• Thomas
Thomas- Por que você veio aqui? — questiono irritado.
— Vim conversar com você, já faz alguns dias desde a última vez que nos vimos... Você nunca mais veio em casa, o nosso pai está bastante preocupado com você.
Thomas- Estou muito ocupado, não posso ficar saindo o tempo todo como se fosse um desocupado.
— Calma - diz rindo.
— Ele está preocupado porque você ainda não está namorando.
— Vamos ser sinceros, irmão, já está na hora.
Thomas- Quem decide se já está na hora ou não sou eu.
Thomas- Não é nem nosso pai, nem você, nem Emma. Vou me casar quando sentir vontade.
— Você disse Emma?
Olho para ele confuso
Thomas- Eu?
— Sim, você disse nem Emma
Thomas- Não disse isso, você ouviu errado
— Não, eu não ouvi
Thomas- Você ouviu
Thomas- Por que eu falaria o nome da Emma?
— Não sei, me diga você?
Thomas- Você está blefando.
— Okay, se ouvi errado, deixa pra lá.
— Mas agora que começamos a falar sobre a Emma, poderia me dizer se ela tem namorado
Thomas- Por que você quer saber?
— Por que a Emma é linda
Thomas- Isso não é uma resposta.
— Tem ou não?
Thomas- Eu não sei e, mesmo se soubesse, não te diria.
— Por quê?
Thomas- Ela é minha funcionária, não quero que haja proximidade entre vocês.
— E qual o problema se tiver?
Thomas- Apenas não quero que a distraia. A Emma é uma mulher muito inteligente e competente e não quero que perca o foco.
Ian sorri
— Você esqueceu de mencionar que ela é bela.
— Irmão, não me olhe dessa forma, sei muito bem que a acha atraente.
Thomas- Ela é bonita, nunca disse o contrário.
— Às vezes me pergunto como você consegue ficar tão perto dela... Se fosse eu no seu lugar, já teria beijado...
Thomas- Isso não é algo adequado de se falar, Ian. A Emma é minha funcionária e merece respeito.
Thomas- Agora, por favor, saia da minha sala.
— Desculpe, achei estranho nunca te vir elogiando nenhum funcionário.
Thomas- Não posso mais afirmar que meus colaboradores são competentes?
— Claro que pode, apenas achei estranho.
Thomas- Agora saia da minha sala, por favor.
Thomas- Está me atrapalhando.
— Ok.
Ele se encaminha até a porta, mas, antes de sair, diz:
— Diga para a Emma que enviei um beijo — sorri.
Em seguida, fecha a porta.
Thomas- Imbecil.
Thomas- Ele tem o dom de me tirar do sério.
Thomas- Por que estou tão irritado?
Olhei para Emma, que estava organizando alguns papéis.
Aperto o botão no telefone.
Thomas- Emma, por favor, você pode me trazer um analgésico? Estou com uma dor de cabeça insuportável.
Ela levantou a cabeça imediatamente, com um olhar preocupado.
Emma- Claro, estou indo agora!
Após alguns minutos que pareceram uma eternidade, Emma bateu na porta.
Thomas- Pode entrar.
Ela entrou com um copo de água e o remédio na mão. A gentileza dela era reconfortante.
Emma- Com licença. Aqui está o seu remédio.
Ela colocou o copo ao meu lado e me entregou o analgésico, olhando para mim com aquele olhar gentil que sempre me fazia sentir melhor.
Emma- Se a dor não melhorar, posso ligar para o seu médico. Não quero que você sofra assim.
Thomas- Está tudo bem, realmente não será necessário. É só uma dor passageira.
Tentei transmitir confiança, mas não consegui ignorar o quanto me sentia vulnerável naquele momento.
Emma- O senhor recebeu o meu e-mail sobre o projeto?
Thomas- Sim, já estou verificando. Está tudo em ordem até agora.
Ela parecia aliviada com a resposta e isso me fez sentir um pouco mais relaxado.
Mas então, o celular dela começou a tocar. O som interrompeu nossos pequenos momentos de conexão. Ela hesitou antes de atender.
Emma- Desculpe-me um instante!
Thomas- Pode atender, não se preocupe.
Enquanto ela falava ao telefone, não pude evitar de ficar curioso sobre quem poderia ser do outro lado da linha. Quando ela disse "Beijo", meu coração deu um nó.
Thomas- Era seu namorado?
Houve uma pausa constrangedora antes dela responder. A expressão dela mudou ligeiramente; era como se estivesse analisando minha pergunta.
Emma- Meu namorado?
A insistência no meu tom deve ter soado mais intensa do que eu pretendia.
Thomas- Sim, quem era?
Ela desviou o olhar por um momento e tentou desconversar.
Emma- Não era… bom, como o senhor não precisa de mais nada, irei me retirar então — Ela hesitou novamente antes de adicionar — Com licença.
Ela se virou rapidamente para sair da sala. Fiquei ali parado, com os pensamentos girando na minha mente como uma tempestade.
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Por que isso me incomodava tanto?
Thomas- Ela não me respondeu... Por quê? Isso é segredo? Quem será esse cara?
