Eliot estacionou o carro em uma garagem amplo que possuía mais 2 carros Suv estacionados, eu já sabia do padrão de vida abastado da família Max, mas não podia visualizar na minha mente a grandeza daquele lugar, a casa era enorme, devia ter no mínimo 7 quartos, incontáveis banheiros, piscina, sauna, sala de jantar espaçosa e aconchegante, eu gastaria um dia inteiro para conhecer tudo, Grace me direcionou para a porta da sala de estar, e mais uma vez eu fui arrastada para a luxuosa vida deles, o cômodo era impecável tanto na limpeza quanto na decoração, mas o que mais me chamou atenção foi um lindo piano que estava no centro da sala, próximo a uma lareira que dominava toda a parede, Grace entrou do que eu julguei ser uma cozinha, e eu fiquei me perguntando se alguém na família tocava aquele piano, desde pequena sempre fui apaixonada por música, ouvir alguém tocando qualquer instrumento ou cantando era algo que me deixava sempre muito animada.
Estava embasbacada com o ambiente quando uma voz me trouxe para a realidade.
- Você deve ser a nova babá.
Me virei e meus olhos pararam em cima de um Homem que mais parecia saído de um catálogo de cuecas, alto, loiro, olhos azuis que mais pareciam cinza, a pele clara e iluminada que contrastava muito bem com seus lábios vermelhos e volumosos, ele devia ter 1,92 de altura, no mínimo, e vestia uma camisa preta do Pearl Jam, o que fazia com que seus músculos ficassem em evidência sob o tecido fino.
Eu passei os meus olhos por toda a extensão do seu corpo, acredito que encarei o seu rosto por tempo demais, quando consegui me recompor resolvi me apresentar.
—Oi, meu eu sou a Anne a Nova AuPair, você deve ser o Bennett, é um prazer finalmente conhecê-lo.
Ofereci a minha mão para um cumprimento e o meu melhor sorriso, que foi simplesmente ignorado.
— Não me importa qual seja o seu nome, eu não tenho interesse em saber da vida de ninguém que trabalhe nessa casa, e dirija se a mim como senhor Max em ocasiões futuras.
Ao dizer essas palavras ele simplesmente se virou e me deixou na sala digerindo e processando toda a situação. Ainda estava me recuperando do ocorrido quando Grace voltou da cozinha com uma bandeja nas mãos, ela me levou até a mesa de jantar
e me fez sentar em uma cadeira, colando a bandeja com diversos tipos de comidas, enquanto eu comia a Grace me contava sobre todos os programas que poderíamos fazer juntas durante a minha estadia ali, me contava da felicidade que sentia em receber uma intercambista em sua casa e o quanto valorizava essa troca cultural que teríamos nesse período, em tudo que ela dizia eu sentia aconchego e sinceridade, todo o estranhamento que senti no avião tinha se dissipado.
Quando terminei de me alimentar, seguimos para o meu quarto, um espaço amplo e muito bem decorado, como o restante da casa toda. O quarto possuía um banheiro igualmente incrível e arejado, o quarto era pintado em um tom de azul lindo e sereno, muito similar a cor dos olhos de Bennett, então me veio a mente que em nenhum momento o Bennett havia sido citado desde a minha chegada, e nem mesmo Grace cogitou me apresentar a ele, isso só aumentou a minha curiosidade em relação a ele.
- Grace, eu conheci o Bennett na sala, quando cheguei.
- E como foi? Ele foi gentil com você? Eu devia tê-la avisado sobre a presença dele hoje. O meu filho é um rapaz maravilhoso, muito educado, gentil, carinhoso, mas ultimamente ele tem estado diferente, algumas coisas aconteceram nos últimos meses e ele fechou-se muito para todos ao seu redor. Espero que não se assuste com o comportamento dele, prometo que ele não lhe incomodará.
Eu assenti com a cabeça e tranquilizei a Grace sobre o nosso encontro.
- Não se preocupe Grace, não houve nenhum incômodo entre nós, ele não parece estar extremamente feliz com a minha chegada, mas isso não será um problema.
Interrompo a minha frase no meio ao bocejar demoradamente, não tinha percebido o quão cansada eu estava e o quanto eu precisava descansar. A Grace também notou o meu cansaço.
- Não será um problema querida! Todos estamos felizes com a sua chegada e a sua permanência em nossa família, incluindo o Bennett, não se preocupe, com o tempo você se sentirá mais acolhida. Mas agora você precisa descansar um pouco, foi uma viagem longa e o fuso horário deve estar acabando com você, durma um pouco e descanse, mais tarde faremos um programa familiar para que possamos nos conhecer melhor.
Grace sai do quarto me deixando sozinha com meus pensamentos, realmente preciso descansar, meu corpo e minha mente estão esgotados. Eu deito na cama macia e fecho os meus olhos, e sono vem chegando e com ele a consciência de que agora essa é minha vida.
O meu primeiro dia em Nova York pode ser descrito como memorável, eu não só conheci todos os pontos turísticos da cidade, como também tive momentos inesquecíveis com a minha nova família, eu estava quase me sentindo mal por gostar tanto de outra família que não fosse a minha, a minha mãe não gostaria nadinha disso.
Os Max´s eram sem sombras de duvidas a família mais incrível e afetuosa que eu poderia encontrar nesse intercâmbio, me fizeram sentir parte integrante da família desde o primeiro minuto, e eu sou muito grata a isso, quando voltamos pra casa naquele dia eu estava tão eufórica e ansiosa para contar tudo aos meus pais no Brasil, nossa conversa no telefone foi longa e cheia de saudades, contei cada detalhe da minha nova vida e ouvi as novidades de casa. Ao encerrar a ligação eu senti um conforto acolhedor no peito, aquela conversa com os meus pais me fez perceber que eles sempre estariam ao meu alcance, mesmo que por telefone, eu sempre poderia recorrer a eles independente de onde estivesse.
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Atualizado até capítulo 42
Comments
Anonymous
cadê as fotos
2024-02-28
5
Maria Helena De Siqueira Siqueira
gostando muito da história
2024-02-05
0
Elizete Valmira
a história tá ótima.
2023-05-26
4