Desde que conheci Bennett Max eu soube que seria difícil conviver com ele, o cara não só era arrogante, mas também era incrivelmente gostoso. Desde o nosso primeiro contato ele deixou bem claro que eu não era bem-vinda em sua casa, e com o passar dos dias isso não mudou. Eu acabei me acostumando com o jeito rude dele e ele acostumou-se com a minha presença, apesar de evita-lá sempre que podia. Sempre que estávamos no mesmo ambiente faíscas rolavam, a tensão era palpável, eu não fugia de responder as suas provocações e ele fazia de questão de me tirar do sério com frequência.
Com as amizades que fiz através dos Max's eu comecei a sair algumas vezes com Chloe, Clair, Ethan, Chris e Matthew, consequentemente isso incluía Bennett também, já que eram amigos a tantos anos.
Em uma dessas saídas Bennett e eu tivemos uma discussão tão calorosa que os nossos amigos tiveram que intervir, eu estava no meu limite com ele, e como sempre ele tinha que bancar o engraçadinho e me provocar a noite toda.
Depois desse episódio nos dois passamos a nos evitar ainda mais. O que era relativamente difícil já que morávamos na mesma casa e saíamos com as mesmas pessoas, mas o Bennett facilitava as coisas, eu mal o via em casa, ele estava sempre trabalhando até tarde ou saindo com alguma modelo no seu tempo livre, o que pra mim era um alívio, o clima entre nós não era nada amigável.
Eu evitava tecer qualquer tipo de comentário negativo sobre ele, até porque eu estava na casa dele, de certa forma eu meio que me sentia culpada por detesta-lo tanto.
Já com a Sam a minha relação não podia ser melhor, aquela garota me surpreendia demais, durante todos os dias eu levava e buscava ela em todas as suas atividades extracurriculares e me certificava de que ela estava fazendo tudo da maneira correta, os dias com a Sam eram divertidos e leves, fazíamos todo o tipo de atividades juntas, desde ver filmes a fazer cupcakes.
O primeiro mês passou tão rápido que nem pude notar, eu falava com os meus pais no Brasil todos os dias, e a cada dia que passava eu sentia mais saudades de casa, a Grace e a Sam se empenhavam sempre para me manter com um bom humor, as saídas com a galera também ajudavam muito a combater a minha Home Sick, com o passar do tempo as coisas se tornaram mais fáceis de lidar.
Quando chegou o fim de semana do aniversário do Chris eu estava animada demais, era o primeiro aniversário de alguém do meu novo grupo e eu não via a hora de escolher o melhor presente possível para ele. Eu sempre gostei de datas comemorativas e me empenhava bastante para fazer daquele dia o mais feliz para as pessoas que eu amo.
Passei a tarde toda no shopping com a Chloe e a Clair procurando o presente perfeito, apesar de conhecer o Chris a pouco tempo eu meio que já sabia o que poderia agradá-lo ou não, procurei por todas as lojas até encontrar a máquina fotográfica que tinha visto há alguns dias na Internet, por ser um arquiteto Chris gostava muito de paisagismo e sempre tirava fotos incríveis de Prédios, casas, paisagens e tudo aquilo que o atraísse.
Quando voltei para casa, já estava na hora de me arrumar, Chris havia reservado um lounge em uma das melhores boates de Nova York, eu tinha que me vestir conforme a ocasião.
Após tomar um banho revigorante, eu fiz até o meu guarda roupas e escolhi um belo conjunto de Calças e topper que valorizavam a minha silhueta de uma forma sexy e elegante, me maquiei um pouco, deixando tudo o mais natural possível, deixei o meu cabelo solto formando uma cascata luminosa pelas minhas costas e calcei um salto alto que me deu um grau de altura excelente.
Depois de arrumada desci as escadas para a sala de estar, Bennett estava na cozinha, vestindo uma preta que marcava bem o contorno dos seus músculos e uma jaqueta de couro que completava o seu estilo bad boy, estava bebendo uma cerveja, e ao me ver pude perceber a sua expressão de surpresa e encantamento, aquele olhar não era recorrente em nossas interações.
Quebrei o contato visual entre nós e peguei o meu celular para chamar um Uber, mas fui interrompida pela voz de Bennett.
— Eu posso te dar uma carona até a boate, estou indo pra lá agora.
Eu penso na sua proposta por um segundo, e a sua gentileza repentina não faz nenhum sentido na minha cabeça.
— Por que você me daria carona? Acho que eu sou a última pessoa que você gostaria de ter do seu lado.
Ele coça o queixo e me responde de uma forma indiferente.
— Tem razão, mas estamos indo para o meu lugar não vejo porque não irmos juntos.
Eu considero as palavras dele, e realmente não faz o menor sentido não aceitar a carona.
Respiro profundamente e assinto.
Bom, acredito que eu sobrevivo a uma carona com esse Babaca.
A maior parte do trajeto foi abaixo de um silêncio ensurdecedor, o que só fez com meus pensamentos se tornassem altos e incômodos eu não sei porque aceitei essa carona, era evidente que seria assim, nós não temos nada para dizer um ao outro.
Eu mal esperei o carro estacionar e já pulei do banco do passageiro, tudo o que eu precisava era sair daquele casulo claustrofóbico que a BMW do Bennett tinha se transformado.
Após entregar as chaves ao manobrista, nós entramos juntos na Paradise, o lugar estava lotado de jovens ricos e solteiros dispostos a enlouquecerem por uma noite. Atravessamos o mar de gente espalhada por todo o salão, no caminho não pude deixar de notar o quanto estávamos chamando atenção, muitos homens e mulheres olhavam descaradamente para nós, como se fossemos deliciosos filés em um restaurante 5 estrelas. Bennett também percebeu a atenção recebida por nós, e passou a mão pelas minhas costas, pousando os seus dedos bem acima do meu bumbum, o contato repentino me pegou de surpresa e eu senti um formigamento por todo o meu corpo. Com a mão nas minhas costas, ele me guiou até o outro lado do salão, onde pude ver Matthew acenando para nós.
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Atualizado até capítulo 42
Comments
Sandra Camilo
tadinha não cai na dele
2024-09-03
0
Isabel De Jesus
coitada ele só viu mas uma transa
2023-11-15
8
tuca
começando vamos lá
2023-06-08
1