto, buscando uma última tentativa de identificação.
No entanto, o medo de acordá-lo a fez recuar. Com um suspiro resignado, ela sussurrou um amargo "bastardo" para si mesma, enquanto sentia a dor em seu corpo.
Essa breve troca de palavras refletia o desconforto que permeava seu corpo naquele momento de partida. Ele era um homem bruto, de certa forma, mas ainda assim não a desagradara totalmente.
Havia algo intrigante em sua presença, uma mistura de atração e reserva que deixava uma marca indelével em sua memória.
Após decidir deixar o quarto, Samyle sorrateiramente deslizou uma nota de cem dólares sob o relógio do homem, como um gesto de despedida.
Vestindo-se com cuidado para não desperta-ló, ela saiu do quarto com determinação.
Ao se aproximar da porta, percebeu a presença de um homem no corredor, que parecia observá-la com interesse.
No entanto, antes que pudesse reagir, ele se retirou discretamente, dissipando suas preocupações. Com um último olhar para trás, Samyle ignorou a sensação de inquietação e seguiu em frente, deixando para trás aquele encontro fugaz.
Ao longo das semanas que se seguiram, Samyle foi consumida por uma ansiedade crescente enquanto aguardava o momento de descobrir se estava grávida ou não.
Cada dia parecia uma eternidade, repleto de pensamentos conflitantes e preocupações.
Ela tentava manter-se ocupada para distrair sua mente, mas a incerteza pairava constantemente sobre ela, como uma sombra indesejada. O tempo parecia se arrastar lentamente, e cada segundo era marcado pela expectativa e pela angústia do desconhecido.
Enquanto o teste de gravidez se aproximava, Samyle enfrentava um turbilhão de emoções, ansiosa pelo desfecho que mudaria a sua vida para sempre.
Após duas semanas desde o encontro que ela passara a noite com um completo desconhecido, Samyle encontrava-se diante do vaso sanitário segurando um teste de gravidez na mão.
O silêncio do banheiro, amplificando a tensão no ar. Cada segundo parecia uma eternidade enquanto ela aguardava ansiosamente pelo resultado, consciente de que sua vida poderia tomar um novo rumo a partir dali.
O futuro incerto pairava sobre ela como uma sombra, enquanto ela se preparava para enfrentar as possíveis consequências daquela noite impulsiva.
Caso o resultado fosse positivo, Samyle planejava fazer Marcus acreditar que o filho era dele. Era uma decisão difícil, mas ela sabia que seria mais fácil para ambos se ele assumisse a responsabilidade.
Enquanto aguardava o resultado do teste, pensava nas palavras que usaria para convencê-lo, sabendo que teria que ser cuidadosa para não levantar suspeitas sobre a verdadeira paternidade da criança.
Afinal Marcus vociferou palavras de vingança, recusando-se a permitir que ela o visse
Samyle sentiu uma onda de alívio e felicidade ao ver o resultado positivo no teste de gravidez. Uma faísca de esperança brilhou em seus olhos, enquanto imaginava a possibilidade de encontrar Marcus em um restaurante para revelar a notícia e fazer um apelo emocional.
A ideia de ter um filho é fazer de Marcus o pai, trouxe-lhe um novo propósito e significado para sua vida, e ela estava determinada a lutar por uma chance de construir uma família juntos.
Ela desejava implorar para que ele não deixasse a mãe de seu filho na sarjeta, argumentando que não era justo ele privá-la de alternativas.
Samyle iria ressaltar as consequências devastadoras de suas ações, mencionando como vários investidores, conquistados com muito esforço, quebraram contratos devido à falta de recursos, resultando em atrasos e perdas adicionais de negócios.
Determinada a não se curvar diante dessa situação, ela afirmava que não permitiria que isso acontecesse, especialmente depois de ter enfrentado adversidades semelhantes quando assumiu os negócios restantes da herança de sua mãe, após a morte do padrasto abusivo.
Com esforço e sacrifício, ela conseguiu reerguer os negócios e estava determinada a lutar por seu futuro e de seu filho.
Samyle acreditava firmemente que Marcus era a pessoa ideal para construir uma família ao seu lado. Apesar das circunstâncias complicadas e das adversidades que enfrentavam, ela via nele um potencial de apoio e estabilidade.
Marcus representava não apenas uma oportunidade de amor e companheirismo, mas também uma esperança de um futuro seguro e próspero para ela e seu filho.
Com essa convicção em mente, ela estava determinada a encontrar uma maneira de convencê-lo a assumir essa responsabilidade e compartilhar esse novo capítulo de suas vidas juntos.
Samyle amava Marcus com uma intensidade que transcendia o tempo e as adversidades.
Ela não conseguia imaginar sua vida sem ele, pois ele representava muito mais do que apenas um parceiro romântico. Durante sua difícil adolescência, ela enfrentou momentos sombrios e pensamentos destrutivos.
Foi Marcus quem a defendeu dos valentões algumas vezes, o que pareceu um apoio nos momentos mais difíceis, e quem a fez acreditar que havia esperança e razões para seguir em frente, mesmo que ele não se lembrasse.
Suas palavras reconfortantes, foram "Não fique triste, garota boba. Quando precisar, pode chamar", eram um bálsamo para sua alma ferida, um lembrete de que ela não estava sozinha e de que sempre poderia contar com ele.
Marcus era sua tábua de salvação, o motivo pelo qual ela encontrou forças para continuar lutando e acreditando em um futuro melhor.
Samyle culpava seu padrasto por ter separado Marcus dela. Ele a tirou da escola onde eles conviviam, interrompendo o que parecia ser uma conexão especial e significativa.
Essa separação a deixou perdida e desorientada, sem a âncora emocional que Marcus representava em sua vida. A ausência dele deixou um vazio profundo em seu coração, e ela não conseguia deixar de pensar em como as coisas poderiam ter sido diferentes se não fosse pela interferência de seu padrasto.
Essa culpa e tristeza a assombravam, alimentando a chama da determinação em reconstruir o que havia sido perdido e recuperar o amor e a segurança que Marcus representava para ela.
Samyle cerrou os punhos com determinação, pensando que agora que havia reencontrado Marcus e estava mais próxima dele, ninguém poderia roubá-lo dela novamente.
Uma lágrima solitária escapou de seus olhos, mas ela a secou rapidamente.
Em seguida, colocou a mão em sua barriga e sussurrou com ternura: "Seja bem-vindo, criança. Finalmente teremos um lar." Essas palavras eram um voto silencioso e uma promessa de um futuro diferente.
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Atualizado até capítulo 161
Comments
Bianca🌹
Que vilã encantadora😂😂😂
2024-09-29
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Jhones Silva
isso tá certo tá..kkkk
2024-08-17
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CASSIA RIBEIRO
kkkkkkkk, maluca. Pelo menos cuide da criança.
2024-05-20
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