Filha, vai ser só o tempo de você se adaptar com o medicamento - ressaltou - você ficar aqui, nesse lugar agitado vai só te atrapalhar.
Eu sabia que ela não confiava em mim. Houve um dia das minhas férias do ano retrasado, em que sair escondido para uma festa com uma colega e acabei bebendo muito vinho tinto, até demais, e fiquei bêbada e passei mal. Desde então, a minha mãe sempre ficou com um olho aberto e o outro mais ainda.
Mas, eu não queria ouvir mais nada.
Já estava sendo obrigada mesmo a ir.
- Tá bom, mãe. - Eu disse, caminhando até a porta juntamente com Suzy.
Podia-se perceber a aflição de minha mãe. Dava para ver que ela não queria que eu fosse tanto quanto eu.
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Alguns minutos depois minha tia chegou com o carro e partimos para casa da minha avó.
- Tchau, filha. Se cuida. - meu pai se aproximou me dando um forte abraço confortante.
Eu o abracei bem apertado, desejando muito que ele impedisse-me de ir.
Minha mãe logo se aproximou e me deu um beijo na testa e segurou nas minhas mãos.
- É só um mês, relaxa.
Depois de um tempinho se despedindo de mim e de Suzy, meus pais se afastaram e eu e minha irmã entramos no carro e seguimos a viagem.
Ainda não estava acreditando que meus pais planejaram isso com minha avó, sem nem sequer me falar nada.
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A viagem durou cerca de cinco horas e meia, e nós chegamos até o sítio.
Minha avó estava bem animada com a nossa ida até lá. Eu não estava tão empolgada, mas pela minha avó fiz questão de esconder isso.
A casa era razoável grande, tinha três quartos, a sala era grande tanto quanto a cozinha e o quintal cheio de grama verde era imenso. A casa em si era espaçosa e bonita, só que era muito afastado, não tinha nenhum comércio por perto a não ser um mercadinho que era cerca de dez minutos de distância andando. Havia também duas casas que eram um pouco próximas.
Eu cumprimentei minha avó com um beijo num rosto e um abraço bem apertado.
— Você está enorme. — ela exclamou contente, com um olhar radiante e um sorriso puro e açucarado.
Eu abri um sorriso genuíno e a abracei mais ainda.
— Estava com saudades da senhora.
— Eu também, meu amor. — ela ressaltou.
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Subi ao quarto de hóspedes onde eu e a minha irmã mais velha dormiria. Peguei a minha mala, coloquei em cima da cama e tirei as minhas roupas para guarda no armário.
Suspirei alto enquanto dobrava a minha camiseta e parei por alguns instantes para tentar descansar a minha mente.
Arrumar um emprego não seria uma ideia ruim.
Ou começar fazer um curso.
Eu precisava de alguma responsabilidade para preencher a minha cabeça. Algo para fazer eu sentir-me madura e responsável.
Então me levantei e peguei o meu celular para pesquisar vagas de emprego, obviamente, na cidade onde eu realmente moro.
5 vagas de jovem aprendiz disponível numa farmácia e numa cafetaria.
Seria uma boa
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Atualizado até capítulo 69
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