Capítulo 05 - O instinto do Beijo

Enquanto eu chegava perto do carro dele, aquele perfume amadeirado misturado com o cheiro do oceano que o Bryan tem, começou a queimar cada canto da minha alma. E a cada passo para mais perto dele, as lembranças daquela mordida tomaram a minha mente:

Bryan:

" - Luna..."

Um espanto repentino tomou-me, quando escutei a vós dele na minha mente. Congelei onde estava, mas eu percebi que o meu corpo havia-me traído, e eu já me encontrava presa entre a parte de trás do Jipe e o Bryan, que estava fazendo questão de não deixar brechas para escapatórias:

— Não ouse-

Tarde demais... ele me beijou. Diferente do que eu esperava e já tive como experiência, o Bryan deixou o meu corpo totalmente livre, sem necessidades de dominância e isso me deixou tranquila, trazendo-me até certa paz. As mãos seguravam o meu rosto, os seus lábios tocavam os meus de forma limpa, com ressonância magnética de desejo. A minha respiração mudou de ritmo, tentei afasta-lo mais as minhas mãos também traíram-me... alisando o seu abdómen e puxando ele para mais perto, segurando no cinto da sua bermuda.

Ele acariciava, a cada toque molhado dos seus beijos nos meus lábios, o meu rosto com delicadeza e carinho, profundos como o próprio oceano. Tudo o que o meu corpo e a minha mente desejavam, era continuar a sentir este calor que emana da pele dele e esta vontade que me guia, nesta dança divina entre as nossas línguas. Então, ele encostou a sua testa na minha outra vez, segurou o meu rosto com as suas mãos novamente, tomou fôlego e disse:

Bryan:

"— Eu disse, minha bela... tudo nesta praia pertence-me..."

Fechei os olhos, levei a mão direita no lugar em que ele me mordeu:

— Como estou escutando a sua voz na minha cabeça?...

O tom da minha vós era baixo, a respiração afoita e os meus batimentos também, revelando-lhe o medo que eu começava a sentir e ele, percebendo isso, beijou-me nos lábios novamente dizendo:

Bryan:

"- Não precisa ter medo de mim, minha doce bela... as respostas que busca viram com o tempo..."

E com isso eu fiquei ainda mais confusa, inquieta... como se o tempo estivesse brincando comigo ou tentando-me pregar uma peça, a ponto de deixar-me sem fala. Bryan colou o seu corpo no meu e disse:

Bryan:

— Estamos conectados desde que te mordi, você foi destinada a mim pela nossa Deusa, a Lua que paira sobre nós por todas as noites...

Gostei de escutar isso, confesso que deixou-me feliz. Mas quando percebi um leve e livre sorriso se expandir na minha face, abri os meus olhos e perguntei com mais rispidez:

— Bryan, o que você é?

Ele beijou a minha bochecha, cheirou o meu pescoço onde a minha mão ainda repousava causando-me arrepios, que de certa forma aqueceram as minhas partes pecaminosas... olhei para ele, e no momento em que senti o meu corpo humedecer com os seus toques, as pupilas dos olhos do Bryan dilataram no mesmo instante e ele ficou diferente.

Ele cheirou o ar, a minha volta. Com os seus olhos fechados ele segurou com as suas mãos, a minha cintura, apertando-as de uma vez. Isso fez o meu corpo bater contra o Jipe devido à força dele e o pequeno som surdo que o meu corpo fez, arrancou-me um suspiro:

— ... Bryan... pare... o que está fazendo comigo?

Ele parecia... hipnotizado! Eu não sei o que está acontecendo comigo, meu corpo não me obedece... as minhas pernas afastaram-se como se quisessem dar passagem a ele, e isso já estava-me deixando com raiva... Ele balançou a sua cintura sob a minha, e eu pude sentir o seu membro entumecido roçar-me, Bryan mordeu os seus lábios ao fazer isso:

— Bryan! Eu perguntei: O que você é?

A minha vós era um sussurro, mais ríspido, então ele pareceu recobrar o pouco de humanidade que penso que ele tem balançando a cabeça e

dizendo, com mais calma:

Bryan:

— Seu companheiro minha bela, e você é a minha Luna...

Ele disse como se tudo fizesse sentido, mais na minha mente tudo estava uma neblina e isso já estava a me estressar:

— Olha, eu não sei o que é nada disso Bryan. Então,

Aproveitei a pequena e curta brecha fornecida por ele (por causa do torpor momentâneo que ele pareceu estar a pouco) e afastei-me dele ficando distante dos seus braços, esta sensação e sentimento profundo que ele me causa esta começando a assustar-me, juntamente com tudo de estranho que esta cidade têm:

— Por que fez aquilo na praia?

Ele deu dois passos, eu recuei, ele parou e perguntou:

Bryan:

— Porque continua fugindo de mim?

Isso tudo... porque ele não me responde?! Querem saber de uma coisa? Se ele não quer me responder, não vou ficar aqui e ser o seu objeto de uso fictício:

— Olha, se não vai me responder então também não tenho mais nada a dizer.

Então me virei, quando comecei a caminhar ele falou em alto e bom-tom:

Bryan:

— Sou um Lobo! E logo você também vai ser uma.

