Assim que chegaram, Marcus ignorou as visitas e foi diretamente para o quarto. Entrou no banheiro com raiva evidente, arrancando os botões da camisa mal abotoada enquanto se despia apressadamente.
Entrou debaixo do chuveiro e permaneceu lá por alguns minutos, deixando a água quente aliviar a tensão de seus músculos cansados.
Enquanto a água caía sobre ele, seus pensamentos se voltaram para Samyle.
Ela era uma mulher de beleza estonteante, com lábios carnudos, corpo voluptuoso e pernas longas, quase alcançando a altura de Marcus. Seus cabelos castanhos claros, quase dourados, fluíam em cascata até a cintura, destacando-se contra sua pele pálida.
Seus olhos azuis claros exibiam uma serenidade angelical, mas era seu cinismo latente que os tornava tão intrigantes, contrastando com sua aparência celestial.
Marcus conheceu Samyle em uma conferência e, desde então, ela o perseguia incansavelmente, mesmo sem ele buscar saber quem ela realmente era.
Apesar de nunca ter feito nada para encorajar suas investidas, Samyle o enlouquecia e o fazia perder o rumo, mesmo enquanto ele tentava manter seu compromisso com sua doce e suave noiva, Sophie.
Sophie tinha uma estatura pequena, enquanto ele, com quase um metro e noventa, precisava se curvar para beijá-la, mas adorava perder-se em seus lábios macios e nos seus cabelos sedosos de comprimento médio. Seus olhos cor de mel exerciam um fascínio irresistível sobre ele.
Marcus saiu do banho com uma toalha envolta na cintura, secando seus cabelos enquanto afastava os pensamentos intrusivos de Samyle desnuda.
Questionou-se como ela poderia ser virgem, mas rapidamente repreendeu a si mesmo por tais pensamentos inapropriados. Dirigiu-se ao closet, pegou uma calça de moletom e simplesmente se deitou, buscando afastar qualquer distração.
Ficou imaginando que sua vontade era pegar aquela mulher pelo pescoço e segurá-la até que parasse de respirar, mas sabia que não podia se deixar levar por impulsos tão sombrios.
Os pensamentos de Marcus foram interrompidos por uma batida suave na porta, e ele respondeu com um tom seco: "Entre".
Era Sophie, à qual ele evitou o olhar, fechando os olhos com força e se repreendeu por pensar no corpo de outra mulher. Como poderia se enfiar no meio das pernas de outra mulher tendo uma noiva? Ele mal conseguia encará-la agora.
"Vamos resolver isso juntos, precisa se lembrar e, o mais importante, isso o afetou de alguma forma?", ela disse com sua voz suave, carregando um peso palpável entre um suspiro e outro. "Tome este remédio, vai se sentir melhor".
Marcus abriu os olhos sem encará-la ainda e observou Sophie apertando suas próprias mãos nervosamente. "Obrigado", ele respondeu com um nó enorme se formando em sua garganta.
"Talvez a culpa disso tudo tenha sido minha por tê-lo feito espe..." Marcus a interrompeu antes que ela pudesse concluir suas palavras. "Você não tem nada a ver com isso. Talvez eu tenha me deixado levar. O pior de tudo é que não consigo lembrar... Desculpa", ele concluiu com um suspiro longo, pesaroso pelo desconforto que trouxera a ambos.
"Seus pais, irmãs e alguns amigos estão aqui, vou fazer companhia para eles. Descanse, amanhã conversamos melhor", Sophie respondeu com gentileza, depositando um beijo casto nos lábios de Marcus antes de se retirar, lançando-lhe um olhar triste antes de sair do quarto.
Marcus sentiu o peso da preocupação e da confusão em seu coração enquanto observava-a partir.
Marcus ficou ali sozinho, perdido em pensamentos, reconstituindo todas as suas ações mentalmente.
Lembrava-se claramente de sair do escritório e pedir para Allen, sua secretária, fornecer a agenda do dia. Ela detalhou todas as reuniões pendentes, e ele as anotou mentalmente, ciente das obrigações profissionais.
No final, lembrou-se do convite para um jantar beneficente, uma oportunidade interessante para networking, considerando os possíveis sócios que estariam presentes. Essa perspectiva o levou a tomar a decisão de participar do evento.
