Música do capítulo: " Breakfast - Dove Cameron
🟰🟰🟰🟰🟰🟰🟰🟰🟰🟰🟰🟰
Paro em frente a porta de madeira maciça do quarto. O sol da meia-noite é a boate de mais requinte de Moscou, se bobear, de toda a Europa. Com os seus quartos de alto padrão, tapeçarias persas feitas a mão e design provençal. Os quartos, fazem você se sentir em um palacete, e o meu, não deixa a desejar. Respiro fundo antes de abrir a porta.
O belo homem está apoiado sobre a cômoda, tomando mais um copo de whisky. Havia perdido para Mine deixar o whisky mais caro da casa, porém, sem gelo. Ele deveria aprender como degustar algo tão requintado. O seu olhar se dirigiu a mim, não dos pés à cabeça como os homens me olham ao entrar, o seu olhar veio direto para os meus olhos, cobertos pela máscara. Agora, podia ver de perto seus olhos, intensos e profundamente misteriosos, azuis turquesa, mas, o esquerdo é parcialmente marrom. O seu maxilar era marcante, com um furinho no queixo, sutil. Um pequeno riso escapou da sua garganta ao perceber uma das minhas sobrancelha erguida.
— Imagino que a Feiticeira não traz os garotos para o quarto apenas para embebedá-los. — A sua voz era tão grave e sensual quanto um fagote. — Ou é?
— Não. — respondo caminhando até ele, retiro o copo da sua mão, tomando o restante de whisky enquanto lanço um olhar sensual. — Nunca te vi aqui, é novo na cidade? — sondo servindo dois copos de bebida, uma risada sarcástica parte dele.
— Digamos que não. — ele brinca com a fita de cetim da máscara. — Suponho que a máscara irá ficar. — o entrego o copo.
— Não há Feiticeira sem a máscara. — arqueio uma sobrancelha. — Assim como não há nomes ditos neste quarto.
— Muito bem, mas, eu não trepo com qualquer mulher. — Rio de escárnio.
— Trepa? Linguajar chulo para um homem que veste Kiton. — os seus olhos se comprimem levemente. — Vejo que te deixei sem palavras.
— Evidentemente a senhorita entende de alta costura e bom gosto. — sorrio me sentando na cama, cruzando as pernas lentamente.
— Eu estar aqui, não significa que seja ignorante. — Ele assente — Diga-me, o que te trouxe aqui, ao Sol da meia-noite?
Ele retira o blazer, se acomoda na poltrona ao lado da cômoda, desabotoa as mangas da blusa e cruzando a perna sobre a outra.
— Precisava relaxar, e um amigo já havia comentado sobre o lugar. Havia me informado a respeito de uma ótima dançarina, que não aparecia todas as noites, porém, acredito que seja minha noite de sorte.
— Talvez. — respiro fundo — Mas como disse, você não trepa com qualquer mulher. Então, perdeu o seu tempo. — Ele ergue o queixo balançando o pé.
— Não quero trepar com você, raposinha, mas, te levar ao paraíso.— arqueio uma sobrancelha— Ou se preferir, mostrar a intensidade do inferno. — Rio de escárnio.
— Como? — Questiono.
— Te mostro.— Afirma — Com uma condição. — Expirando, me ajeito um pouco na cama. Devo prosseguir e ver onde isso irá me levar. Se for perigoso, é ainda mais excitante.
— O que você quer? — a sua língua umedece os lábios antes de responder.
— Me diga, porque me escolheu? — respiro fundo, soltando o ar lentamente.
— Confesso que você me deixou curiosa, completamente intrigada. É raro um homem conseguir despertar tamanho interesse da minha parte. — Agora é a vez dele arquear uma sobrancelha.
— Geralmente eu provoco isso nas mulheres.
Além de frio, ele é excêntrico e arrogante. Estou curtindo, só um pouquinho. O fato dele não estar jogado no chão, lambendo os meus pés ou o chão que piso, é a causa disso.
— A sua tatuagem tem algum significado? — os seus lábios se esticam ainda tomando a bebida, uma covinha começa a surgir do lado direito.
