H Hill. balançava a cabeça repetidas vezes. Eu não acreditava que estava nessa escola de alucinados. já estudei aqui, sua estrutura não mudou em nada dos tempos de estudante, não é que faça décadas disso, Claro que não, tenho apenas 24 anos com muita vida pela frente. mas me surpreende voltar a esse lugar não é uma das melhores lembranças que tenho, na época quase repeti de ano, minha mãe não era uma das mulheres mais pacientes que existia na terra, meu pai nem tão pouco ficava em casa para poder me ensinar. Não tínhamos dinheiro para pagar uma explicadora então eu tive que aprender com ela, me recheava de esporros por eu não entender a matéria, realmente não compreendia, mas de tanto se esforçar e das ameaças que me fazia como deixar de comprar os jogos que eu gostava muito na época, acabei aprendendo matemática. De repente o mundo das contas se abriram para mim eu comecei a gostar daquela matéria, no começo foi só por pura pressão, mas depois me via ali alucinado em aprender e aprender ficando apaixonado por adição e todos os seus adjacentes.
Me vi tão interessado por essa matéria misteriosa que acabei fazendo faculdade, e lecionando posteriormente. Eu não queria parar nessa escola, a fama que tinha amedrontava até mesmo os professores que nos ensinavam não sei se agora mudou, mas antigamente a direção fechava os olhos para todos os maus feitos dos alunos, todos aprontavam, adolescente com bastante emoção faziam coisas a margem da lei, isso não contando com a pegação. Eu nunca fui um homem de pegar namoradas escondidas na escola, mas tinha outros que sim, que não se importavam de estar sendo visto por todos os outros, pelo contrário muitos estudantes até encobriam o que o outro fazia justamente para na hora que acontecer com eles não forem pegos, ao menos terem um álibi.
//
Não sou de me atrasar mas por esses e outros motivos acabei chegando alguns longos minutos atrasado. Soube que a turma já estava na sala a coordenadora avisou que eu estaria entrando, o novo professor da sala 3001. Entrei, pisei firme ao cômodo, sei que tenho que demonstrar firmeza desde o começo, não vou tolerar que ninguém me desrespeite, sou bem rigoroso diante a isso, na sala de aula eu imponho respeito, não gosto de zoações, de fofocas e disse me disse. Aqui não é o aluno que mandará, mas sim o professor, e isso é de super importância para mim. Com esses pensamentos coloco a maleta em cima da mesa. Só então olho para os alunos, dou um 360 vislumbrando a todos. Chega uma hora que meu olhar cai em uma menina de cabelos escuros. Sinto meu coração formigar, minhas mãos ficarem calorentas e a ponta do meu nariz coçar ela é linda, dou um discreto sorriso de lado a cumprimentando com modéstia. Retorno o pensamento.
— Meu nome é Samuel e sou o novo professor de matemática de vocês.
//
A aula foi passando, explicava tudo com clareza é somente a primeira aula mas quero que eles entendam a importância da matemática para que eles possam acabar o ano com boas notas. Muitos nessa fase se dispersam às vezes tentando deixar para recuperar no último bimestre, só que se podemos recuperar no terceiro que comecemos logo. Há também os alunos que somente quando chega o terceiro se movem para entender realmente matemática e creio eu que aquela aluna a qual vislumbrei é uma delas ponto claramente ela tem ânsia de aprender, presta atenção em cada explicação que dou, assenti com a cabeça e faz uma anotação de tudo. Não sei como estão as suas notas Mas a partir da chamada irei olhar no Diário e confirmar se é uma boa aluna ou somente está tentando correr atrás do tempo perdido.
Abro o diário enquanto dou uma pausa nos ensinamentos. Seu nome é Maíra Gusmão de Andrade. Suspiro pesado quando vejo suas notas de bimestres anteriores, meu senhor ela é péssima. Fazendo uma pequena conta rápida vejo que se ela não tirar exatamente 10 pontos nesse bimestre e no último somando 20 pontos ao todo ela não vai passar, vai repetir o terceiro ano de novo. Infelizmente são as novas regras da escola, aqui não existe esse negócio de independência, Matemática é uma das matérias, se não a mais pedida por eles, se você não passar em matemática você está fora.
Como essa é a última aula, o sinal toca e todos saem correndo que nem desesperados. Balanço a cabeça.
-Maíra eu preciso falar com você. digo para ela quando vejo que irá sair. Dá tchau para sua amiga, uma outra garota de cabelos acobreados à olha de cima a baixo e joga seu cabelo. Dou de ombros. Pego o meu diário e os óculos em cima da mesa. Os coloco. Espero que ela sente para que eu comece a falar.
-Na aula eu te achei muito interessada em matemática, isso é muito bom, você gosta?
-Gosto Professor, adoro matemática é minha matéria preferida.
-Bom, não é o que suas notas dizem. Ela olha para baixo um meio envergonhada. -Maíra, se você não tirar 20 pontos você não vai passar, tem ciência disso não é mesmo?
-Sim. Professor tá tudo muito complicado para mim, troca de professores, problemas particulares em casa eu não tô conseguindo me esforçar e confesso que dificilmente acho que vou finalizar o ano.
-Sei muito bem quando tudo acontece para atrapalhar a nossa vida, mas não desista a vida vai te impor muitos obstáculos você tem que atravessá-los como uma corrida entre barras. Acredite Maíra, desistir não é opção, eu preciso muito que você se esforce, eu estou chegando agora aqui não quero ver nenhum aluno meu repetir a série Quero te fazer um pedido, preciso que você arrume um professor particular com mais tardar amanhã. torce os lábios. Essa vai ser a única forma de você conseguir passar, não só isso, quero que se esforce e se empenha ao máximo. Você consegue.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 60
Comments
olha só finalmente achei uma personagem com o mesmo nome q o meu .
2024-01-11
3
Berê
Preocupação pedagógica... Sei!
2023-06-14
1