O banquete regado de muita dança, de muitas músicas, mas o rei sentado sobre o trono estava pensativo e completamente ausente, ainda pensará na traição da sua esposa, como digerir tudo aquilo, o que fizeram com a sua primogénita, eram tantas perguntas que desviavam o foco do monarca.
A sua comparsa nessa trama com certeza ganhara alguns pontos com o rei a serviçal de nome Lúcia foi bastante producente, e bastante descritiva. Foi então que Albert decidiu falar com o seu conselheiro, ergueu do trono e cruzou o salão, o seu conselheiro estava tratando de alguns assuntos mercantis, com nobres locais, não notou quando Albert o abordou, o rei solenemente diz a Felipe:
— Conselheiro gostaria de conversar contigo, perdoe-me senhores, tenho assuntos a tratar que requerem a delicadeza do meu conselheiro. Albert toca o ombro do seu amigo Felipe e gentilmente tira da conversa, recebendo dos comerciantes uma reverência, ao sair do local Felipe protesta franzindo a testa e diz ao rei:
— O meu rei, espero que seja sério o assunto que queira tratar comigo, pois eu estava a negociar, e tenho boas notícias...Mas o rei o interrompeu, ele retrucou o homem:
— Conselheiro Felipe, temos que a nossa rainha, está morta, eu apaguei, praticando magia, também temos pela vida da minha filha amaldiçoada por seus encantos. Felipe nesse momento olha para o rei, sorrir apenas sorrir, fazendo com que o rei Albert fique completamente confuso e irritado, Albert segura Felipe aos braços e pressiona ele contra a parede de pedra, olha para os lados como se quisesse esconder o que iria fazer, e o retruca:
— Felipe, seu louco, você enlouqueceu, o meu Reino está em frangalhos, não é possível que você não perceba isso. Albert olha fixamente para Felipe e o mesmo responde com uma voz delicada, tranquila e serena:
— Calma lorde Albert, ou melhor, imperador Albert eu tenho uma resposta para as suas dores, venha comigo, vou explicar melhor, mas não aqui, vamos para o mirante.
Felipe conduz o rei que agora está perplexo, o segue confuso, os dois caminham vagarosamente até o mirante que recebe outrora a fúria do grande rei sobre uma estátua.
O sol começa a surgir atrás do castelo e a lua está quase no limiar do Horizonte, os guardas sairam, pois o turno da noite havia sido encerrado, então misterioso serviçal fica de costas para beirada de pedra Branca do Castelo olha para os olhos do rei, depois olha para o forte cuja pedras agora atingidas pelo raiar de um novo dia, e as bandeiras tremulam com frescor da brisa marítima então das suas vestes negras ele tira um pergaminho e disso:
— O meu rei, o que tenho nas minhas mãos, é nada mais do que a informação mais importante para o ocorrido, tu deves se casar novamente, mas não agora, deixe comigo, iremos firmar um acordo comercial com o reino rebelde de Ária.
O reino rebelde de Ária, era, na verdade um ducado, do grande rei elfo Edrick, há séculos atrás o ducado decidiu se separar do reino principal, furioso Edrick lançou uma maldição nos elfos rebeldes e decidiu por um fim na sua teimosa e ousadia manobra, removendo toda a magia dos elfos. Mas os elfos rebeldes desenvolveram uma ciência única, alquimia, misturando determinados componentes minerais e orgânicos retirados de criaturas mágicas ou não, esses compostos simularam magias, técnicas arcanas e venenos poderosíssimos, o reino ainda está em guerra, mas com certeza uma aliança entre reinos talvez resolvesse o problema. Após pensar um tempo, o rei respondeu ao seu fiel conselheiro:
— Brilhante sem dúvida você é brilhante, porém a sua estratégia tem uma falha, e tal falha é inaceitável, pois, quer que eu enfrente dois Reis elfos em simultâneo? Felipe deu de ombros fazendo uma negativa com a cabeça e respondeu à pergunta do rei:
— Não o meu rei de maneira alguma faria algo tão estúpido, porém os meus contatos na companhia mercantil disseram-me algo intrigante…
— Eles contaram-me que os reis elfos disputam quem vai sentar sob o conselho élfico dos 6 reis, tu sabes, oh meu nobre senhor que os reis elfos se juntam num conselho, para tratar de leis e reunir forças contra os seus inimigos.
O reino élfico diferente dos reinos humanos possui uma forçada aliança entre eles, tal aliança é a aliança dos reinos élficos, um conselho de Reis, tais monarcas obrigatoriamente precisam obedecer ao chamado, mas com uma nova nação élfica surgindo, isso pode pôr em cheque a sua aliança, ainda assim seria uma aposta arriscada, pois poderia colocar os seis monarcas contra a coroa de Arkanis. o rei o advertiu:
— Tu ainda não me explicas, como eu irei parar os monarcas élficos me casando com esta pretendente que você me empurra?
