Emma Rossi narrando:
Já se passou três dias que estou morando em Nova York e agora estou indo em direção a minha agência.
A Giulia saiu de manhã bem cedo por que ela tinha que fazer maquiagem e arrumar o cabelo para uma sessão de fotos, ela é modelo da minha agência e uma marca de roupas bem famosa se interessou por ela, contrataram a mesma para ser a modelo da marca e eu fiquei muito feliz por ela.
Depois de alguns minutos finalmente paro meu carro em frente a agência e saiu do mesmo e ando em direção ao elevador quando uma loira de farmácia me para e não me deixar subir.
— Você tem hora marcada? — perguntou a lambisgoia.
— Não — falei.
— Então não pode entrar — falou mastigando um chiclete que me deu vontade socar a boca dela.
— Querida, eu não tenho hora marcada por que sou a dona — falei.
— Vou chamar os seguranças — falou e chamou os mesmo que já me conheciam e nem se moveram.
Uma mulher ruiva muito bonita se aproximou e ficou ao meu lado.
— Desculpa senhora, ela começou a trabalhar hoje e ainda não deve a conhecer — falou ela super simpática.
— Tudo bem — falei.
— Como é seu nome querida? — perguntei a lambisgoia.
— Tiffany — respondeu.
— Então amor, olha minha foto bem ali, — apontei para uma parede onde tinha uma foto minha e a vi ficar pálida — olha bem para ela e aproveita e olha sua carta de demissão também.
Entrei no elevador e subi até o último andar onde ficava minha sala e me sentei na minha mesa e descansei minhas costas na cadeira e suspirei cansada.
Passei a mão pelo cabelo e fiquei observando o mesmo até que vi um fio do mesmo um pouco mais grosso e com uma coloração mais escura.
Levei minha mão até o mesmo e o puxei, enrolei o mesmo no meu dedo e fiquei observando ele até que percebi o que eu estava fazendo e o joguei no lixo.
De novo não! Tenho tricotilomania, só que eu não tinha mais essa mania de arrancar cabelo a muito tempo.
Desde crianças sofro muita pressão por ser a única herdeira da Rossi's model, algumas pessoas não acham problema nisso, mas tem muitos. Quanto mais alta é sua escala social mais as pessoas esperam de você e desde crianças as pessoas falam que tenho que ser melhor que meu pai ou minha mãe e eu juro que tento, mas a cada dia é mais difícil, pois quando erro todo mundo fala, mas quando acerto as pessoas falam ser minha obrigação e nunca me dão parabéns pelo meu acerto, exceto pela minha família que me apoia em tudo.
E também tem os malditos paparazzis que ficam me cercando como urubus. Quase toda semana eu saí em sites de fofocas que eles inventam sobre mim.
Eles tentam fazer a fama deles em cima de mim e criam uma personalidade minha que não existe, eu sei que não sou uma santa e acho que ninguém é, mas eles inventam muitas mentiras e no começo foi bem difícil lidar com críticas e mentiras que eles criavam, e eu sempre estava muito estressada por causa disso e tinha que arranjar um jeito de aliviar e desenvolvi essa mania e não parei mais, e quando meus pais descobriram me levaram em um psicólogo e comecei a fazer terapia e melhorei muito e já faz mais de três anos que não arranquei mais nenhum fio de cabelo, mas com todo esse stress de morar em outro país acho que voltou e eu tenho que fazer parar.
Tentei esquecer de tudo e foquei no trabalho que não era pouco.
Assinei diversos contratos e no meio de toda aquela papelada tinha um convite de um evento de moda que acontecerá daqui a um mês.
Guardei o mesmo na gaveta para depois olhar com mais calma e continuei a fazer meu trabalho.
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Atualizado até capítulo 78
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