Capítulo 4

...“Finalmente eu te achei, Angel. E, dessa vez, garantirei que o meu serviço seja completado.”...

Angel olhava assustada para o homem em sua frente. Ela nunca tinha visto ele antes, mas ele parecia saber exatamente quem ela era. O homem olhava tão profundamente para ela, que o ar em seus pulmões ficavam cada vez mais fracos. Angel nunca tinha sentido tanto medo quanto agora.

— Você não sabe o quanto esperei por esse momento. — Disse ele passando uma das mãos pelos cabelos de Angel. — Você possui a mesma cor de cabelos que ela. — Lágrimas escorriam pelo rosto da garota e ela fechou os olhos para evitar olhar para ele. A única coisa que ela desejava é que aquilo fosse apenas um pesadelo.

O homem, vendo que ela estava mais “calma”, tirou a mão da boca dela, mas antes se certificou que ela estive totalmente imobilizada. Ele esperou muito tempo pela sua vingança, e faria questão de que ela sentisse sofrimento em cada parte do seu corpo.

— Por quê? — Foi a única coisa que ela conseguiu perguntar. Ela não lembrava de ter feito mal para alguém. Até mesmo pensou que foi Bryan quem mandou aquele cara para poder matá-la.

— Porque a sua família destruiu tudo o que tínhamos. Eramos os mais fortes, mas aí eles criaram aquela raça medíocre. — Angel não entendia nada do que eles estavam falando. A única pessoa que ela conhecia de sua família era o seu avô. Porém, ele sempre foi alguém muito querido por todos, ela nunca imaginaria ele machucando ninguém. — Mas isso acaba agora. Iremos te destruir antes que você nos destrua.

O homem tirou do bolso de seu casaco uma faca e a levou em direção ao rosto de Angel. Só que após escutar tudo isso, Angel não iria desistir tão fácil assim. Ela precisava saber o que aconteceu de tão ruim no passado para ele querer matar ela no presente. De um modo ágil, ela aproveitou a pequena abertura que ele deu para poder dar um chute no meio das pernas dele. O homem se afastou com a dor e ela aproveitou para tentar fugir dele, só que ele se recuperou rapidamente e atirou a faca com tanta força em direção a ela, que a mesma acabou acertando a parte de trás da sua perna direita. Angel caiu instantaneamente no chão gritando de agonia, e o homem começou a caminha lentamente até ela.

— Sua malcriada, eu acabei te julgando mal. — Disse ele chegando mais perto dela. — Quem imaginaria que uma garota assim como você seria tão forte. — Angel apenas continuou encarando o chão. A dor era tão lancinante que a estava deixando fraca. — Eu disse que ia te fazer sofrer.

— Vá para o inferno. — Foi a única coisa que ela respondeu.

O homem debochou da dor da garota, mas isso não era o suficiente. Ele queria mais. Quando já estava perto o suficiente, ele iria pressionar mais a faca na perna da garota, porém, algo rapidamente surgiu em sua direção o fazendo recuar. Quando ele viu quem apareceu na frente da garota, sorriu de um modo divertido para o outro homem.

— Olha só quem apareceu, o príncipe dos ceifeiros. — Gabriel nada respondeu, apenas se abaixou perto de Angel e a olhou nos olhos.

— Não se preocupe, vai ficar tudo bem. — Gabriel disse para Angel. Seu olhar era tão penetrante, que ela sentiu um pouco de calma. Embora vê ele ali não significava um bom sinal.

— Irá mesmo me ignorar? — O homem riu ainda mais. — Parece que os boatos eram verdadeiros a seu respeito.

— O que um verme feito você está fazendo com um humano? Ficou tão entediado que está pensando em ser exilado de novo?

— Vocês nunca conseguiriam me levar de volta para aquele lugar. — Os dois se encaravam tão intensamente que, mesmo machucada, Angel começou a prestar atenção na conversa dos dois. Gabriel saiu de perto da garota para poder se aproximar do homem. — Essa pirralha é a causadora do nosso sofrimento. A morte é um destino calmo comparado ao que ela merece.

