Na manhã seguinte, Sofia acordou cansada. Não tinha conseguido dormir quase nada, depois que ficou sabendo onde estava. Seu corpo ainda estava dolorido, mas as escoriações e ronchas já estavam melhores. O café da manhã já estava servido em uma mesinha próxima à janela do quarto, mas ela não tinha nenhum apetite.
Um pouco mais tarde, sem que ela pudesse esperar, Fernando adentrou no quarto acompanhado por Jonas e ela reconheceu imediatamente seus raptores, ficando assustada.
— Bom dia, bela Sofia. Nós temos boas notícias para você. — Brincou Jonas na tentativa que Sofia recebesse aquela notícia da melhor forma. Afinal, não seria bom manda uma jovem arredia e violenta para cuidar do filho do chefe na Villa.
— Só se for para vocês dois! Não zombe de mim! Eu quero ir para minha casa. — Ela respondeu altiva.
— Bem, a notícia não é tão boa assim, mas analisando sua opção anterior é com se você tivesse tirado na sorte grande.
— Chega de papo furado, Jonas. — Reclamou Fernando. — Sofia, você irá passar seis meses na Villa Turquesa, uma das inúmeras propriedades do nosso chefe, para ficar cuidando de Marco, filho dele. Depois disso, a dívida do seu pai será quitada e vocês estará livre. — Explicou Fernando.
— Como assim? Por que o filho dele precisa de cuidados? É uma criança por acaso? — Ela zombou atrevida, tirando coragem de onde ela mesmo não sabia.
— Criança? Não. Marco é um homem feito já. Seria o sucessor do chefe mais está vivendo em isolamento na Villa Turquesa.
Sofia olhava para os dois homens com desconfiança. Primeiro, ela seria vendida para ser abusada em um bordel e agora, ela seria provavelmente abusada por um único homem específico.
— Por que isso? Eu não vou ser abusada por ninguém! — Ela gritou ficando apavorada.
— Não se preocupe com isso. — Jonas deu uma risada exagerada. — Você tirou na sorte grande, Marco não está em condições de abusar de ninguém.
— Pare com isso, Jonas! Você não tem outra opção, Sofia. — Fernando falou se dirigindo a ela. — É aceitar essa opção e tratar o filho do chefe com um verdadeiro deus ou nós podemos pegar sua mãe também. O que acha disso? Ela, nós iremos mandar diretamente para o bordel. Não terá uma chance maravilhosa como essa.
Ao ouvir aquilo, todos os pelos do corpo de Sofia se eriçaram em pânico. Não iria permitir que mais ninguém fizesse mal a sua mãe, já bastava a exploração de Carlos.
— Não, por favor. Deixem minha mãe em paz. — Implorou Sofia.
— Bem, então nós estamos acertados. Você ficará por seis meses na Villa Turquesa cuidando de Marco. — Fernando sorriu cinicamente.
— Eu aceito. — Sofia sussurrou tristemente. Todos os seus sonhos seriam interrompidos por conta do seu irresponsável pai, que provavelmente continuaria com seus vícios mesmo depois de todo aquele sofrimento para ela.
Uma semana depois, Sofia estava completamente recuperada, levada para Villa Turquesa em um helicóptero, acompanhada por Fernando. Ao ser aproximar do lugar, ela começou a entender por que o local se chamava Villa Turquesa. A casa era grande, complemente branca e moderna, contornada por uma belíssima praia de águas azuis-turquesa. Se não fossem as condições em que Sofia era levada para lá, ela até gostaria de morar em lugar tão lindo assim.
— Lindo, não? — Indagou Fernando ao observar Sofia distraída admirando a paisagem.
— Não. — Ela respondeu contrariada. — Acho que nenhum lugar pode ser considerado lindo quando você é obrigada a trabalhar nele. Ser uma escrava para um rico recluso.
— Não fale bobagem, garota. A casa tem várias empregadas. Você não será uma escrava. Uma dama de companhia, talvez. Tente ver sua situação pelo melhor ângulo e em seis meses você estará livre.
— Em seis meses, meu pai poderá fazer uma dívida muito maior que essa e vocês podem me obrigar a viver aqui para sempre! — Ela exclamou temendo o pior.
— O senhor Gambino é um homem de palavra. Em seis meses, vocês estará livre daqui, desde que trate Marco como ele deve ser tratado. — Fernando falou friamente. — Se você tentar alguma coisa contra a vida dele, nós ficaremos sabendo e não iremos vendê-la para nenhum bordel. Você vai assistir à morte da sua querida mãe da forma mais sofrível possível, juntamente com o inútil do seu pai. Por fim, nós finalizamos com você.
Sofia arregalou os olhos com medo por conta daquela ameaça, mesmo assim não perdeu sua coragem.
— O que eu poderia fazer contra um homem feito, que vive numa casa cheia de empregados e seguranças? — Ela zombou da situação.
— Quando você conhecer Marco irá descobrir. — Fernando respondeu de forma enigmática, enquanto o piloto já preparava o helicóptero para o pouso.
Assim que a aeronave aterrissou, Sofia acompanhou Fernando por um belo jardim até o interior da casa, que era tão linda por dentro quanto por fora. Para sua surpresa, assim que entraram na sala, ela olhou em direção ao terraço e se deparou com um homem jovem, sentado em uma cadeira de roda. Encarando Sofia gelidamente e depois Fernando, Marco se aproximou de ambos.
MARCO
— O que você faz aqui, Fernando? — Ele indagou de forma grosseira. — Eu não esperava nenhuma visita hoje e fiquei surpreso ao ver o helicóptero chegar.
— Bom dia, Marco. Eu vim aqui a pedido do seu pai. — Fernando começou a explicar.
— Quem é ela? — Indagou Marco abruptamente incomodado com o olhar chocado de Sofia.
— Seu pai decidiu que ela será uma espécie de companhia para você.
— Já temos empregados demais nessa casa. Eu não preciso de mais ninguém. — Marco respondeu fitando Sofia dos pés a cabeça. Ela continuava calada, somente observando a conversa entre os dois.
— Ordens do senhor Gambino, Marco. Se você não quiser a jovem aqui. Por favor, comunique diretamente a ele, mas não me faça voltar com ela para cidade. Não quero provocar uma ira desnecessária no senhor Gambino. — Fernando respondeu pacientemente, respirando fundo.
Sem dizer mais nada, Marco saiu da sala, controlando sua cadeira de rodas automática até o elevador de acesso aos outros pavimentos da casa, deixando Sofia e Fernando sozinhos.
— Ele não me quer aqui. — Sofia falou assim que teve certeza de que Marco não poderia mais ouvir.
— Isso não me interessa. Você ficará aqui. Vou chamar a governanta da casa, que vai instalar você e em seguida irei embora.
— Por favor, não me deixe. Eu não sou bem-vinda. — Sofia falou num tom aflito. Cuidar de uma pessoa, num local isolado, era uma coisa. Contudo, cuidar de uma pessoa que não queria sua presença, ela outra coisa completamente diferente.
— Já falamos sobre isso! Não seja repetitiva. Sua vida agora é aqui.
Em seguida, a governanta da casa apareceu para instalar Sofia e Fernando voltou para cidade, abandonando a jovem naquele local a sua própria sorte.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 108
Comments
Silvaneide Ágatha
😭😭😭😭
2024-12-01
0
Silvaneide Ágatha
tadinha 😔
2024-12-01
0
Silvaneide Ágatha
😭😭😭
2024-12-01
0