Salvatore Martinelli 🎭
Chamei e agora ela está na minha frente, o rosto corado. Percebi que todos os homens a encaravam com certa malícia.
Algo que não gostei. Só não mato todos eles porque ficaríamos sem soldados para as batalhas.
Em vez disso, puxei seu corpo para mais perto e fuzilei cada um com um olhar raivoso.
— Senhores, esta é Aysha Carther. Melhor amiga da esposa do capo Heitor. Quero que a respeitem e obedeçam tudo o que ela mandar. Estamos de acordo?
— Scusi, signore — responderam em uníssono.
Sorri ao encarar os olhos castanhos-mel dela, notando um brilho desconhecido neles.
— Não precisava… — disse ela, a voz baixa, antes de se virar para cumprimentar todos.
Observei cada movimento dela, sentindo uma sensação estranha no peito.
— Já podem voltar ao treino — ordenei. Eles bateram os pés no chão e retomaram a luta. — O que veio fazer aqui?
— Ah… me assustei com o barulho do tiro e tive que ver o que era.
— Você veio saber de onde o tiro vinha? — cruzei os braços.
Aysha sorriu sem graça, colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha.
— A Bella me explicou que era o sinal de iniciação do treino, mas fiquei curiosa pra saber como é o treinamento de vocês.
Assenti, desfazendo a postura rígida. O olhar dela desceu até a arma presa à minha cintura, e ela engoliu seco.
— Não precisa ter medo.
— Eu não tô com medo. Você não me faria mal — disse com um sorriso provocante.
— E como pode ter tanta certeza? — me aproximei ainda mais, o olhar fixo no dela.
— Porque eu sei.
Ela riu e me deu um beijo rápido na bochecha.
— Me ensina a atirar?
— Quer aprender?
— Se não quisesse, não teria perguntado, né, querido?
Mudei a postura e vi seus olhos revirarem com a provocação. De repente, Aysha puxou minha arma da cintura e mirou para o céu.
— Aysha, cuidado—!
Não terminei a frase. O tiro ecoou no ar, e ela deixou a arma cair.
— Oops… — disse, o rosto vermelho, um sorriso envergonhado nos lábios.
Ri, pegando a arma do chão.
— Vem.
Segurei sua mão e a levei até a área de treinamento com armas.
— Nossa… — murmurou, rindo.
— Vamos começar com essa aqui. — Peguei uma G18 e entreguei a ela. Aysha analisou a arma com curiosidade, depois sorriu.
— Tá, vamos começar.
— Tá vendo aquele ponto ali? — apontei para o alvo a alguns metros de distância. — Tente acertar o centro ou a parte azul.
Ela assentiu, se posicionou e atirou. A bala passou por cima do alvo.
— Nada mal para uma iniciante — comentei ao ver sua expressão aborrecida. — Tente desse jeito.
Me posicionei atrás dela, segurando suas mãos.
— Tente segurá-la assim — murmurei ao pé do seu ouvido, sentindo um arrepio quando ela suspirou.
Minhas mãos sobre as dela, firmes. Fechei os olhos por um segundo, inalando o perfume dela.
— J-já posso atirar? — perguntou com a voz rouca e falha.
— Pode.
Ela puxou o gatilho. O tiro acertou o alvo azul e Aysha pulou de alegria.
— Viu só? Eu sou demais!
O sorriso enorme iluminava o rosto dela enquanto comemorava. Cruzei os braços, observando, incapaz de conter um sorriso discreto.
De repente, ela parou e me encarou, o rosto corado. Caminhei até ela e puxei seu queixo para que me olhasse nos olhos.
Não resisti. Selamos nossos lábios, o beijo começando suave. Minha mão esquerda segurava seu rosto, a outra em sua cintura.
Aysha ficou na ponta dos pés. Percebendo isso, a ergui nos braços e voltei a beijá-la, agora com mais intensidade.
Sua língua invadiu minha boca e retribuí, puxando levemente seu cabelo para ter acesso ao pescoço dela. Um gemido baixo escapou de seus lábios.
— Aysha, a Samantha ligou.
Paramos o beijo abruptamente. Vincenzo, o pequeno ruivo, nos observava com um sorriso torto.
— O que vocês estavam fazendo? — perguntou, se aproximando mais.
Aysha sorriu sem graça. Abaixei até ficar na altura dele.
— Sua tia queria usar uma arma. Eu só quis ajudá-la porque armas são perigosas. Você não pode nem pensar em usar uma, Vince.
— Prometo. — Ele riu quando o carreguei nos braços.
— A Samantha ligou? O que ela disse?
— Mandou chamar vocês dois. A Bella tá falando com ela no telefone.
— Oh, meu Deus, vamos logo então!
Aysha sorriu, segurando minha mão e me arrastando. Enquanto ela fazia isso, observei nossas mãos entrelaçadas, um turbilhão de emoções crescendo dentro de mim.
O que essa ragazza tem de tão especial que me deixa assim?
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Atualizado até capítulo 85
Comments
Ligia Silva
igualmente mesmo errada sei o que quer dizer parabéns ótima história
2024-09-09
1
Eronilde Sousa
qdo a palavra está escrita errada eu interpreto correto não se preocupe a história é linda ,parabéns
2024-05-08
3
Tania Maria Vasconcellos Do Nascimento
eu nem ligo pro erro ortográfico e sim pelo conteúdo da história, e autora não liga pra essas pessoas que ficam querendo menosprezar seu trabalho. Estou amando a história.
2023-11-25
5