5 CAPÍTULO

Por que sinto minhas pernas presas e os meus braços também? Ao abrir meus olhos, estou em um lugar bastante claro, tendo mover meu corpo mas pelo que parece estou amarrado em uma cadeira. Como isso foi acontecer? Pelo que me lembro naquele clube alguém colocou um pano na minha boca com boa noite cinderela.

Benjamim fica confuso no porque está naquele lugar, de repente aparece o homem que fez o sequestro. Ele se assusta.

Quem é esse cara? Mas por que sinto que lembro dele de algum lugar? Mas não estou conseguindo lembrar direito.

- Acho que deve estar difícil para você se lembrar de mim né?

- Quem é você? Por que me amarrou?

- Se lembra daquela pessoa que você humilhou no segundo ano?

- Por acaso você é o Thiago?!

- Então você se lembra.

Benjamim se vê em um problema bem grave.

Naquela época ele se confessou para mim, mas fui obrigado a humilha-lo para ninguém descobrir que sou gay e sujar o nome da minha família. Eu sei que eu errei mas não precisava dele ter que me sequestrar, afinal o que Thiago quer comigo?

- Mas por que você me sequestrou?

- Vou te mostrar a dor que senti pela humilhação que me fez passar.

Thiago pega um cigarro com a porta quente e caminha lentamente.

Benjamim sente uma pontada no peito e estremece ao ver o olhar frio e sorriso psicopata de Thiago.

- O que você está pensando em fazer?

Benjamim pergunta com o olhar amedrontado e nervoso.

- Simples, com essa ponta de cigarro irei fazer uma pequena queimadura na sua pele intocável.

- O que diabos você pensa que vai fazer? Não ouse chegar perto de mim!

Benjamim faz um olhar de medo e começa a gritar:

- SOCORROOO, ALGUÉM ME AJUDA POR FAVOR!

- Pode gritar o tanto que você quiser, ninguém irá te encontrar. Esse lugar é muito raro uma pessoa acha-lo.

Thiago se aproxima quando Benjamim tenta falar:

- Eu posso te dar quanto dinheiro você quiser, mas isso não por favor!

- Tarde demais, naquela época você me humilhou na frente de todo mundo, agora será minha vez de te mostrar o gosto da dor.

Thiago começa a encostar o cigarro na pele de Benjamim que amarrado não consegue impedir. Começa a sentir uma dor insuportável daquela ponta quente do cigarro, que ainda por cima é enfiada no seu braço o fazendo gritar.

- Ótimo, agora vamos a outra parte.

Benjamim o olha traumatizado:

- Não, para por favor, eu sinto muito mais tive que fazer aquilo. Se não o emblema da minha

Thiago estava nem aí para o que ele estava falando e suplicando, apenas pega um taco de beisebol e bate nas pernas de Benjamim que grita bastante com a dor. Logo em seguida é atingido com vários socos no estômago e no rosto. Acaba saindo sangue de sua boca.

- É difícil né suportar a dor?

- Eu quero que você morra seu desgraçado.

- Então vamos ver se você ainda consegue conversar depois que eu o enforcar com uma linha de anzol bem fina.

Thiago começa a enrolar no pescoço de Benjamim que já imagina despedir desse mundo e esperar a próxima encarnação.

Mas antes que isso pudesse acontecer, a porta é arrombada por uma pessoa que já corre na direção de Thiago o espancando brutamente e dizendo:

- Morra seu filho da puta miserável.

Thiago vê meio embaçado aquela pessoa de cabelos brancos totalmente furiosa o espancando atravéz de socos.

Como já estava muito machucado, Theodore deixa Thiago no chão e corre para Benjamim o desamarrando e pegando nos braços.

Finalmente a polícia chega e bate em cima de Thiago o levando algemado. Theodore nesse momento ao ver o estado de Benjamim todo choroso, traumatizado e machucado bastante fica com muito ódio daquele homem querendo mata-lo. Mas fica um pouco mais calmo quando a polícia o leva. Pois não mancharia suas mãos de sangue.

