capítulo 05

A semana passou rápido e a cada dia Laura levava novidades as aulas que eram sempre bem recebidas pelos alunos, com exceção do José que apesar de agora assistir as aulas com a cabeça erguida, não participava de nenhuma das atividades proposta por Laura, mas Laura não desistia sempre que dava se sentava ao lado de José e o acarinhava na cabeça.

Laura estava andando pelo corredor em direção a sala da diretora, quando uma semana grotesca a fez paralisar a deixar os materiais que levava nas mãos cair no chão fazendo um barulho ecoar por todo corredor.

Laura ficou pálida ao ver José jogado ao chão e uma das freiras em pé diante dele com uma enorme vara a bater no menino que usava somente as mãos para se defender das agressões, Laura sem pensar muito correu e jogou-se por sobre o menino o protegendo com o próprio corpo, ela abraçou-o e o puxou para seu peito, sentiu quando a vara acertou as suas costas fazendo soltar o gemido de dor.

_ É louca? O que pensar estar fazendo? Saia deixe eu terminar de corrigir esse enjeitado infeliz. Disse a irmã aos gritos para Laura que sentia as suas costas queimando, mas não arredou um centímetro de cima da criança que agora a abraçava como que pedindo socorro.

_ Não vai mais por um dedo nele, já não basta o que já sofreu até aqui, não tocara mais nele, Laura falou se levantando e colocando a criança assustada atrás de si._ Ele é só uma criança que passou por muita coisa ruim, não precisa sofrer mais.continuou a falar olhando a freira a sua frente com um olhar desafiador, ela sentiu a criança agarrada a sua cintura por trás com a cabeça baixa.

_ O que está havendo aqui? Questionou irmã Margarete enquanto vinha pelo corredor em passadas apressadas.

_ Irmã Rosália o que ouve? Questionou mais uma vez dessa vez olhando direto para a mulher com a vara na mão, que bufava de raiva por Laura a ter interrompido.

_ O problema é ela que entrou na frente e não permitiu que eu educasse esse enjeitado. Disse com olhar de ódio para o garoto que se segurava a Laura como a uma salvação.

_ O que pensa estar fazendo irmã Laura? Porque pensa que tem o direito de interferir da correção que irmã Rosália dava-lhe? Perguntou com um olhar de reprovação, o seu olhar correu da Laura ao menino agarrado as saias dela que ela protegia com a mão nas costas dele.

_ Ela não o estava corrigindo, mas sim o espancando, ele é só um menino.falou com um misto de raiva e dor pelo menino, os seus olhos estavam marejados ao qual fazia um esforço sobre-humano para não deixá-las cair.

_ vamos até à sala da irmã Madalena agora. falou a impor sua autoridade como vice-diretora._ vamos às duas. Falou olhando para as duas mulheres a sua frente.

A irmã Rosália saiu a seguir a irmã Margarete seguida por Laura que ia abraçada com José, ao chegar a porta da sala da diretora irmã Margarete bateu a porta e esperou pela autorização para entrar, assim que foi autorizado Margarete entrou com as outras duas mulheres e o menino agarrado a Laura.

_ bom dia! O que ove, o que traz voces a minha sala com essa criança? Perguntou calmamente irmã Madalena. Olhou para as três mulheres a sua frente aguardando uma resposta.

_ Eu as encontrei a discutindo em voz alta no corredor chamando a atenção de todos, faltando com o respeito com essa instituição Falou irmã Margarete com ar de indignação.

_ O que levou a isso?, quis saber Madalena.

_ Eu estava a corrigir esse...

_ corrigir nada a senhora estava o espancando com uma vara, ele é pequeno indefeso não tem o direito de fazer tal maldade com ele.falou apertando José contra o seu corpo sem perceber.

_ Se não os corrigir dessa forma não virara homem de bem, não vê de onde ele veio? Falou fuzilando Laura com o olhar.

_ Ele não tem culpa de onde veio, e isso não justifica trata lo dessa forma.falou Laura devolvendo o mesmo olhar.

_ chega às duas! Falou irmã Madalena._ não quero que isso se repita novamente, aqui não é lugar para esse tipo de comportamento ainda mais vindo de duas servas do senhor.repreendeu as duas mulheres a sua frente._ irmã Laura está aqui a pouco dias ainda não tem total conhecimento das regras e ordem impostas aqui, então sugiro que adapte se, pois não gostaria de ter que lhe enviar de volta ao convento. Falou calmamente olhando nos olhos de Laura que brilhava de raiva.

_ Irmã Madalena, eu aprendi que todas as crianças são anjos de Deus, Cristo disse vinde a mim as criancinhas, pois delas é o reino dos céus, como a senhora pensa que Deus nosso pai está vendo a nós aqui maltratando os seus herdeiros naturais do reino deles, açoitando as criancinhas que ele nos confiou para proteger? Perguntou indignada.

_ Bom, mas eles precisam de correção. Falou irmã Rosália, tentando justificar o que fizera.

_ Pode se corrigir sem maltratar, com amor é capaz de ter melhores resultados que a violência. Falou Laura agora acariciando o cabelo do menino que escutava a tudo sem se soltar de Laura.

_ irmã Rosália e irmã Laura não quero que isso que foi presenciado hoje pela irmã Margarete se repita. Concluiu sem dar ouvidos a nenhuma das argumentações._ E só uma coisa está suspensa a partir de hoje todas as correções físicas. Declarou irmã Madalena. Laura não conseguia disfarçar o sorriso de felicidade, ao contrário das outras duas mulheres que ficaram com um olhar de espanto para irmã madalena._ Agora podem se retirar por favor. Falou apontando a porta as costas das mulheres, que foram saindo, mas quando Laura estava para sair com a criança abraçada a si, ouviu irmã Madalena a pedir para ela esperar.

_ Irmã Laura, aguarde um, estante. Disse fazendo Laura voltar e olhar para irmã Madalena._ Irmã o que fez foi corajoso e estúpido. Falou inclinando o corpo para cima da mesa olhando nos olhos dela._ o que esse garoto tem de especial? Perguntou a olhar no menino que se mantinha preso a saia de Laura com a cabeça baixa.

_ Ele é especial, não sei-te explicar o quanto. Falou alisando os cabelos cacheados do menino.

_ pois de hoje em diante ele será responsabilidade exclusiva sua. Falou firme._ E

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