Quando percebi, eu já estava caminhando em direção ao carro, os meus pais estavam acenando de longe e pensei:

"— Qual é Bryan, isso não é um conto de fadas."

Se ele sabe "Ler mentes", vai entender muito bem o que eu disse. A primeira coisa que mais me deixa preocupada é o poder que ele parece querer ter sobre mim, e eu recuso-me a ficar a mercê de alguém e ser dependente emocionalmente outra vez, eu tenho a minha própria vida e ele precisa entender que ela não gira em torno da vida dele. A segunda, é que esta cidade parece realmente acreditar nestas coisas de lobos:

Maria:

— Filha? Parece pensativa, aconteceu alguma coisa?

Perguntou a mamãe, o meu pai olhou pelo retrovisor e disse, antes mesmo que eu conseguisse responder:

Pai:

— Pensativa até demais, onde está o seu equipamento?

Lembrei da desculpa esfarrapada do atrevido do Bryan, e foi com a imagem e a sensação do seu beijo na minha mente e o gosto ainda repousando nos meus lábios, que eu respondi:

— hã... ficou... grande! Ele vai me dar outro no sábado.

Mãe:

— Têm certeza que foi apenas isso?

Eu forneci a eles o meu melhor sorriso e entoação(Tentando outra vez, é claro):

— Sim mãe! Vocês me conhecem, sabem que não gosto das coisas sendo adiadas assim.

Conversamos pouco e a minha desculpa parece ter funcionado, finalmente. Mas de repente, o meu coração começou a palpitar outra vez e a esta altura eu já sabia, que esta sensação está ligada ao Bryan.

Pouco tempo depois que saímos do centro, o carro já havia entrado no bairro que compramos a casa, os meus pais estavam conversando entre si e eu aproveitei esta brecha e olhei para trás... mas me arrependi, Bryan estava estava correndo atrás do carro... Bem ao meio da rua, ele realizou um perfeito salto prego no ar e pousou ao chão novamente... transformado num grande lobo preto.

Porquê não me assusto com isso?! Bom, a minha mãe, apesar de ser depiladora sempre gostou de lendas e mitologia. Ela contava contar estas lendas sobrenaturais(que pesquisa e cataloga tudo no seu computador), antes de dormir para mim quando eu tinha apenas quatro anos.

Eu cresci acreditando nos lobos e todo este romance, mais não sou nenhuma perita, sei apenas o básico como: alcateia, Alfa e Luna. Resumo interessante não é? Teve um momento, em que eu realmente acreditei ter isso... com o meu ex-noivo. Ele não era um lobo, nem vampiro, e nem qualquer tipo de ser sobrenatural mais, eu acreditava que o tínhamos era real.

Na véspera do nosso casamento, Josh bateu na minha porta entregando a chave do nosso apartamento. Não me permitindo dizer nada, ele simplesmente falou:

" — Olha... não posso mais, desculpe-me."

Quase entrei em depressão, liguei-lhe várias vezes... é eu rebaixei-me a este ponto, e ele? Bom, ele disse:

" Amo outra pessoa, nunca te amei... por isso eu sentia dor."

Depois disso eu não fui mais atrás dele e descobri pouco tempo depois, que a mulher pela qual ele me deixou para ir atrás sem culpa, nem deu bola para ele. Acreditem, eu comecei a subir o morro da minha vida depois disso, sei que não faz sentido, mas foi assim que aconteceu. Queimei tudo, os presentes os vestidos, as lembrancinhas... tudo.

Agora, aqui estou eu, com um lobo gigante correndo atrás do carro:

— Mãe... pode ir mais rápido?

Eu estava ficando aflita, como os meus pais ainda estão calmos?:

Pai:

— Estamos fugindo de alguma coisa, Safena?

Mãe:

— Sabe que eu não gosto de ultrapassar a velocidade, Mel, mesmo em emergências.

Ai os meus deuses! Porque eles têm que questionar tudo?!

— Mais tem um-

Mãe:

— Um lobo? Não é inesperado, esta cidade é conhecida por abrigar alcateias na sua floresta. Era sobre isso que eu queria-lhe contar, quando chegamos.

Pai:

— Até eu já dei uma olhada nisso filha, esta cidade tem lendas sobre os lobos sabia?

Olhei novamente para trás, e eu não via mais nada... devia ser apenas um lobo... ainda me recuso a acreditar no que vi... e então eu respondi com lentidão, enquanto a minha mãe estacionava o carro:

— Sim pai... os lobos são, o símbolo da nossa família...

✨✨✨✨✨✨✨✨✨✨✨✨✨✨✨✨

Algumas revelações!!

Mais um cap meus amores!! Continua no próximo!!😘❤✨

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Comments

Dalva Ferreira Rocha

Dalva Ferreira Rocha

será que os pais da mel não são os pais biólogo dela e como o Brayan sabe que ela tbm é lobo????

2023-02-18

4

Silvia Mazuchi

Silvia Mazuchi

Olá cadê o restante da história

2022-10-15

1

Vivi

Vivi

deu impressão que os pais da mel esconde algum segredo, na espectativa por mais capítulos

2022-10-11

2

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