A pedido da dona Beatrice passei o final de semana aqui em sua casa, não foi nada ruim, pelo contrário, afinal ela me mimou muito, mas não me permitiu rever certas conhecidas que já tinha combinado anteriormente a caminho de Curitiba, o resultando foi meu celular desligado para não correr o risco da minha querida mãezinha atender e bloquear todas.
Meu pai apenas ria de ver minha mãe esperando eu apenas bobear com o telefone para ela exterminar com todos os meus esquemas presentes e futuros. Quem não a conhece que a compre, ela com esse seu rostinho doce esconde uma verdadeira bruxa vidente, ela apenas de olhar para a foto já sabe se presta ou não e o pior ela sempre acerta, sem contar que quando quer alguma coisa ela vai manipulando todos até que se concretize.
— Liam, se demorar mais dois minutos, eu mesmo entrego seu celular para sua mãe — escuto meu pai falar baixo no quarto.
— Não precisa, estou pronto — saio correndo do banheiro, o fazendo rir e negar com a cabeça.
O trajeto de Curitiba a Londrina foi até rápido por ser de avião, minhas malas foram encaminhadas com as do meu pai, que levava contra gosto uma pasta com três opções para minha moradia, ele até tentou se livrar e me levar direto a um próximo à empresa, mas minha mãe era mais inteligente que ele colocando alguns itens que ele deveria recolher.
— Admite, ela te conhece melhor que você mesmo — falo segurando a risada enquanto estamos indo ao primeiro apartamento.
— Calado.
Ao chegar no prédio que fica no centro da cidade, percebo que ele é bem luxuoso, completamente oposto da proposta que meu pai me fez, foi subindo pelo elevador que consegui entender que aquilo era um teste que nem meu pai tinha conhecimento ainda.
— Dona Beatrice caprichou, mas não preciso nem entrar, sei que não é esse — declaro assim que paramos a frente da porta.
— Por que diz isso? — meu pai paralisa no local ao escutar a minha fala.
— Se vou passar por todos os cargos da empresa, ao ponto de vivenciar a realidade dos nossos funcionários, como vou morar num lugar tão luxuoso como esse? Sem contar que nem faz nosso estilo um lugar assim.
— Vamos entrar — me pai fala sorrindo orgulhoso.
Ao entrar no apartamento a nossa frente tem apenas uma mesa, pois o restante dos cômodos esta completamente vazio, em cima tinha apenas dois chocolates e um envelope, meu pai sorrindo vai até ele enquanto eu pego meu chocolate.
“Eu lhe disse querido, ele está preparado. Como imaginei, ele já descartou o local sem nem entrar?”
Vejo meu pai começar a gargalhar enquanto nega com a cabeça, em seguida me entrega o envelope e me junto a ele nas gargalhadas, ainda nesse clima, saímos do apartamento e vamos para a segunda opção, que, na verdade, era uma casa em um condomínio fechado, ele era mais singelo que o apartamento, mas ainda, sim, não era a proposto do meu pai.
— Também não é aqui — meu pai me olha surpreso, afinal era um local até que agradável.
— Qual motivo?
— Ainda não sei, mas não é aqui.
Seguimos em silêncio até a casa que desta vez está mobiliada, mas antes que eu feche a porta algumas vizinhas já saíram para varrer que folhas não existiam, fecho a porta o mais rápido possível fazendo meu pai gargalhar. Andando pela casa achamos mais um envelope em cima do balcão da cozinha.
Desta vez eu me apresso a pegar o envelope enquanto meu pai pegava uma das balas de caramelo que estavam juntos.
“Este é apenas um lembrete que vou estar de olho em você, não importa a distância.”
Ainda sem cor entrego o envelope para meu pai que começa a gargalhar entendendo o recado de sua esposa com esses imóveis, todos eram deles, mas estavam disponíveis para locação e com após muita gargalhada de meu pai os dois partem para finalmente o apartamento próximo à empresa, este mesmo que seu pai havia sugerido desde o início.
Ao entrar no prédio passamos por uma moça baixinha com seu cachorro tão pequeno quando ela, o que chamou a atenção de Vlad foi que a educação dela e o fato dela ignorar completamente qualquer aproximação de seu filho.
— Estranha — murmuro saindo do elevador ainda não entendendo como ela não se jogou aos meus pés.
— Já estou até vendo… — escuto meu pai falar entre seus suspiros e acho melhor me manter em silêncio.
Ao chegar no andar percebo que são quatro apartamentos por andar, sendo que o acesso é feito por um corredor levando a dois apartamentos em cada lado e suas portas eram de frente a outra.
Analiso o tapete na porta da frente do apartamento e percebo que ele é discreto e sem nenhum detalhe, isso é bom, afinal não quero nenhuma dondoquinha para me dar trabalho, afinal o fluxo aqui no apartamento não será baixo, mesmo não morando aqui sei que vou conseguir meus contatos de forma rápida.
Sem cerimônias entramos no apartamento que está mobiliado, faltando apenas os itens pessoais, o apartamento até que é espaçoso, nada comparado ao meu, mas ainda, sim, confortável.
Ele tem dois quartos e um dele já está montado meu escritório, minha mãe não deixou passar nenhum detalhe, afinal mesmo aqui tenho que me manter ativo com as empresas que deixei no exterior.
Não ficamos muito, afinal meu pai estava com pressa. Para minha surpresa ele não me deixou ficar no apartamento, me informou que amanhã posso trazer minhas coisas e providenciar os alimentos e outros itens de higiene, pois não tinha nada nos armários desses itens.
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Atualizado até capítulo 108
Comments
Ameles
kkkk vc não faz o tipo de todo mundo kkkkk
2024-11-17
0
Sonally Araújo
Quem não iria varrer as folhas invisíveis, com uma vista linda dessas🤤🤭
2023-09-24
5
Kim Rodrigues
MEU DEUS KKKKK
2023-08-04
1