O rei aperta o beiral de pedra do Mirante, neste momento conselheiro Felipe dá um abraço pelas costas e diz ao seu ouvido um sussurro tal qual uma serpente sibila diante da presa:
— Como disse, o meu rei deixe comigo eu irei implantar o medo e o terror no coração dos elfos já tenho tudo bem-planejado e até lá diga que a sua esposa devido ao parto está em tratamento, quanto à criança não temos como remover as suas maldições, mas temos como cuidar dela, ela não será sua herdeira real, teremos que achar outra criança.
Felipe ainda abraçado ao rei diz-lhe e o rei nada faz como se estivesse hipnotizado, tomado pelo sentimento:
— Antes que você confirme, eu já sei que teve um caso com a empregada do seu quarto, ela será perfeita para ter um menino, infelizmente mesmo que tenha uma criança com a pretendente elfa, ela não seria aceita pelos outros nobres do nosso glorioso reino.
O rei estava estupefato com astúcia e engenhosidade do seu conselheiro, Felipe ou solta faz uma reverência para o rei que se vira para frente ao Castelo, os guardas chegam para sua patrulha como se tudo fosse orquestrado, Albert agora regressa a seus aposentos, ciente que deve manter a descrição e continuar com o plano do seu comparsa e amante.
Distante dali nos aposentos reais a empregada cuida zelosamente da criança, apesar de deitar-se com o próprio rei ela está ciente que a saúde e segurança da criança devem ser preservados, afinal a sua posição agora estava em destaque diante do ardil de ambos, ela sabia que deveria manter-se em silêncio. A pequena Leona dormia, e a empregada termina de limpar o quarto, ao sair o rei aborda dizendo:
— Você a partir desse momento vai ficar próxima de mim, creio que posso-te dar muito mais daquilo que você já recebe como uma simples empregada, já falei com a empregada chefe, não quero mais ninguém cuidando dos meus aposentos, caso tenhamos um filho quero que ele seja herdeiro do meu trono.
Ele segura o braço da empregada e a adverte:
— Não quero que conte a ninguém, e eu disse a ninguém, ou irei negar tudo e não só isso eu irei matar você, você deve manter tudo extremo sigilo se ficar grávida deve comunicar-me primeiro você receberá os aposentos pessoais da minha antiga esposa, também deverá falar para todas as empregadas que a minha esposa está em tratamento devido ao difícil parto que ela teve, estamos entendidos?
Ele toca nos lábios da mulher e apenas com os olhos aguarda ansiosamente uma cena comprovando que ela confirma com todos os termos.
Assim a empregada, olhando diretamente nos olhos do rei, os seus olhos estavam completamente vazios tomados pelo sentimento de intriga, ela confirma a sentindo com a cabeça, ele beija-a e o seu beijo nada tinha de desejável, era frio, seco e mecânico, ainda assim ela se sentia com o controle de algo muito maior, algo que jamais sonharia em ter mesmo que fosse a melhor de todas as empregadas do palácio, ela jamais teria isso. Após terminar o flete proibido e provocativo, o rei entra nos aposentos e a sua amante segue para os corredores, indo para ala de empregados.
Assim que o sol sobe a pino, após todas as festas, um homem com vestes escuras e um cajado deseja desesperadamente entrar dentro do Castelo, os guardas o abordam, ele sorri sob o capuz que esconde o seu rosto ele faz uma breve referência e diz para os homens:
— Os meus ilustríssimos camaradas guardas do Castelo do glorioso rei Albert, senhor dos cavaleiros leões, mestre da cavalaria em primeiro grau, regente das terras douradas, estou aqui para servir, o meu nome é Radasky, peço uma audiência com o rei imediatamente.
Um dos guardas entra para o interior da construção e ambos com as suas lanças em punho impedem que o homem avance um único passo, passado algum tempo Felipe, o conselheiro do rei, pede para que os guardas abaixem as suas armas e fala diretamente com o convidado inesperado:
— O guarda disse-me que você estava disposto a servir o meu rei, quem és tu?
Felipe olha dos pés à cabeça do homem que vestia peles e roupas de camponês, ele acreditava firmemente que o homem nada mais era do que um viajante, um mendigo que nada pudesse fazer para agradar o rei:
— Como disse meu Gentil senhor eram Radasky, eu vim de muito longe para servir o rei, soube que ele teve uma filha? — Estou correto disso?
Felipe ficou surpreso com a fala do homem, afinal ninguém sabia a não ser ele e o próprio rei, e ao julgar pelas roupas seria completamente impossível ele ter um contato no Castelo exceto se conhecesse a criadagem, mesmo após 3 dias do nascimento da criança. Então perspicaz conselheiro responde a Radasky:
— Compreendo e diga-me então como você serviria o meu senhor? Rapidamente o homem responde ao conselheiro:
— Me encarregarei de servi-lo como preceptor da sua criança, não se preocupe, não sou mago e não tenho habilidades mágicas, na verdade, eu sou um espadachim poderoso.
O conselheiro vendo homem fica intrigado o convida para entrar e tomar um pouco de chá enquanto os guardas retomam seus postos.
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Atualizado até capítulo 37
Comments
ZonZon
Encaixou-se perfeitamente em mim.
2023-09-09
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