05

Thomaz Castro

Quando me falavam que o dinheiro não comprava felicidades, eu dava risada da pessoa.

Claro que o dinheiro compraria felicidades, eu tenho bastante dinheiro, mas não sou de fato feliz.

Tenho uma vida totalmente conturbada com o meu pai, e agora a minha noiva terminou comigo sem nenhum motivo.

– Liz, espera- falo indo atrás dela.

– não temos mais nada com o que conversar Thomaz, só acabou.- ela diz sem parar de andar.

– acha que pode terminar um relacionamento de dois anos e o nosso noivado na merda de um bar ?.- falo assim que ela chega em frente ao carro dela.

– eu termino com quem eu quiser a hora que eu quiser.- ela fala se virando pra mim.

Entro no carro dela assim que ela abre ele e ela bufa.

– você nem tá me dando a merda de um motivo.- falo e ela revira os olhos.

– a gente tá brigando mais do que o normal, eu não aguento e nem tenho que aguentar isso.- ela diz e eu respiro fundo e apenas concordo.

– ok, mas Liz, todos os casais brigam é a coisa mais normal do mundo, pensa direito no que está fazendo, você está terminando a porra do nosso noivado na porra de um bar.- falo estressado.

– é, eu terminei com você na porra de um bar agora sai da merda do meu carro antes que eu chame a polícia.- ela diz e eu dou um sorrisinho fraco e saio do carro batendo a porta.

Ela ainda demora muito pra dar partida no carro e ir embora me deixando ali.

Vou na direção do meu carro e logo estou voltando pra casa.

Não vou descontar a minha raiva em bebidas, não na rua.

Assim que chego no meu apartamento ligo pro giovanni e pro Vitor.

Não demora muito pra eles chegarem, com as mãos cheias de álcool.

– mas o que porra ela tem na cabeça que terminou o noivado em um bar?.- o Vitor fala assim que me vê.

– eu não sei, não entendi nada, a gente estava brigando bastante ultimamente por motivos que ela mesmo procurava, mas eu achei que fosse normal.- falo pegando a garrafa de vodka da mão no meu irmão.

– não é querendo piorar a situação não, mas parece que ela já estava fazendo de tudo pra terminar.- o Giovanni fala.

– ah, você acha?.- ironizo.

– se eu fosse uma mulher eu não te deixaria, você é bonitão e rico.- o Vitor diz e eu dou risada.

– mas relaxa, vou descobrir o por que disso tudo.- falo e abro a vodka e começo a tomar do gargalo. – e minha boca secretaria, ela estava lá no bar não sei se ouviu alguma coisa, espero que não por que quando eu chegar na empresa vai estar cheia. - falo secando a boca.

– secretaria nova?.- o Vitor fala. – o Heitor conseguiu em tão pouco tempo?.- ele pergunta e eu concordo.

– segunda é o primeiro dia dela, é bonita pra caralho, me chamou de idiota achando que eu não tinha escutado.- falo lembrando de ter batido nela sem querer e acabei sendo grosso demais por estar de mal humor.

– o que você fez pra ela te chamar de idiota?.- o Giovanni pergunta.

– eu tinha brigado com a Liz, estava de mal humor e acabei batendo nela sem querer e acabei sendo grosso.- falo dando de ombros.

– pobre menina, mal entrou na empresa e já conheceu seu lado insuportável.- o Vitor fala.

***

Fiquei surpreso ao ver que a Maria Fernanda, era pontual. Ela estava com a xícara de café em mãos em pé ao lado da sua mesa.

Não que eu seja um pervertido ao algo do tipo, mas foi impossível não olhar todo o corpo dela, a saia que mostrava bastante suas curvas, as pernas grossas....

Foca, Thomaz. Você nunca se sentiu atraído por outra mulher que não fosse a liz.

– bom dia, senhor Castro.- ela diz me olhando.

– bom dia, café sem açúcar?.- falo e ela concorda e eu pego das mãos dela. – pode me passar o que vou fazer hoje e os recados.- falo indo em direção a minha sala e escuto os barulhos do salto dela e logo ela vem atrás de mim.

– o senhor tem uma reunião hoje às nove da manhã com a equipe de São Paulo, depois do almoço as duas da tarde vai ter outra reunião com o pessoal do financeiro o resto do dia livre.- ela diz sem precisar olha pro tablete em suas mãos.

– algum recado?.- pergunto e ela nega. – obrigado, pode ir.- falo e ela concorda e logo se vira pra ir embora.

Tento não olhar pra bunda dela então abaixo a cabeça.

***

Uma coisa ruim?

Ter que ver a liz andando por aí, ela trabalha aqui na parte do financeiro. E a reunião que terei com ela mais tarde está me deixando ansioso.

– pode ir pro seu almoço.- falo ao sair da sala e ver a Maria Fernanda.

Maria Fernanda, nome grande pra se falar.

Chamo o elevador e ela aparece do meu lado segurando a bolsa dela.

– conhece algum lugar pra almoçar aqui por perto?.- pergunto e olho pra ela.

– não, mas vou junto com o Heitor.- ela diz e eu concordo.

O elevador se abre e deixo ela entrar primeiro e logo entro também.

O elevador se abre novamente no andar onde a liz trabalha, e adivinha quem entra no elevador?