O que está acontecendo?

Sem saber o que fazer, eu sigo Luther e saio da sala onde estava, e assim que passo para a sala onde estava Luther, eu vejo que tratava-se da mansão que a Yorik havia cedido para nós.

Eu dei uma boa olhada em volta e me deparo com Luther, o mesmo estava sentado no seu espaçoso e confortável sofá, enquanto trabalhava em seu notebook.

Eu paro na frente de um Luther a qual nunca havia visto em toda a minha vida, pois o mesmo ainda não havia me dado instruções alguma. Luther para o que estava fazendo e me olha dos pés a cabeça.

- Como posso servi-la, senhorita empregada do inferno? – Disse Luther com um tom arrogante.

- Você é sempre assim? – Pergunto indignada.

Na verdade eu não estava acostumada com esse jeito escroto do Luther, é como se aquele grandão fofo e carinhoso nunca tivesse existido.

- Garota, você está aqui só pra me ajudar, não para ser tratada como desejar!

- Seu... (Suspiro!) Eu só vim pedir as suas ordens, senhor! – Digo aprisionando minha raiva.

- Nesse caso, eu gostaria que você fizesse como desejar, mas... Por favor, dê uma prioridade no banheiro do meu quarto, eu tenho um compromisso daqui a duas horas e vou precisar tomar um banho! – Disse Luther arrumando a gola da camisa.

- Sim, meu senhor! – Eu respondo após um breve suspiro.

Eu sigo para onde era o nosso quarto por puro instinto, então assim que chego, eu vejo que realmente tratava-se do quarto de Luther.

- Como está tudo tão diferente... É como se esse Luther fosse de outro mundo! – Antes de limpar o banheiro, eu começo a limpar o quarto.

Enquanto eu arrumava a cama, no meio dos lençóis eu encontrei uma calcinha usada de cor vermelha, é claro que meu coração acelerou na hora e o ciúmes começou a gritar dentro de mim, mas após respirar fundo eu ponho na minha cabeça que minhas lembranças foram apagadas... Para ele eu nunca existi.

Voltando a mim mesma, eu recolho todas as peças de roupas que estavam jogadas e depois finalizei com uma bela arrumação no quarto.

- Eu nunca imaginei como seria essa a sensação de ser esquecida... É tão doloroso... – Eu pego um porta retrato que estava em cima do criado mudo, ao lado da cama.

O que tinha na foto acabou me surpreendendo, a foto tratava-se de uma em que eu e Luther tiramos logo que nos formamos juntos na academia.

- Espera, então ele lembra de mim? – Eu fico confusa.

Eu coloco a foto no lugar pensativa, mas logo volto aos meus afazeres e limpo totalmente o banheiro. Assim que estava saindo do banheiro, eu dou de cara com Luther, que estava olhando tudo em volta.

- Senhor... Não pensei que o senhor viria para o seu quarto em tão pouco tempo... – Digo sem jeito.

Luther olha para mim com um olhar acusador.

- Eu pedi que você desse prioridade ao meu banheiro, mas você limpou o meu quarto primeiro... Posso saber o motivo de você não ter seguido minha ordem ao pé da letra? – Ele demonstra estar bravo.

(Suspiro!) – Desculpa , senhor Luther, mas eu pensei ter ouvido você dizer que eu poderia fazer o que eu quisesse, contanto que desse prioridade ao seu banheiro! – Eu continuo contendo a minha raiva.

Ao contrário do que pensei, Luther sorri discretamente e depois balança a cabeça.

- Apesar de ter arrumado meu quarto antes do banheiro, você não deixou de fazer o que te pedi... Dou muito valor a pessoas que cumprem ordens de forma inteligente e sem falhas, meus parabéns! – Disse Luther.

Eu não sei porque, mas fiquei muito feliz com seu elogio.

- Obrigada, senhor... Eu não...

- Não esperava um elogio meu depois da forma que te tratei inicialmente?

- Eu... eu não esperava! – Digo sem jeito.

- Está tudo bem, eu admito que peguei pesado com você... Eu nem sei porque vou te contar isso, mas... É que logo que te vi, encontrei características em você que parecem muito com meu amigo que faleceu a alguns anos atrás!

- Seu amigo que faleceu? – Eu fico curiosa.

- Sim... Quando minha irmã apareceu para mim pela primeira vez, meu amigo atirou nela... Infelizmente para ele, ela estava com um campo refletor de ataques e então os projéteis se voltaram contra ele! – O semblante de Luther muda para um bem triste.

- Entendi... Desculpa a pergunta, mas qual era o nome do seu amigo?

- O nome dele era Skyler!

Assim que Luther termina de dizer o meu nome, eu fico pasma, afinal de contas não foi isso que aconteceu, e eu pensei que seria esquecida, não que eu tivesse morrido.

- Então, você e sua irmã...

- Não se preocupe, conseguimos nos acertar... Não foi culpa dela, foi apenas um acidente! – Disse Luther com um tom de lamento em sua voz.

- Senhor Luther... Você sabe o meu nome, não é?

- Esse é outro motivo para eu ter te tratado do jeito que tratei!

- Entendi... Bem... Eu tenho outros afazeres, então vou indo! – Eu me dirijo a saída do quarto, então Luther chama minha atenção.

- Espera... Não precisa se esforçar mais do que o necessário!

Eu olho nos olhos de Luther, dou um sorriso simpático e logo respondo o mesmo.

- Não se preocupe, senhor, eu sou uma súcubo de combate, então não acho que um trabalho braçalzinho vá me cansar assim!

- Uma súcubo... É verdade, você é uma súcubo... – Eu vejo a bochecha de Luther corar.

- Sim, eu sou! – Eu arqueio uma de minhas sobrancelhas de curiosidade.

Luther me olha dos pés à cabeça, fica em silêncio e engole seco.

- Senhor Luther, o senhor está bem? – Eu fico um pouco preocupada.

- Não, eu... Quer dizer... Sim, eu estou bem, você já pode voltar a seus afazeres!

Ele me deixou confusa, mas acabou perdendo sua compostura de CEO, isso me fez querer rir da cara dele, mas tinha uma coisa me perturbando... Porque eu morri, e eu pensei que a magia usada por Samphyr iria me apagar da memória de todos... Será que ela cometeu um erro?

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Comments

Quilliom

Quilliom

Aaahhh, isso me desanimou de verdade

2024-04-30

0

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