Theodore diz ao policial:

- Vou levar ele comigo para minha casa. Lá ninguém encostara um dedo nele para machuca-lo.

- O que você é do rapaz senhor?

- Namorado dele.

O policial confirma. Benjamim olha para Theodore e fica feliz ao velo, limpa a mancha de sangue que estava no rosto dele.

- Me desculpa por não ter chegado mais cedo.

- Você é incrível Theo, estou feliz por você ter me encontrado em um lugar quase impossível.

Theodore passa a mão no cabelo de Benjamim:

- Vou atrás de você até o impossível. O levarei para minha casa.

Theodore da de cara com Matthew que vendo o filho naquele estado nos braços dele pergunta:

- Como meu filho está Theodore? O que aconteceu ?

- Ele quase foi morto por uma um homem.

Matthew fica sem reação alguma e diz:

- Me deia ele, daqui eu assumo.

- Não seria bom você o ver por enquanto Matthew. Sophia me contou que você agora já sabe sobre a sexualidade dele. Acho melhor ele ficar na minha casa uns dias, não tenho problemas com isso.

Realmente acho que meu filho ficando na casa do Theo seria melhor por um tempo e mais seguro também. Preciso ainda encarar o fato de ter uma conversa séria com Benjamim. Ainda bens que tenho um amigo tão bom como ele é, me ajuda bastante.

- Está bem Theo, deixarei ele sobre seus cuidados.

- Sim senhor. Agora já vou indo até mais.

Theodore põe Benjamim sentado no banco da frente e entra. Dirige até chegar em casa. Leva ele no colo e o deita no sofá.

- Olha como aquele desgraçado deixou você.

- Porque me trouxe para sua casa? Deve estar se sentindo enojado de mim nesse estado.

- Não fala assim, me dói ouvir isso. Eu nunca vou ter nojo de você. Afinal estou sentindo a dor que você deve estar sentindo com esses machucados.

Theodore abraça Benjamim e o conforta.

Não pensei que ele fosse tão frágil, quando o vi todo machucado diante daquele psicopata senti algo ferver dentro de mim. Se eu não tivesse chegado antes, era capaz deu perde-lo. Mas ainda bens que cheguei a tempo. Fico pensando no que Matthew irá conversar com ele, não quero que ele machuque mais meu pequeno. Perai “ Meu “ ? Eu ainda tenho que acertar aquele pequeno negócio. Vou esperar ele se recuperar mais desses machucados. Quando faço gesto de sair, ele gruda mais forte em mim, então acabo ficando. Passo a mão na cabeça dele fazendo o que chamam de carinho.

Depois de um tempo sinto que ele acabou dormindo. O deixo aqui por poucos segundos e ajeito meu quarto para ele dormir. Levo-o até lá o deitando na cama pondo a coberta encima.

Me restou dormir no sofá, mais não me importo.

O dia amanhece, Benjamim acorda e sente que essa não é sua cama.

Como eu vim parar aqui? Há lembrei, mas onde o Theo dormiu já que estou na cama dele? Estou achando essa cama um pouco mais macia que a minha. Levanto e vou até o banheiro que tem no quarto dele, vejo uma toalhinha de enxugar rosto.

Quando o lavo com a água na pia, enxugo com a toalhinha e sinto o cheiro suave dele. Me faz ficar confortável. Caminho ate a sala e o vejo se levantar do sofá.

Theodore percebe que Benjamim havia acordado, indo até ele o abraça e diz:

- Você está bem agora?

- Me sinto melhor, os machucados não foram muito graves, mas eu não estou te incomodando?

- Para de pensar isso, você aqui me faz confortável. Me desculpe naquele dia que eu não pensei em você e foquei apenas nos seus pais. Afinal eu percebi que também gosto de você bem mais que um simples amigo.

Sinto essas palavras tocarem em meu coração de uma força especial, apoio minha cabeça em seu ombro e digo:

- Eu queria você ao meu lado.

- Vou ficar, eu quero você também ao meu lado.

