Carlos
Ela não ia sair sozinha. Não enquanto eu estivesse por perto.
— Não, senhora. Você não sai sozinha nem ferrando.
— Querido, eu sou dona do meu nariz. Faço o que eu quero.
— Até assinar o casamento. Depois, você será minha. E eu faço o que quiser com você.
— Se o que você quiser for o que eu quero… — ela sorriu de lado. — Quem sabe, né? Acho que você tá querendo me comer com os olhos. Tem coisas aí que não estão se controlando, não é?
Ela lançou um olhar rápido para a minha roupa… e acertou em cheio.
— Querido, vamos almoçar antes que você queira consumar o casamento — provocou, rindo.
— Jamais tocaria em você. Nem um dedo.
— Pode até não tocar, mas seu corpo queria o meu por inteiro. É isso que ele me mostra… Vamos comer, querido. Agora me deu fome. Você me deixou com apetite. — Ela passou a língua nos lábios. — Nossa, tá lindo assim, meu amor. Dá vontade de beijar essa boquinha.
Me afastei antes que ela conseguisse me desestabilizar.
— Vamos.
No carro, ela não parou.
— Vamos tirar uma selfie? — perguntou, já com o celular na mão.
Fingi não ligar e apenas sorri.
No restaurante
Assim que descemos, algumas pessoas pediram fotos com ela. Ana sempre sorridente, sempre prestativa. Eu observava de longe, reparando na forma como ela se iluminava com o público.
Então, vi ela parar diante de uma mulher sentada na rua, ao lado de uma menina claramente desnutrida.
— Senhora, onde mora? — Ana perguntou, se agachando.
— Numa casa no final da praia… é longe daqui.
— Pegue esse dinheiro e compre comida e roupa pra vocês. Antes de ir embora, apareço na sua casa. Se precisar, ligue nesse número — disse, entregando um cartão.
Quando entramos no restaurante, chamei ela para perto.
— Finge tão bem…
— Amo você, devorador de menininhas ingênuas.
— Nunca vi mulher ingênua. Mas gostei do “devorador” — sorri de lado.
Comemos. A mídia estava por perto, então nos tratamos bem. Mas Ana não perde a chance.
Ela se inclinou até meu ouvido.
— Querido, não precisa muito pra você aproveitar e tirar uma casquinha de mim… da mulher mais barata que você conhece. — Ela sorriu maliciosa. — Nossa, como eu tenho domínio sobre esse corpinho. Tá todo arrepiado, hein?
Segurei firme sua cintura e a puxei mais perto.
— Calma, querida. Sei me controlar.
— É mesmo? Não parece… Mas não ligo, afinal… sou sua mulher, né? — Ela riu.
— Menina, você consegue me tirar do sério.
— E você me tira o ar, querido… — disse, beijando o canto da minha boca antes de se recostar no meu ombro.
Inspirei fundo. Que cheiro é esse? Meu Deus… estou ficando louco com essa mulher. Mas não vai conseguir nada.
Na praia
— Pode me levar numa praia deserta? — ela pediu. — Aqui vai ser difícil eu nadar.
— Não. Vai ser aqui mesmo.
— Carlos, por favor…
— Já disse que não.
Ela disfarçou a decepção e caminhou comigo até a areia. Não havia tantas pessoas, mas bastou ela tirar a saída para atrair olhares.
— Senhorita Ana, pode tirar uma foto comigo? — um moreno forte, de olhos verdes, perguntou.
— Claro que sim.
Ele pousou as mãos na cintura dela para a selfie. Eu observei de longe, com o sangue fervendo.
— Já acabou por hoje — falei, frio.
— Tchau, gatinha. Você é mais linda de perto. Espero te ver numa passarela.
— Foi um prazer — respondeu ela.
Quando o homem se afastou, me aproximei.
— Pare de se oferecer.
Ela não respondeu. Apenas correu para o mar, atraindo crianças e homens que pediam fotos.
Fiquei parado, observando.
Essa mulher vai me enlouquecer.
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Atualizado até capítulo 49
Comments
iranete teofilo
Ela também não é mole, e responde ele na altura. Ele vai ficar maluco e ela também. Vamos vê quem vai endoidar primeiro.
2025-08-17
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Ana Pontes
ele tá tomando do próprio veneno
2025-06-05
0
Adriana Martins da Silva
ainda mais que ela é virgem ♍ kkkkk
2025-04-28
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