Tentei sacudir esses pensamentos da minha cabeça; sabia que não era da minha conta. Mas quanto mais tentava ignorar, mais eu me sentia intrigado e confuso sobre meus próprios sentimentos.
O dia passou lentamente enquanto eu assinava documentos sem realmente prestar atenção no que estava fazendo. Minha mente estava longe, presa em questionamentos sobre Emma e aquele telefonema enigmático.
Olhei para o relógio na parede e quase pulei da cadeira ao ver as horas passarem rapidamente.
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Thomas- 12:10h! Droga! Estou atrasado para o almoço!
Levantei-me apressadamente, pegando minha pasta sem pensar duas vezes. Enquanto saía da sala apressadamente, ainda sentia aquele nó na garganta — uma mistura de confusão e preocupação que eu não conseguia entender completamente.
...
• Emma
Finalizava o envio dos compromissos do dia para o senhor Thomas. Ao concluir, peguei minha bolsa e dirigi-me ao elevador. Enquanto seguia em direção à saída, percebi que o senhor Thomas havia se comportado de forma estranha naquele dia.
Emma- O que será que aconteceu com ele?
Emma- Talvez ele tenha batido a cabeça, essa seria a única explicação plausível. — Eu me perguntava se deveria perguntar a ele, mas não queria parecer intrometida.
As portas se abriram e decidi caminhar para aproveitar um pouco do sol. Eu precisava de um pouco de ar fresco para clarear a mente. No entanto, fui surpreendida quando ouvi alguém me chamando pelo nome.
— Emma?
Virei-me para trás, reconhecendo a voz familiar.
Emma- Senhor Ian? — Uma mistura de surpresa e nervosismo tomou conta de mim. O que ele estaria fazendo aqui?
— Olá, gostaria de uma carona?
Emma- Não, obrigada. Estou bem. — A verdade é que eu estava hesitante. Ele era gentil, mas não queria parecer dependente.
— Eu insisto, venha.
Emma- Ok, obrigada. — Entrei no carro um pouco nervosa, tentando esconder meu constrangimento enquanto ele começava a dirigir.
Emma- Seu carro é muito bonito. — Tentei quebrar o gelo, admirando o veículo enquanto olhava pela janela.
— Obrigado, mas não chega aos pés do carro do meu irmão.
Emma- Para mim está ótimo. — Senti que ele estava tentando me deixar à vontade, e isso era reconfortante.
Ele me olhou e eu percebi uma intensidade no olhar dele.
Emma- O carro do senhor Thomas é esportivo, morro de medo. — Uma risada involuntária escapou dos meus lábios ao pensar nas vezes em que estive perto dele ao volante.
— Ksksks.
— Suponho que nenhuma mulher além de você tenha entrado no carro do meu irmão.
Emma- Sério? — Me surpreendi com a afirmação dele. Era estranho pensar que eu era a única mulher nessa situação.
— Sim, eu pessoalmente nunca entrei.
Dou uma risada nervosa. Isso é tão inesperado…
Emma- Desculpe, mas o senhor Thomas é estranho. — Falei isso sem pensar muito, mas era verdade. Havia algo nele que sempre me deixava intrigada.
— Você acha mesmo que não percebi? Em todos os meus 25 anos de vida, nunca vi meu irmão com uma mulher.
Emma- Sério? — A curiosidade aumentava em mim. O que será que havia por trás dessa história?
— Sim, você pode pensar que ele é gay, mas não é o caso. Meu irmão passou a maior parte da adolescência nos Estados Unidos, então não tive muita convivência com ele. A única mulher que já vi perto dele foi você.
Aquelas palavras me deixaram lisonjeada e confusa ao mesmo tempo.
— Pode não acreditar, Emma, mas meu irmão tem um grande carinho e respeito por você.
Emma- Sério mesmo? — Meu coração acelerou com essa revelação.
— Sim, acredito. Mas, convenhamos, quem não teria? Você é maravilhosa.
Emma- Não precisa exagerar, sou apenas uma mulher comum. — Senti um calor nas bochechas; estava constrangida e um pouco insegura diante do elogio dele.
— Talvez para você seja assim, mas para mim e meu irmão é algo mais especial...
Emma- Não precisa continuar. — Eu queria mudar de assunto antes que ficasse ainda mais envergonhada.
— Você mora por aqui?
Emma- Sim, em um daqueles apartamentos. — Falo apontando vagamente na direção dos prédios próximos enquanto tentava manter a conversa leve.
— Entendi.
Emma- Bem, obrigada pela carona, não precisava se incomodar. — Senti uma gratidão genuína por sua gentileza; era bom saber que havia pessoas assim por perto.
— Sem problemas.
Emma- Tchau.
Ele respondeu com um sorriso enquanto eu saía do carro. Olhei para ele mais uma vez antes de sair e acenei com a mão. Ao começar a caminhar para casa, uma mistura de pensamentos e sentimentos ocupava minha mente.
Ao chegar em casa, passei pela porta e subi as escadas...
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Atualizado até capítulo 42
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