Maria Fernanda
– amanhã meus pais vão fazer um churrasco, por que quer beber hoje?.- falo enquanto estou entrando no Uber. – aliás, onde está me levando?.- pergunto e ela entra no carro.
– aquele bar que a gente ia.- ela diz e olha pro motorista. – boa noite.- ela diz e o homem responde com um boa noite e confirma o endereço.
– aquele que se paga quase 20 reais num drink colorido e com gosto horrível?.- falo e ela concorda rindo.
– lá tem cerveja, e não se preocupa vou comprar aquela torre de cerveja.- ela diz e eu apenas concordo.
Assim que chegamos lá tinha algumas pessoas dançando uma música de pagode.
A Livia pede a cerveja e eu fico sentada em uma das mesas do lado de fora.
– e pedi o rodízio de carne por que tá muito cheirosa.- a Livia fala ao chegar e senta na cadeira a minha frente.
– então dá tempo de ir no banheiro, já volto fica com a minha bolsa.- falo e pego apenas o celular antes de ir na direção do banheiro.
– terminar?.- escuto uma voz grossa que conheço bem.
É o meu novo chefe?
Diminuo os passos apenas pra escutar.
– É, Thomaz, eu quero terminar.- uma mulher fala sem paciência.
– você quer terminar um relacionamento de dois anos, estamos noivos liz.- ele fala e eu vejo que já estou chegando perto de onde eles estão.
– eu sei, mas não tá dando mais, não estamos dando certo eu sinto muito mas acabou.- a tal liz fala e eu apareço e os dois me olham e param de conversar.
O meu chefe parece não me conhecer então eu entro no banheiro feminino e deixo a vida dos outros pra lá.
Quando eu saio eles já não estão mais lá e eu volto pra onde deixei a Livia.
A cerveja já estava lá e já tinha carne na mesa.
– eu vi o seu novo chefe passando indo atrás de uma mulher, ele parecia desesperado.- ela diz e eu arqueio a sobrancelha.
– eu escutei a conversa dos dois, ela terminou o noivado com ele.- falo e ela me olha surpresa.
– ele era noivo?.- ela pergunta e eu concordo.
– ela disse que não estava mais dando certo então terminou o noivado.- falo enchendo meu copo com cerveja.
– como que termina um noivado com um gostoso daqueles?.- ela diz colocando um pedaço de carne na boca.
Dou de ombros e mudo logo de assunto, Livia e eu conseguimos ser bastante fofoqueiras quando queremos. Qualquer coisinha é motivo da gente estar falando mal da vida alheia e depois falar que não somos ninguém pra julgar.
Passamos a noite naquele bar nos divertindo com o pagode que estava tocando até decidirmos ir pra casa.
***
– Fernanda, você colocou o sal nas carnes?.- a minha mãe pergunta quando me ver comendo o mousse de morango.
– já é está ali na geladeira esperando o papai colocar fogo na churrasqueira.- falo e encho a minha boca com a última colher de mousse.
– tia, cheguei.- escuto a voz da Lívia e olho pra ela que entrou em casa com um fardo de cerveja.
– não precisava trazer nada, já te disse isso mil vezes.- a minha mãe fala pegando a cerveja da mão dela.
– e as mil vezes eu sempre trouxe alguma coisa, agora fica quietinha e coloca na geladeira.- a Livia diz e a minha mãe revira os olhos.
– não gosto dela.- minha mãe diz olhando pra mim.
Deixo as duas lá e vou pro quintal onde estava o meu pai tentando acender o fogo, minha irmã arrumando a mesa e a Luci andando de um lado pro outro atrás de comida.
***
Segunda-feira, acordar às seis da manhã pra ir trabalhar.
Estou aqui tomando meu café da manhã junto com a minha irmã e meus pais.
– espero que seu primeiro dia lá seja incrível.- minha mãe diz me dando um beijo no topo da cabeça.
– também espero, bom.- falo me levantando depois de comer tudo. – vou escovar os dentes eu vou indo, uma das coisas que ele falou era que odiava atrasos e eu não vou me atrasar no meu primeiro dia de trabalho.- falo e vou pro banheiro, escovo os dentes e logo estou saindo de casa junto com a minha irmã.
O ônibus demora um pouco pra chegar mas assim que chega entramos e vamos o caminho todo em pé.
Eu descia primeiro que a minha irmã então assim que chego no meu ponto me despeço dela e desço do ônibus.
Olho pro prédio enorme do outro lado da rua e a empresa onde a Livia trabalha, sei que ela já está lá por que ela pega mais cedo.
Atravesso a rua e entro no prédio, vou até a mesma mulher da última vez e ela dessa vez sorri fraco porém gentil.
– pontual, gostei.- escuto a voz do Heitor atrás de mim e me viro na direção dele.
– ele me disse que não gostava de atrasos.- falo dando de ombros.
– e de fato não gosta.- ele diz e pega o crachá dele e coloca no leitor da catraca e logo ele passa.
– aqui está o seu, é só passar no leitor e passar, é nessa catraca que você bate o ponto, mas a do intervalo é lá em cima na sua mesa.- a mulher explica e eu pego o meu crachá com a minha foto.
– obrigada.- falo e passo pela catraca.
– vamos lá, meu andar é o de baixo do seu, se no intervalo você quiser almoçar comigo eu vou amar.- o Heitor diz.
Subimos pelo elevador, ele fica no andar dele e eu vou pro meu.
Vejo o horário pelo relógio em meu pulso, então começo a preparar toda a agenda e pegas os recados pro senhor Castro e quando vejo que já está chegando a hora dele chegar vou fazer o café dele, sem açúcar e bastante quente como ele mesmo pediu.
Assim que chego na minha mesa vejo a hora e é exatamente oito da manhã quando a porta do elevador se abre.
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Atualizado até capítulo 65
Comments
Helena Ribeiro
Vamos lá classe trabalhadora
2024-11-10
1
Vanda Valdea Souza
paidegua 🌹
2024-10-18
0
Krisca Cavalcante
kkkkkk
2024-10-02
1