— Tem... — espero uma explicação, mas, parecia ser tudo à respeito que ele iria dizer. — E o seu nome artístico? — limpo os lábios com a língua após mais um pouco de bebida.
Nenhum dos caras que privilegiei com a minha presença neste recinto, questionou-me sobre o meu nome artístico. Claro que, tiraram a conclusão pela veste escarlate, pelo poder de presença que a heroína possui, assim como eu, quando estou naquele palco.
— Tem... — respondi, dei a ele a mesma resposta incógnita. O seu olhar se comprimiu na minha direção, tentando penetrar através dos meus olhos. Como se quisesse obter alguma resposta através da minha alma.
— O que pretende fazer? — Sorri sem mostrar os dentes erguendo a sobrancelha.
— Reformule a pergunta. — Ordenei. Mais um riso partiu da sua garganta.
— O que quer fazer? — Mordi o lábio.
— Que se submeta a mim. — Nem uma reação ou resposta imediata.
Silencio por um longo momento, ele estava me analisando, analisando as opções. Ele tinha o porte de um dominador nato, e parecia ser difícil se submeter ao meu pedido. Respirando fundo, começou a bater o indicador no queixo pensativo. Predador... Visivelmente, ele era um predador.
— Para isso, vamos ter que fazer um acordo.
— Acordo? — O que ele pretendia com aquilo? A minha curiosidade me faz dar corda a sua ousadia. — Como seria este acordo?
— Digamos que eu me permita ser dominado! Você me daria exclusividade? — Rio de escárnio.
— A Feiticeira não é exclusiva de alguém.
— Não quero a Feiticeira, mas, a mulher por trás da máscara. — Me levanto incomodada com o que disse. Me sirvo mais uma dose.
— A mulher debaixo da máscara não está em negociação. — Ele me puxa pelo braço, me sentando em seu colo. Desliza a mãos por minha coluna até meu pescoço, me olhando nos olhos.
— Você é uma raposinha astuta, mas, eu posso facilmente abater você. Prende-la em minhas armadilhas. — Levo a boca próximo a seus lábios, quase encostando nos dele. Em seguida, direciono para seu ouvido.
— Duvido que consiga... — Ele aperta minha coxa. — Sou uma loba sedenta e insaciável, será difícil me capturar, tigrão.
Afasto lentamente o meu rosto, antes de fixando o olhar no dele, observo o seu pomo de Adão se mover. Havia uma tensão sexual tão grande entre nós naquele momento, que ele me faria gozar com apenas um puxão de cabelo.
Os seus lábios tomaram os meus subitamente, com força e firmeza constante. Sua língua buscou a minha com ardor. O seu gosto era frutado devido ao whisky, o seu beijo era quente e excitante. A sua mão agarrou os meus cabelos, não muito forte, mas, o suficiente para me forçar a ficar em sua boca.
Aqueles lábios rosados e carnudos, eram macios e completamente suculentos. Ele mal me deu tempo de respirar entre um beijo e outro. A mão que apertava a minha coxa, subiu para a cintura, me trazendo ainda mais para seu corpo. Tentei não demonstrar o quanto estava excitada, as minhas mãos permaneceram nos seus ombros o tempo todo. Quando, enfim, ele se afastou, pude respirar novamente.
— É só Isso que tem para me mostrar? — Sondei em provocação.
— Terá o céu ou o inferno se aceitar a minha proposta. — Mordo o seu lábio inferior levemente o puxando.
— A sua proposta não me beneficia em nada, como eu poderia aceitar? —me levantei pegando o copo na cômoda.
— Certo, vou acrescentar uma coisa. — seguro um sorriso.
— Sou todo ouvidos.
— Deixo você escolher onde e quando. — rio de escárnio.
— Como é generoso! Posso te dar exclusividade apenas da Escarlate, mas, jamais da mulher por trás da máscara.
— Já é um começo. — Afirma me estendendo a mão — Estamos acordados então? — Pego a sua mão, lhe dando um aperto firme.
— Com as minhas regras e limites. — Ele sorri torto assentindo.
— Com suas regras, raposinha.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 49
Comments