— Uma simples humana causar problemas a um demônio, isso é algo que não se vê todos os dias. — Gabriel zombou da fala do outro homem, mas dentro de si ele sentia que aquela situação era mais complicada do que ele esperava. Nenhum demônio machucava os humanos pessoalmente, geralmente eles enviavam pequenas cobaias em seu lugar. — Embora vocês são tão estúpidos que isso não me admira.

— Cuidado com o que fala sobre nós, príncipe. Você e eu ainda temos o mesmo sangue.

— Alguém tinha que ficar com a parte sã da família.— Respondeu ele cruzando os braços. O homem ficou tão furioso com o que ele disse, que resolveu retrucar as palavras do outro.

— Não vai me dizer que agora protege os humanos? O tão terrível Gabriel amoleceu seu coração por causa de uma garota. — Ele riu com escárnio. — Que patético, príncipe. Quem imaginaria que ao dormir com uma garota você ficaria tão fraco assim.

Inesperadamente, sombras negras surgiram ao redor de Gabriel, trazendo consigo uma forte ventania. Seus olhos — antes negros, agora estavam se tornando um vermelho tão vivido a ponto de conseguir observar pequenas faíscas dentro deles. Em sua mão direita, uma sombra foi surgindo aos poucos ganhando forma e se transformando em sua foice. Sua ponta era tão pontiaguda e afiada ao ponto de conseguir cortar rapidamente uma árvore em segundos. Tinha poucas coisas que deixava Gabriel bravo, porém ser irritado por um demônio era o mais fácil delas. Gabriel os odiava com todas as forças. 

— Não vai mostrar suas asas ceifeiro? — O homem pergunta ansioso por finalmente poder conhecer o poder de Gabriel de perto.

— Não preciso. Isso acabará em estantes. Sua voz já está me dando dores de cabeça. — Após terminar de falar, com um simples movimento Gabriel lançou sua foice em direção ao homem que rapidamente bloqueou ela com os antebraços. Ele nem teve tempo de reagir, pois Gabriel apareceu atrás de si novamente com a foice em mãos, e com o cabo dela, ele a desferiu sobre o homem que caiu no chão. O homem — mesmo caído —, se virou em direção a ele bem a tempo de impedir que Gabriel o cortasse segundo a ponta da foice com as mãos. 

— Você é bem forte mesmo. Mas isso não será o suficiente — Disse o homem segurando com força a foice nas mãos. Gabriel recuou um pouco e o homem achou que finalmente poderia conseguir se levantar. Ele só não esperava que o ceifeiro aproveitasse dessa tentativa para cortar a barriga dele. Agonizando de dor, ele tocava o ferimento tentando estancar o sangue. Ele ainda teve sorte que Gabriel não fez um corte tão profundo nele.

— Quem mandou você atrás dela? — Perguntou Gabriel irritado. 

— Pode até me matar, mas isso não vai impedir que ela também morra. Todos estão atrás dela. Ela é poderosa demais para estar andando livremente por aí. Então, o que vai ser, príncipe? Vai me matar e levar a garota comigo? Não se esqueça de que ela ainda é humana. Será que perder muito sangue será bom para ela? — Gabriel, cansado de ouvir a voz do homem em sua frente, o decapitou. O homem era um demônio tão inferior que nem ao menos podia se transformar em sua verdadeira forma.

Assim que acabou com ele, rapidamente ele foi ver a garota que estava tão fraca que os seus lábios já estavam ficando brancos. Gabriel em segundos voltou ao normal fazendo a foice desaparecer, e agachou-se para pegar Angel nos braços. 

— Não se preocupe, loirinha. Dessa vez irei salvar você. — Disse ele por fim desaparecendo daquele lugar junto com ela.

Baixar agora

Gostou dessa história? Baixe o APP para manter seu histórico de leitura
Baixar agora

Benefícios

Novos usuários que baixam o APP podem ler 10 capítulos gratuitamente

Receber
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!