- Eu ficarei, até porque não deixarei ninguém encostar em você.

Em casa Sophia caminha de um lado para o outro preocupada com o irmão. Ainda mais por ele ter que ficar na casa de Theodore que o aceita ser gay. Mas pelo menos imagina que o irmão deve estar feliz do lado de alguém que gosta e esquecer o que aconteceu naquela noite.

Mas se pergunta como foi que Theodore chegou a tempo. Iria pergunta-lo.

Theodore olha o pescoço de Benjamim e diz:

- Eu deveria ter matado aquele desgraçado que ousou deixar marca nesse lindo pescoço.

- Já passou, está tudo bem agora.

Sinto que Theo está bastante preocupado comigo, fico totalmente impressionado quando ele pega no meu rosto e me beija nos lábios. Correspondo o beijando também, seguindo aquele ritmo de movimentos leve. Eu acho que a primeira vez de nois dois.

Mas apesar de ser isso, ele está se saindo muito melhor que eu. Finalmente um beijo com a pessoa que eu gosto. Por estar achando o momento bom, começo a passar a mão nas costas de Theo, que me levanta fazendo eu ficar sentado em seus braços me segurando de frente.

Se senta no sofá comigo, ficamos apenas no beijo quando eu digo:

- Você é incrível até nisso.

- Mas isso é por causa de você, vou faze-lo esquecer aquilo que aconteceu.

Benjamim é tão macio, porque não aceitei-o de primeira? Mas agora não deixarei ninguém encostar nele.

Esse garoto me faz tanto quere-lo só para mim.

Beijo o pescoço dele. Assim que paro ficamos sentados no sofá.

Benjamim deita a cabeça no colo de Theodore que fica fazendo carinho em sua cabeça. Acha boa aquela sensação, e sorri para ele. Mas uma dúvida ele não deixa de perguntar:

- Theo, como você conseguiu me encontrar tão rápido?

- Eu coloquei duas pessoas de confiança para ficarem te observando no momento em que você quis ir embora por estar chateado. Tive medo de você querer sair de casa sozinho e fazer alguma besteira. Só não consegui chegar mais cedo porque um dos homens que coloquei para manter sua segurança foram despistados.

Mas conseguiram te rastrear novamente. Eu não te contei mais tenho um amigo que é chefe da Máfia, então pedi esse favor a ele.

Benjamim fica bastante chocado e feliz ao mesmo tempo. Puxa a cabeça de Theodore dando outro beijo nele, um na testa e outro nos lábios. Esse garoto me faz tanto quere-lo só para mim.

Ao passar dos dias, os dois ficaram mais próximos um apaixonado pelo outro. Theodore cuidando das feridas de Benjamim. Quando chegou perto do dia de Benjamim completar os dezoito anos, foi quando voltou para sua casa para encarar seus pais por mais difícil que seria.

Theodore esta presente junto a Benjamim na sala, diante de Matthew, Eliza e Sophia. Matthew olha com olhar de indiferença para o filho enquanto Sophia e Eliza o olham preocupadas.

Matthew se aproxima de Theodore pondo a mão no ombro dele:

- Obrigado Theo, mas agora peço que você vá para casa porque será um assunto somente em família.

- Como deseja Matthew. Tchau Benjamim.

Theodore sai pela porta e a fecha.

- Venha comigo ao meu escritório.

Diz Matthew em tom frio para o filho.

Benjamim o acompanha se colocando com o olhar baixo. Com medo do que o pai iria fazer.

Na sala, Sophia se sente culpada por ter aberto a boca, mas se viu sem saída por ser confrontada com aquele sinto que dava traumas.

Escutam os gritos nervosos e bruto de Matthew. Uma reação que ele não tinha a anos.

- Para que merda você tinha que ser gay? Tem noção da vergonha que passo por Theodore saber que você gosta de homens? E que ainda foi quase morto se ele não chegasse a tempo?

Escutam os tapas que Matthew dá em Benjamim.

- Você é uma vergonha para os Beaumont. Eu te considerava um filho maravilhoso e digno da nossa família. Tem noção do desgosto que eu estou tendo por descobrir isso?

