Sou Ayla Stanford tenho 17 anos, faltam apenas 6 dias para completar meus 18 anos. Ansiosa demais por esse momento. Tenho 1,65m de altura, corpo modelando suas curvas, meu avô sempre me elogia por estar me tornando uma bela mulher, assim como foi minha mãe. Digo isso pois cresci sem os meus pais. Meus olhos são na cor âmbar e meus cabelos longos e escuros como minha mãe, Liz, mas meus traços, como o nariz um pouco achatado e boca carnuda, além da cor da minha pele que é morena são parecidos com o meu pai, Hector. Tenho orgulho disso, pois tenho um pouquinho dos dois. Só os conheço por fotos, pois eles foram assassinados em um assalto quando minha mãe estava com 7 meses de gestação, apesar de tudo, eu sobrevivi.
Fui criada por meu avô paterno, Eric Stanford, para os de fora um homem sério e frio, mas para mim o amor mais sublime do mundo. Apesar de estar quase na casa dos 70 anos, ele continua com um corpo que todos dizem ainda estar na casa dos 40. Somos só nós dois, um cuidando do outro. Temos muitos hobbys em comum, como ler, adoração pelas artes e viajar. Esses últimos 3 anos estamos vivendo em Houston-Texas, esse foi o maior período de estadia que ficamos em uma cidade. Meu avô não me disse o motivo de termos ficado tanto tempo, mas eu não me importei com esse detalhe. Já moramos na Itália, Espanha e passamos um semestre em Paris, antes de estabelecermos em Houston. No entanto, faltam menos de uma semana para nossa viagem para Los Angeles onde permaneceremos por lá até eu terminar o meu curso. O vovô quer que eu estude na mesma Universidade que os meus pais, tentei adiar esses planos, mas ele não aceitou e até já passei na admissão para o curso de Administração. Esse foi o curso que sempre quis fazer, apesar de amar psicologia e outras áreas do conhecimento eu decidi seguir os passos do meu pai.
Meu avô me educou e me ensinou muitas coisas. Aprendi com ele a cozinhar, pilotar, sobreviver na selva, a ler pessoas e algumas línguas como espanhol, francês, japonês e italiano. Desde cedo aprendi a me defender e agora com meus quase 18 anos sei várias táticas diferentes de combate, inclusive como usar vários tipos de armas e construí-las também, como aquelas de destruição em massa. Isso porque meu avô foi um espião renomado, porém é aposentado, não sei desde quando, alguns detalhes de sua vida ele não compartilha comigo, mas sei que abriu mão de muita coisa para se dedicar a mim após os meus pais morrerem.
Meu pai não quis seguir o exemplo de meu avô no ramo da espionagem, criou a sua própria empresa, porém com a sua morte, o meu avô materno Max Lawrence tomou de conta delas com a condição que meu avô Eric ficasse comigo até eu completar a maioridade. Para meu avô Eric eu sou sua maior prioridade, diferente dos meus avós maternos que odiavam o meu pai e não abençoaram a união dele com a minha mãe, mas usufruíram por um bom tempo dos bens que pertenciam a meu pai até acabarem com tudo.
Sei que tenho mais duas tias, Mandy e Angeline, e um tio, Samuel, irmãos da minha mãe, só a Angeline que é a mais nova, ainda não tem filhos. Mas não me empolgo em querer saber sobre eles e os meus primos. Nas minhas pesquisas, descobri que os membros dessa família são preguiçosos e interesseiros, muito diferente da minha mãe, uma mulher batalhadora e inteligente, como meu avô sempre a elogiava. Deles quero distância! Além disso, eles nunca me fizeram falta, eles só vieram no meu aniversário de 6 anos porque eles precisavam de mim para vender o que sobrou da empresa do meu pai.
Assim como eu, o meu pai era filho único e nunca encontrei um tio ou tia perdido por aí. Vovô sempre foi discreto quanto aos seus relacionamentos. Nunca conheci nenhuma outra mulher que ele tenha namorado, nem mesmo minha avó que morreu quando meu pai ainda era criança, nem foto ele guardou dela. Às vezes penso que foi uma decepção amorosa dolorida demais para que ele guardasse lembranças, até levantei algumas hipóteses, mas nunca quis confrontar. Creio que no momento certo e hora certa ele vai se abrir para mim.
Me recordo que uma vez uma senhora o convidou para um chá da tarde com segundas intenções, mas meu avô foi tão direto em negar o convite, com sua voz rouca e firme, que acabou deixando uma má impressão de si mesmo para todos no nosso bairro. Ele não sente falta de estar com alguém, então quem sou eu para me intrometer. Além disso, nesse ponto somos bem parecidos.
Nessa fase, a maioria dos jovens já quer estar namorando, eu porém me preocupo em terminar os meus estudos. Na minha antiga escola tinha muitas meninas com o coração partido devido a falsas esperanças que os garotos davam a elas, com isso aprendi que não estou tão desesperada para cair nesse laço. Além disso, os meus pais não foram tão precoces quanto ao assunto namoro. Pretendo seguir o exemplo deles. Eles se conheceram já terminando o colegial, foram o primeiro amor um do outro, namoraram, planejaram a sua vida juntos, terminaram a faculdade juntos e depois se casaram. Depois resolveram ter um bebê, neste caso eu, mas infelizmente o futuro deles comigo foi interrompido naquele assalto.
Queria estar com os meus pais, porém sigo com eles guardadinhos dentro do meu coração. Conheci algumas pessoas que assim como eu eram órfãs, mas que infelizmente não tinham o porto seguro como eu tenho: meu avô. Apesar de não ter os meus pais comigo, aprendi tudo o que eles gostavam e faziam e amava cada detalhe das histórias extraordinárias que o meu avô me contava sobre eles. Eram um casal apaixonado e sonhador. Pena que seus sonhos e suas ideias promissoras morreram quando eles se foram.
Não tenho amigos, as pessoas da escola, vizinhança, não considero como amigos, apenas colegas. Compreendo que amizade é uma via dupla onde se reina a confiança e respeito mútuo e isso não tenho mais desde os meus dez anos. Nesse período eu tinha muitos amigos, melhor, eu achava que eram meus amigos, porém fizeram uma brincadeira de muito mal gosto comigo na escola e eu não consegui me conter, acabei sendo expulsa por revidar de maneira agressiva os meus então “amigos”. Mudamos de cidade e nunca mais consegui confiar em ninguém para compartilhar minhas histórias, minha vida, além do meu avô Eric
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Atualizado até capítulo 70
Comments
Telma Souza
gente acho que já li essa história. Mais tô na dúvida. vou continuar pra ter certeza
2024-12-31
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Marina lopes
quem será que pai do filho dela , será que drogaram ela
2025-05-20
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Karla Nubia Lopes
/Bye-Bye//Scare/
2024-12-22
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