Patrícia
Atualmente, trabalho de doméstica na residência de um casal de senhores. Os dois são pessoas bem difíceis, mas sempre tento dar o meu melhor. Algumas vezes, fazem eu ficar duas horas a mais para ajudar em jantares familiares, e não me pagam hora extra, pelo contrário, qualquer erro é motivo para descontarem do meu salário. Se permaneço neste trabalho, é porque não consegui nada melhor, ninguém quer dar trabalho a uma gestante. Trabalhei dois meses num restaurante, mas quando o gerente soube da minha gravidez, dispensou-me. Desde então, os únicos que me deram trabalho foram eles, pois eu não me queixo de ser explorada, preciso muito do emprego.
Fugi de casa, durante a madrugada, estava perdida sem saber o que fazer..., queria estar o mais longe possível dessas pessoas... então quando percebi já estava no Rio de Janeiro, foram dias exaustivos.
As coisas não tem sido nada fáceis, desde que cheguei aqui, passei algumas noites dormindo em um abrigo, até conseguir alugar um quarto numa pensão bem simples. Contudo, aqui só tem pessoas boas.
O que me motiva a acordar todas as manhãs é o meu pequeno, que a cada dia está maior, hoje estou completando 24 semanas. Tenho feito o pré-natal num postinho que tem aqui, perto da pensão, estou esperando um menino. O médico disse que está forte e muito saudável.
Aqui na pensão, conto com a ajuda de uma doce senhora, dona Josefa, ela também é muito pobre, mas sempre tenta me ajudar, nos tornamos grandes amigas, contei-lhe toda a minha vida, a pobre senhora se apegou muito a mim, penalizou-se com a minha triste história.
Graças ao céus, não tenho mais notícias do João Victor, de sua família e muito menos do meu pai. Quero que todos morram, sendo consumidos pelo fogo do inferno, por todo mal que me causaram, na verdade, ainda causam, pois a minha situação ainda é muito precária.
Hoje é meu dia de folga, então acordei mais cedo, fiz alguns currículos e vou entregar. Tomei um banho rápido e me troquei. Estava amarrando meu cabelo em frente ao espelho, quando senti um tremido na barriga. Levantei a camiseta e comecei a olhar a minha barriga.
Patrícia: Bom dia, meu filho! Não imagina como a mamãe está anicosa, para te conhecer! Não vejo a hora de te ter em meus braços... -disse emocionada, acariciando a minha barriga.
Passei pelo quarto da dona Josefa, conversamos enquanto tomávamos o café maravilhoso, que preparou para nós. Quando conversamos, a ausência da minha mãe é amenizada.
(Josefa)
Josefa: Como está se sentindo hoje, minha menina?
Patrícia: Estou bem, vó Efa!
É assim que todos a chamam aqui, é uma forma de carinho e respeito por seus cabelos brancos. Ela foi abandonada por seu marido, que ao ir embora, levou o bem mais precioso que ela tinha, sua filha. Desde então, ela mora aqui na pensão, tentei utilizar a internet, para encontrar alguma pista de algum ente, mas não tem nada, o homem fez tudo para que nunca fossem encontrados. Posso imaginar a dor, que essa pobre senhora tem sentido por tantos anos, mas não desisti de ajuda-lá. Quando conseguir me estabilizar um pouco, vou contratar um investigador para ajuda-lá a encontrar a sua filhe e provavelmente deve ter até netos. Ela é um exemplo de força, venceu a depressão e até mesmo um câncer de mama, gera uma força indescretível com a perseverança de um dia reencontar sua filha amada.
Patrícia: Nem tenho tido mais enjoos! E a senhora, como está?
Josefa: Muito bem, apenas um pouco cansada com o avanço da idade!
Patrícia: Que isso, vó Efa! A senhora ainda está muito forte, nem aparenta a idade que tem!
Ela gosta de fazer um certo drama, adora ser mimada por todos. Eu sou a primeira, me apeguei muito a ela.
Josefa: Bondade a sua minha filha!... Mas pensei que não iria trabalhar no dia de hoje! Não é sua folga?
Patrícia: Sim, mas vou aproveitar para procurar outro emprego... aquele casal, só me explora e quando meu filho nascer, preciso ter um serviço registrado na carteira!
Josefa: vai dar tudo certo minha querida, vou estar em oração aqui por você!
Patrícia: Muito obrigada! Sou muito grata por ter lhe conhecido, sinto um certo conforto quando estamos juntas!
Nos despedimos e segui para o centro da cidade, passei o dia todo circulando, entregando currículos, mas sempre olham para a minha barriga e de cara dizem que não estão precisando. Já no finalzinho da tarde, decidi voltar para a casa. Como me alimentei apenas com um lanche natural na hora do almoço, estou sentindo um pouco de fraqueza.
Passei em uma lanchonete para comprar um café, ao sair de lá, escutei um alto barulho de pneu freiando no asfalto, ao olhar para onde vinha o som, constatei apenas o carro em minha direção, tive tempo apenas de segurar a minha barriga, senti meu corpo sendo arremessado e uma forte pancada ao colidir-me ao chão, perdi totalmente a consciência.
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Atualizado até capítulo 132
Comments
Luciana Santos
meu Deus dece ser o nojento
2025-02-04
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Josi Gomes
SERÁ QUE O MARIDO DELA, QUIS MATÁ-LA POR ALGUM MOTIVO, DEPOIS DESSA, ACHO QUE ELA VAI PERDER O BEBÊ , E SE FORAM ELES, COM CERTEZA VÃO ATRÁS DELA NO HOSPITAL
2025-02-28
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Josi Gomes
O CRETINO DO MARIDO, ROUBOU A FILHA DELA, ACHO QUE AS DUAS, PODEM SER PARENTES
2025-02-28
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