Benjamim também retruca:

- Para ser exato o senhor só importa com a fachada da família, não com os sentimentos que temos ou nossos gostos. O senhor põe tanto sua alma no trabalho que esquece de dar atenção para a sua família. Se eu sou gay não preciso que ninguém me apoie, a vida é minha e farei dezoito anos em três dias. Amanhã não vou morar mais aqui.

- Não se atreva moleque a fazer isso. Para que você tem que gostar de homens e não de mulheres? Nem sua irmã é lésbica.

- Cada um tem um sentido de vida diferente. E a minha não tem atração por mulheres.

Antes que pudesse encerrar a conversa Matthew dá mais quatro tapas no rosto de Benjamim que acaba ficando meio tonto. Mas as palavras finais que ele diz são:

- Você não me ama. Porque se me amasse aceitaria eu do jeito que eu sou. Vou arrumar minhas malas e mudarei para a Alemanha. Adeus papai, faça o favor de não me procurar.

Matthew ao ver Benjamim sair por aquela porta sente um nó apertar o seu peito. Sophia ao ver o irmão com o rosto vermelho pelos tapas e tentando segurar as lágrimas diz:

- Maninho me perdoa.

- Não foi sua culpa , uma hora ou outra eles teriam que saber. Vou arrumar as malas e pegarei o avião das sete horas da noite.

- Filho --- Eliza olha para Benjamim --- Não vá, fica com a gente aqui em Chicago!

- Não mãe eu tenho que ir, não vou suportar de viver embaixo do mesmo teto que meu próprio pai não aceita quem eu sou. Sinto muito.

Eliza abraça o filho.

- Antes de ir, saiba que eu sempre vou aceitar você da forma que é. Sentirei muito a sua falta meu bebê.

- Eu também mãe. Benjamim aperta seus braços na mãe.

Arruma suas malas, e perto das sete se despede dos seus pais e da sua irmã.

Antes de ir liga para Theodore.

- Alô Benjamim?

- Theo me busque na parada em frente a minha casa.

- Já estou saindo.

Não demora muito quando Theodore chega e pergunta:

- O que houve? Por que essas malas? E esse rosto vermelho assim?

Passa a mão no rosto de Benjamim.

- Meu pai não me aceitou, será doloroso viver debaixo do mesmo teto que uma pessoa sendo meu próprio pai não gosta do jeito que eu sou.

- Mas para onde você vai? Está querendo me deixar sozinho? Pensou nesse detalhe?

- Eu sinto muito Theo, mas você não pode ir comigo. Tem seu trabalho.

- Posso sim, vou mandar meu primo tomar de conta da minha casa.

- Não precisa fazer isso por mim.

- Estou fazendo por nois dois, vamos juntos.

Benjamim sente o coração palpitar, entra logo no carro com Theodore e o beija intensamente nos lábios quando ele diz:

- Vamos ter um tempo muito bom para isso, como Vancouver não está tão longe vamos de carro.

- Você e um tesouro, mas a diferença é que é o meu tesouro secreto que ninguém irá descobrir.

Curtem mais um pouco quando Theodore por telefone já comunica com seu primo para tomar conta da casa enquanto estiver fora. Por telefone diz:

- Alô, Relei?

- Sim primo.

- Você vai ficar de olho na minha casa enquanto faço uma viagem pode ser?

- Finalmente você deixou eu tomar de conta daquela casa, amanhã mesmo vou para lá. Põe a chave naquele lugar onde eu sei. Te amo primo.

- Está bem Relei.

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Comments

Clesiane Paulino

Clesiane Paulino

eu tô achando que esse amigo mafioso do Theo, é ele mesmo... e esse pai que rejeita o filho por causa da sexualidade 😤😤😤

2025-02-17

0

Cleide Almeida

Cleide Almeida

O pai ñ aceita o filho mas ñ quer q ele saia d casa e vai pirar qd souber q o amigo passa o filhinho kkk

2023-11-18

2

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