Seu celular tocou e um sorriso se formou em seus lábios ao ver no visor que era Sophie. Marcus atendeu, dizendo com carinho: "Fala comigo, meu amor".
Ouvindo os risinhos das crianças ao fundo, ele sabia que Sophie estava visitando o orfanato. Ela perguntou animada: "Você vai chegar cedo, sua mãe me convidou para o jantar?".
"Tenho um jantar beneficente agora, que tal você vir comigo?", Marcus sugeriu, esperançoso.
"Hummm... não posso, futuro esposo", Sophie brincou, provocando uma risada discreta de Marcus. "Já combinei uma noite incrível com sua família. Sentiremos sua falta", ela concluiu, e Marcus pôde imaginar o adorável beicinho que ela devia estar fazendo do outro lado da linha.
Marcus realmente adorava quando ela o chamava de futuro esposo, ansioso pelo dia em que isso se tornaria realidade. Com um sorriso no rosto, ele logo respondeu: "Não fique chateada, vou chegar a tempo para colocá-la na cama".
"Marcus!", ela exclamou do outro lado da linha, repreendendo-o de forma divertida. "Vou desligar, não demore! Te amo!", disse com carinho antes de encerrar a ligação, enquanto as crianças ao redor dela imitavam, cheias de risinhos contagiantes.
Marcus foi para o evento ansioso para voltar para sua família e se perder nos beijos de Sophie, envolvendo-se em sua maciez e no seu aroma adocicado.
Mesmo que ela o tivesse feito prometer não ir tão longe até o casamento, ele ainda assim conseguia extrair o máximo proveito quando estavam juntos, já tendo se deliciado nos carinhos com seus seios delicados.
Mas a realidade não correspondeu às suas expectativas. Marcus passou o tempo conversando e bebendo tranquilamente enquanto discutia com um possível cliente. Em certo momento, avistou Samyle, mas optou por ignorá-la completamente.
Marcus dirigiu-se ao reservado conforme combinado com o possível investidor e ali esperou por mais alguns quinze minutos.
Olhou para o relógio ansioso, mas o outro não apareceu. Frustrado por ter feito planos que não se concretizaram, ele decidiu beber mais um pouco para passar o tempo. Nesse horário, imaginou que Sophie e sua família já deviam ter terminado de se alimentar.
Então, Marcus pediu ao garçom que trouxesse uma refeição e ficou ali desfrutando da bebida disponível enquanto aguardava. Quando a comida chegou, o aroma delicioso o deixou com bastante fome, e ele começou a comer avidamente.
No entanto, assim que terminou, começou a sentir um mal-estar crescente. Tentou se levantar, mas seus reflexos pareciam lentos, até que ouviu uma voz feminina se aproximando.
"Marcus?..." A voz soava preocupada. Com receio, ele se virou para a fonte da voz, esperando encontrar Sophie.
"Piscou algumas vezes, tentando distinguir o que estava à sua frente, e finalmente murmurou: "Sophie?".
"Eu vou te ajudar", ela disse, aproximando-se e apoiando-o para ajudá-lo a se levantar. Marcus apenas se apoiou nela, permitindo-se ser conduzido por sua ajuda enquanto tentava combater o mal-estar que o assaltava.
A mente de Marcus estava confusa, lutando para distinguir a realidade dos seus pensamentos turvos. Sentiu os lábios se aproximarem dos dele e correspondeu automaticamente, mas logo percebeu que algo estava errado. As notas do perfume e o toque do beijo eram diferentes, e a consciência o atingiu abruptamente.
"Você não é a Sophie", Marcus disse, empurrando-a para longe dele, mas ela voltou com determinação, sussurrando: "Shiiii, vou cuidar de você", enquanto desprendia seu cinto.
Após esse momento, a mente de Marcus ficou em branco, lutando para recuperar as lembranças. Por mais que tentasse, não conseguia reunir os fragmentos de memória.
Fechou os olhos, sentindo-se ressentido consigo mesmo, cheio de autocrítica e frustração por ter se deixado levar. Como poderia ter sido tão descuidado? Se repreendeu severamente antes de finalmente sucumbir a um sono perturbado pela confusão e pela frustração.
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Atualizado até capítulo 161
Comments
CASSIA RIBEIRO
coitado do homem, caiu no conto da vilã
2024-05-20
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